David Coverdale já foi acusado de supostamente usar playback nos shows do Whitesnake. Após a participação da banda no festival finlandês Sauna Open Air, em junho de 2008, Joe Lynn Turner afirmou de maneira pública que o colega de profissão teria recorrido a faixas pré-gravadas até mesmo para os vocais principais.
À época, o cantor conhecido pelos trabalhos no Rainbow, Deep Purple e Yngwie Malmsteen abordou o assunto durante entrevista ao The Metal Circus. Dizendo estar “chocado” com a situação, lee explicou (via Blabbermouth):
“Ouvi na internet que o David Coverdale estava usando todo tipo de playback. Eu estava na Finlândia com o Graham Bonnet e nós participamos do mesmo festival que o Whitesnake e eu não conseguia acreditar que Coverdale estava usando playbacks, não só nos backing vocals, mas no vocal principal mesmo. Fiquei chocado. […] Não estou tentando falar mal. Isso é verdade. Todo mundo está vendo isso. Eu não conseguia acreditar, porque ele sempre foi um dos meus cantores favoritos.”
Como esperado, o comentário chegou em Coverdale, que ficou “muito desapontado e surpreso” com a declaração. Em resposta, o vocalista realizou um longo pronunciamento, negando veementemente a alegação. Parte da nota dizia (via Whiplash):
“Estou chocado, muito desapontado e surpreso pelas inverdades equivocadas ditas pelo Sr. Turner. Independente de seus motivos, elas são perturbadoras, para não dizer outra coisa. Eu não faço ‘dublagens’ nos concertos. Eu nunca fiz e nunca farei. Eu sou David Coverdale, minha carreira tem 40 anos de muito sucesso, trabalhei com alguns dos melhores músicos da música contemporânea e de todos os tempos e nunca ‘fingi’ cantar com fitas quando estou fazendo um show em frente a um público que está pagando pelo show. Eu não tenho ideia de como alguém que me viu trabalhando ao vivo, ou está remotamente conectado aos negócios da música, possa sugerir uma coisa tão odiosa. […] Em breve ele irá me acusar de estar usando uma peruca no palco.”
Por alguns anos, o assunto ficou esquecido. Até que, de maneira indireta, Coverdale reagiu novamente à acusação em bate-papo com Rock of Nations Podcast em 2023, transcrito pela Ultimate Guitar.
Quando perguntado a respeito do uso de bases pré-gravadas, cada vez mais comum no cenário musical, o vocalista destacou que o Whitesnake era contra esse tipo de recurso. E, ao que parece, relembrou o episódio envolvendo Joe Lynn Turner, ainda que sem citar nomes:
“Acho que [o uso de bases pré-gravadas] está acontecendo bastante, infelizmente. Mas é uma escolha de cada um. Isso não acontece com a gente. Lembro que, anos atrás, alguém que não sabia o que estava falando fez um comentário dizendo que ‘o Dr. C [David Coverdale] está usando playback’. Isso foi há muitos, muitos anos. E não poderia estar mais longe da p#rr@ da verdade. Tá brincando? Minha banda tem músicos e cantores excelentes. Simples assim.”
Sobre David Coverdale
Nascido em Saltburn-By-The-Sea, Inglaterra, David Coverdale começou a carreira em bandas locais como Vintage 67, The Government e Fabulosa Brothers. A grande chance veio ao assumir o papel de frontman do Deep Purple em 1973, onde ficaria pelos três anos seguintes, lançando uma trinca de discos de estúdio.
Desde 1978 comanda o Whitesnake, sendo o único integrante em todas as eras. Após um início voltado ao hard/blues rock, estourou nos Estados Unidos durante a segunda metade dos anos 1980, se ambientando à sonoridade que dominava as paradas à época.
Em um hiato da banda, gravou um disco com seu ídolo Jimmy Page. O projeto levava o sobrenome da dupla e fez apenas alguns shows no Japão.
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Aquele CD Coverdale–Page lançado no ano 1993 é muito bom. Lembro que “Shake my tree” e “Take me for a little while” tocaram várias vezes em alguma rádio rock desde os anos 90. Até hoje, as vezes escuto a rádio Kiss pela internet, vez ou outra aparece alguma musica desse CD.
Foi quase unanimidade que a voz de Coverdale, caiu como luva no som da guitarra original do Led Zeppelin.
Claro que Robert Plant é insubstituível, e já no ano seguinte, 1994, Page se reuniu com Plant para gravar o album ao vivo No Quarter, uma espécie de show acústico mais caprichado.
Quatro anos depois, dia 20/Abril/1998, eles lançaram pela Atlantic o CD Walking into Clarksdale, que é o único long play de estúdio do Page e Plant. Gravado no Abbey Road Studios, o mesmo estúdio dos Beatles.
Quanto a parada de ‘playback’ em shows, o playback virou ‘praga pop’. Bon Jovi foi flagrado, tem video circulando no youtube dele tendo problema no palco com faixa pré-gravada de sua voz, mas o público aparentemente, levou numa boa. Já devem estar ‘habituados’ a esse atual momento. Infelizmente, tem algumas lendas do rock que já não mais conseguem manter o pique de antes, por inúmeros motivos! São seres humanos. Então os fãs tem que ‘relevar’ isso mesmo.
O mesmo ocorre com David Lee Roth, fez um trabalho de estúdio impecável com o Van Halen, mas ao vivo ele sempre sofreu pra cantar mas é o ”showman” da galera. Seus fãs são acostumados a seu estilo. O Blaze Bayley nos anos 90 também sofria ao vivo com o Iron Maiden, isso não faz o cara ser ruim, é o estilo do cara, na carreira solo ok, mas no Maiden realmente não cabe.