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Por que John Frusciante se recusava a ver o Nirvana ao vivo

Guitarrista do Red Hot Chili Peppers tem relação de "amor e ódio" com o grupo liderado por Kurt Cobain

John Frusciante desenvolveu uma relação curiosa com o trabalho do Nirvana. O guitarrista do Red Hot Chili Peppers dizia ser um grande fã do trio comandado por Kurt Cobain, mas preferiu não assistir aos shows do grupo mesmo quando eles abriram parte da turnê de “Blood Sugar Sex Magik” (1991).

O assunto marcou presença em entrevista de 2022 ao podcast Broken Record Podcast (via Far Out Magazine), do produtor Rick Rubin. Na época da tour, o Nirvana já promovia o futuramente clássico “Nevermind” (1991), enquanto o Red Hot vivenciava seu maior período de popularidade.

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O guitarrista deixou de acompanhar o trio grunge antes mesmo do disco mencionado. Ele gostou do álbum de estreia “Bleach” (1989), mas definiu o sucessor como “pop-punk”:

“Eu não gostava muito deles. Eu ressentia a ideia toda de uma coisa pop-punk naquela época…”

Na mesma entrevista, Frusciante confessou que admirava Cobain e seus companheiros — porém, não queria admitir isso pelo fato de eles serem músicos contemporâneos e não uma influência mais antiga. O guitarrista disse:

“Eu costumava tentar esconder a influência do Nirvana porque eu sentia que eles eram nossos contemporâneos. Eu não queria que as pessoas soubessem que eu os amava.”

O Nirvana de “Nevermind” e de “In Utero”

Em outra entrevista, de 2003, a Patrick Kendall (via John Frusciante Effects), John Frusciante expressou sua desaprovação por “Nevermind”. Admitiu gostar de algumas canções, mas definiu o trabalho como “punk para crianças de colégio”.

“Eu não liguei muito para ‘Nevermind’. Muita gente me odeia por dizer isso, mas eu estou no punk desde os 9 anos de idade e não sou muito a favor de punk para massas, e é isso que aquele álbum foi: punk para crianças de colégio. Tem algumas músicas que eu gosto.”

No entanto, o guitarrista voltou a admirar o trio a partir do lançamento seguinte, onde as raízes punk são retomadas de modo mais vívido: “In Utero” (1993). De volta à entrevista mais recente a Rick Rubin, ele disse:

“Ainda acho que ‘In Utero’ é o melhor álbum deles, foi o que realmente me fez ficar animado com eles: quando ouvi aquele som, cru, apenas caras tocando em uma sala.”

O Nirvana encerrou atividades em 1994 após Kurt Cobain ter tirado a própria vida. Na época, John Frusciante vivia momento complicado: estava fora do Red Hot Chili Peppers, que à época passou a contar com Dave Navarro (Jane’s Addiction) nas seis cordas, e no auge do vício em heroína. Seu retorno aconteceria somente em 1998, dando início a outra fase de enorme popularidade do grupo.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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