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Quanto um ambulante de camisetas ganha em um show de Paul McCartney

Sem maiores restrições, mercado paralelo lucra alto com produtos em eventos de grande porte

Não tem erro, é só você se aproximar de algum local de show – especialmente os de grande porte – que será interpelado por uma multidão de vendedores. Os produtos, que incluem camisetas, bandanas e afins, costumam ser bem mais baratos do que o merchandising oficial comercializado dentro do espaço onde o evento acontece.

A Folha de S. Paulo acompanhou a atuação de alguns na última terça-feira (15), dia da primeira de duas datas da nova passagem de Paul McCartney por São Paulo – confira a resenha da apresentação clicando aqui –, que também passará por Florianópolis no próximo sábado (19).

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Reginaldo Menezes de Sousa, 57 anos, viaja desde os 28 pelo Brasil atuando no mercado paralelo. Com o que já ganhou, conseguiu comprar um apartamento no Pico do Jaraguá, na capital paulista.

Sua expectativa era vender de 80 a 100 camisetas, com custo variando entre R$ 60 e R$ 80. Ou seja: entre R$ 4,8 mil (em cenário com 80 peças de R$ 60) e R$ 8 mil (80 peças de R$ 100).

O vendedor exaltou a lealdade do público do Beatle, que acaba lhe garantindo uma receita.

“O pessoal é fiel. O homem canta muito, 82 anos, duas horas de show. Não é à toa que ele é o ‘saint Paul’.”

“É uma grana boa”

Iara Celia, 33 anos, vendia camisetas da turnê brasileira anterior de Paul a R$ 40. As da atual chegariam mais tarde e custariam R$ 70.

“É uma grana boa, praticamente a gente está vivendo só disso.”

Por perto, Antônio Alves da Silva adquire sua mercadoria na rua 25 de Março, famoso espaço de comércio popular no centro da cidade. Ele revelou ter sofrido prejuízo no show de Bruno Mars. Mas entende que faz parte do jogo.

Preferiu lembrar de tempos mais polpudos, como quando faturou R$ 9 mil em uma noite vendendo chapéus, adesivos, calças, cintos e fivelas durante uma Festa do Peão de Barretos. O valor lhe permitiu adquirir um terreno que se valorizou posteriormente.

“Tenho que pensar no que eu já ganhei.”

Paul McCartney e o merchandising oficial

Confira abaixo um registro do merchandising oficial de Paul McCartney no Allianz Parque. Clique aqui para ver os preços.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Não tem erro, é só você se aproximar de algum local de show – especialmente os de grande porte – que será interpelado por uma multidão de vendedores. Os produtos, que incluem camisetas, bandanas e afins, costumam ser bem mais baratos do que o merchandising oficial comercializado dentro do espaço onde o evento acontece.

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Sua expectativa era vender de 80 a 100 camisetas, com custo variando entre R$ 60 e R$ 80. Ou seja: entre R$ 4,8 mil (em cenário com 80 peças de R$ 60) e R$ 8 mil (80 peças de R$ 100).

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