Por que Steve Vai não está nem aí para guitarras vintage

Guitarrista acredita que há certa romantização relacionada aos instrumentos antigos, o que, particularmente, não o interessa

Colecionar guitarras vintage é um verdadeiro hobby para alguns guitarristas. Enquanto nomes como Joe Bonamassa acumulam diferentes modelos do tipo em casa, Steve Vai não faz a mínima questão de tê-los e explicou por que. 

Durante participação no podcast Let There Be Talk, transcrita pela Ultimate Guitar, o virtuoso afirmou não se identificar com a ideia de possuir instrumentos antigos. Isso porque, para ele, não importa quão velha é uma guitarra ou suas especificações mais detalhadas, mas, sim, o que sente ao tocás-la.

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Primeiramente, destacou: 

“Faço música com base no que estou sentindo, como qualquer outra pessoa. Quando se trata de guitarras, não sou um aficionado. Quando estou projetando algum modelo, sei tudo, o tipo de braço, as dimensões do traste, a quantidade de ohms nos potênciometros, a madeira, tudo. Mas essa informação é meio chata para mim em certo sentido.”

Então, acrescentou que há muitos tipos de instrumentos disponíveis no mercado atualmente, o que o fascina mais do que o vintage. 

“Gosto de guitarras que tenham funcionalidade. Então, se você entrar numa sala e olhar ao redor, cada guitarra oferece algo único. A maioria delas, pelo menos. Há diferentes tipos de guitarras: guitarras barítono, guitarras de sete cordas, guitarras com sustentadores que têm um efeito whammy estranho. Há todo o tipo de coisa. E é disso que eu gosto. Gosto de colecionar guitarras que tenham funções únicas. Há uma grande romantização relacionada a possuir guitarras vintage, mas eu simplesmente não me identifico com isso.”

Tentativa passada

Contudo, no passado, Steve Vai até tentou adquirir um modelo antigo. Enquanto gravava o álbum solo “Alien Love Secrets” (1995), decidiu procurar um modelo Stratocaster específico para certa canção do disco, como relembrou: 

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“Lembro que uma vez, nas gravações do álbum ‘Alien Love Secrets’, tinha uma música no disco chamada ‘The Boy From Seattle’. Para ela, eu precisava de uma Strato com um captador single-coil. E eu sempre quis uma Strato antiga, só para tê-la. Eu juntei dinheiro para isso, porque, na época, uma boa e antiga Strato custava uns US$ 17 mil.”

No fim das contas, o músico optou por uma Strato mais barata e percebeu que, realmente, instrumentos mais velhos não tinham qualquer apelo para ele. 

“Fui a todas as lojas de música em Hollywood, dizendo ‘me tragam as melhores Stratos que vocês tem’. Por dias, analisei modelo por modelo. Acabei comprando uma Strato japonesa de US$ 500 porque parecia a melhor e soava da maneira que eu estava procurando. Eu pensei: ‘para que estou procurando instrumentos antigos?’. Eles nunca soam muito bem para mim, de certa forma.”

Ainda assim, Steve afirma que também não é um grande fã de guitarras totalmente novas e nunca utilizadas anteriormente:

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“Também não gosto de guitarras novas. É como um carro novo. No caso do automóvel, eu gosto, mas uma guitarra nova parece perfeita demais. Não dá certo. Eu gosto de suar nela, eu gosto quando recebe alguns solavancos e tem alguns desgastes.”

Steve Vai atualmente

Recentemente, Steve Vai deu início a uma turnê comemorativa da formação original do projeto G3, tendo Joe Satriani e Eric Johnson na parceria. O guitarrista seguirá em turnê com seu professor nos próximos meses.

“Inviolate”, seu álbum de estúdio mais recente, saiu em 2022. O trabalho chegou ao Top 40 nas paradas do Japão, Países Baixos e Suíça.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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