Metallica zoa bateria do álbum “St. Anger” ao anunciar músicas no Fender Play

Não é de hoje que a banda resolveu entrar na zoeira com o “álbum favorito de todo mundo”, segundo eles próprios

O polêmico “St. Anger” (2003) já se tornou uma espécie de elemento folclórico no metal. Até o Metallica parece reconhecer isso.

A banda anunciou nas redes sociais a chegada de músicas do disco ao aplicativo Fender Play, uma iniciativa da marca de guitarras para ensinar músicos iniciantes. Contudo, ao comunicar, a postagem capricha na ironia — especialmente em relação ao som de “lata” da caixa da bateria usada por Lars Ulrich no disco.

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A legenda diz:

“O álbum favorito de todo mundo está agora no Fender Play! Tire a poeira de sua guitarra (desculpe, a caixa de bateria vai ter que esperar até outro dia) e comece com ‘Frantic’, ‘St. Anger’, ‘Some Kind of Monster’ e ‘The Unnamed Feeling’.”

Gravado em um momento de tensão interna — o vocalista/guitarrista James Hetfield havia passado por um processo de reabilitação e o baixista Jason Newsted, saído do grupo —, “St. Anger” é lembrado pelas escolhas peculiares em termos de produção, como a ausência de solos de guitarra e a já mencionada timbragem da bateria. Com o tempo, ganhou um status de “cult” e hoje não é tão difícil achar fãs que declarem gostar do trabalho.

Metallica zoando “St. Anger”

De forma inteligente, o Metallica acabou abraçando a “zoeira” em torno de “St. Anger”. Um exemplo disso aconteceu durante um show em 2023, quando a bateria de Lars Ulrich precisava de um ajuste de som e o músico deu algumas batidas na caixa para demonstrar isso. A reação do frontman James Hetfield não poderia ter sido outra:

“Oh, Deus. Olha aí o ‘St. Anger’ de volta. Por favor! Chega de tortura.”

O guitarrista Kirk Hammett ainda chega a tocar o riff da faixa-título do disco. O momento pode ser conferido no player abaixo.

Em 2022, também durante um show, Hetfield anuncia uma música de “St. Anger” e brinca com a reação negativa de alguns fãs. Ele ainda os “ameaça” com mais músicas do álbum no setlist.

“Tudo bem, essa é do seu álbum favorito, ‘St. Anger’! Ah, vamos lá, (o disco) está crescendo em vocês agora. Apenas dê a ele um pouco mais de tempo, amigo, você vai entendê-lo! Ok, mais 8 músicas de ‘St. Anger’, estão prontos? Estou brincando.”

Veja:

Sobre o Fender Play

Lançado em 2017, o Fender Play é um aplicativo lançado pela famosa marca de guitarras voltado ao ensino do instrumento. Ele tem como principal missão encorajar os novos músicos, que muitas vezes compram guitarras Fender, mas acabam desistindo com o tempo, de acordo com pesquisa da própria empresa.

O Fender Play tem um plano gratuito de 30 dias, para teste, antes de passar a cobrar US$ 20 por mês. O app pode ser baixado no site da Fender.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

2 COMENTÁRIOS

  1. Eu amo essa álbum, não escuto basicamente nada de Metallica, mas esse álbum eu escuto inteiro! É um álbum com letras sinceras, onde o Metallica saiu da sua zona de conforto, onde o “True-Hero” tinha acabado de chegar e no meu ponto de vista isso torna o trabalho mais relevante deles. Todos nós sabemos da capacidade deles entregar boas músicas, músicas lindas como The Unforgiven 2 e solos gigantescos, porém deixar transparecer um momento difícil, pessoal, interno, com vigor, com punch, como é esse álbum, não é pra qualquer um.

  2. Não vejo problema algum em uma banda grande do exterior, que já concebeu clássicos como ‘And justice for all’, ‘Black album’ , ‘Master os puppets’, arriscar algumas experimentações sonoras como os Load/Reload, S&M, fazendo dos estúdios verdadeiros laboratórios, como dizia Raul Seixas, porém, este CD St Anger é realmente esquisito.

    Este album sofre não apenas com ‘timbragem’ da bateria, como também dos excessos provenientes da ‘Loudness war’ —algo que também ‘vitimou’ seu sucessor de 2008; Death Magnetic. Com alguns ajustes na produção, o tal St Anger talvez soaria melhor, porém não creio que o Metallica esteja muito preocupado com isso. Além disso, as vezes, algumas musicas acabam se saindo melhor em shows do que em suas versões de estúdio.

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