Bruce Dickinson explica por que gosta tanto de esgrima

Vocalista do Iron Maiden pratica o esporte desde muito jovem e já teve desempenho de nível olímpico nos anos 80

Desde os 13 anos, Bruce Dickinson é praticante de esgrima. Acabou se afastando do esporte quando deu início à sua carreira musical, mas assim que as coisas ficaram mais estáveis com o Iron Maiden, retomou a prática e seguiu sempre que era possível.

Mesmo aos 65 anos de idade, o vocalista segue praticando a modalidade. Agora, ele explicou o que o atrai tanto no combate com floretes, sabres e espadas.

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O assunto surgiu durante uma longa entrevista para a revista Kerrang!, onde o foco foi, obviamente, seu novo álbum “The Mandrake Project”. Sobre a esgrima, Bruce ressaltou a excitação e o foco que a luta requer, além de citar perigos de outros esportes de combate, como o boxe, que não existem em sua prática.

“O que eu gosto sobre esgrima assim como outros esportes como esqui é que você não pode se concentrar em outra coisa. Você está fazendo uma atividade onde você perde totalmente toda a m#rda que aconteceu no resto do dia. É uma forma incrível de escapar (da realidade). É como boxe, mas sem o dano cerebral. Eu amo boxe, mas não gosto de ser socado na cabeça.”

Perguntado sobre as diferenças entre as abordagens da espada e da música, Dickinson explicou que elas são bem diferentes para ele.

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“Eu tento estar mais no controle e ser analítico quando estou esgrimindo, o que não é 100% da minha natureza, mas na música eu posso ser o oposto – posso ser criativo. Para o controle e a análise, eu tenho Roy (Z, produtor e guitarrista), é para isso que serve um produtor. Quando estou fazendo minhas coisas, eu confio no instinto e não tenho medo de errar de uma forma positiva. Acidentes felizes. Tem vários momentos assim nesse disco. Como a última música (“Sonata (Immortal Beloved)”), onde 90% dos vocais foram um fluxo de consciência. Um take – nunca fizemos outro.”

Bruce Dickinson e a esgrima

Como já destacado, Bruce Dickinson começou na esgrima aos 13 anos de idade e competiu durante toda a adolescência. Sua entrada no mundo na música o afastou um pouco do esporte, mas no tempo livre com o Iron Maiden, ele voltou a se dedicar à prática — especialmente após a “World Slavery Tour” (1984-1985), quando chegou a entrar em conflito com a banda por estar cansado das longas turnês.

Tornou-se instrutor em 1985 e mais ou menos na mesma época, teve uma mudança importante na prática: apesar de canhoto, Bruce usava o florete (sua arma de preferência) na mão direita. Treinou por meses para se adaptar à sua mão dominante.

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O auge de sua carreira no esporte foi entre os anos de 1987 e 1988, quando alcançou o 7º lugar no ranking nacional britânico. Poderia ter tentado uma vaga nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, mas os outros compromissos o impediram.

Na mesma época, fundou uma empresa de equipamentos para esgrima, a Duellists, que existe até hoje, mas sem o envolvimento do vocalista. Em 1992, mais uma vez foi cotado para uma vaga nas Olimpíadas e, de novo, optou por outros compromissos. Em 2003, mudou sua arma de preferência do florete para a espada.

Dickinson já enfrentou alguns dos melhores esgrimistas do mundo e sempre recebeu elogios por seu desempenho. De estatura baixa — o que é uma desvantagem, pois diminui o alcance da arma —, ele é conhecido por ser extremamente rápido e “irritante”, gostando de forçar o adversário ao erro.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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