Entrevista: Glenn Hughes fala sobre shows no Brasil e faz faixa-a-faixa de “Burn”

De volta ao país para oito apresentações, lendário músico também antecipa alguns de seus planos para 2024

Se Glenn Hughes está em turnê, essa turnê precisa passar pelo Brasil. Desde 1998 o país é destino quase que garantido para o lendário vocalista e baixista, que vem no próximo mês de novembro para sua décima excursão nacional em carreira solo — fora visitas em ocasiões diferentes, como a performance durante um evento privado, em Piracicaba (SP), no último dia 30 de setembro.

E se Glenn Hughes vem ao Brasil em turnê, é certo que ele fará vários shows. Desta vez, serão oito, nos seguintes locais e datas: Limeira (01/11), Florianópolis (02/11), Brasília (04/11), Belo Horizonte (05/11), Porto Alegre (07/11), Curitiba (08/11), Rio de Janeiro (10/11), São Paulo (11/11). Ingressos para todas as apresentações podem ser adquiridos através de seu site oficial.

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Em entrevista exclusiva (também disponível em vídeo), o consagrado ex-integrante do Deep Purple, Black Sabbath e tantos outros projetos não esconde sua empolgação por retornar. Ainda que seja pela segunda vez em um prazo de pouco mais de um mês, a nova viagem é “pra valer”, já que a ocasião em Piracicaba o colocou junto de músicos que não são de sua banda.

Só não dá para dizer que ele estava mal acompanhado. No evento fechado que aconteceu no interior de São Paulo, tocou com Matt Sorum, Gilby Clarke (ambos ex-Guns N’ Roses), Steve Stevens (Billy Idol), Robin Zander (Cheap Trick), Lzzy Hale e Joe Hottinger (ambos Halestorm), entre outros. Além de ter executado algumas músicas do Deep Purple, o veterano de 72 anos cantou até Velvet Revolver (“Fall to Pieces”), GN’R (“Paradise City”) e David Bowie (“Let’s Dance” e “Rebel Rebel”). Com naturalidade, ele relembra:

“Matt me perguntou: ‘você quer cantar algumas músicas do Guns?’. E eu adoro cantar com a Lzzy, como vocês puderam ver. Foi um ótimo momento. Os caras do Guns são amigos meus, conheço a banda desde o começo. Todos moramos em Los Angeles, então é uma cidade pequena, sabe?”

Mas chega de falar do que já aconteceu. Agora é olhar para frente, pois há no caminho uma turnê nacional de oito apresentações em 11 dias. Hughes traz novamente o giro “Classic Deep Purple Live”, que, como o nome indica, tem repertório focado em músicas da banda que ele integrou entre 1973 e 1976. A ideia, inclusive, é celebrar antecipadamente o 50º aniversário de “Burn”, álbum lançado em fevereiro de 1974 e seu primeiro com o grupo.

O artista chega acompanhado de músicos com competência o bastante para honrar o instrumental de Ritchie Blackmore (guitarra), Ian Paice (bateria) e Jon Lord (teclados), que completavam o Purple com Hughes e o vocalista David Coverdale. São eles: Søren Andersen, guitarrista que acompanha Hughes há 17 anos; Ash Sheehan, baterista que está com o músico há seis; e Bob Fridzema, tecladista e recente reforço. O mestre de cerimônias comenta sobre cada um:

“Søren ele já esteve comigo no Brasil muitas vezes antes. É meu braço direito e grande amigo. E ele toca com guitarra Stratocaster, é muito Blackmore, então encaixa perfeitamente. É a primeira vez de Ash Sheehan no Brasil. Estou animado porque ele é um excelente baterista. Bob Fridzema é meu novo tecladista, então ele fica com o órgão Hammond. Trouxe músicos que entendem o legado do Purple, o som, a vibração. Acredito que é a banda certa para tocar essas músicas.”

Decisões de repertório

Definido por Glenn Hughes como “icônico” e “responsável por manter a bandeira do Deep Purple voando muito alto”, o álbum “Burn” não é tocado na íntegra nesses shows. “Might Just Take Your Life”, “Sail Away”, “You Fool No One”, “Mistreated” e a faixa-título dividem espaço com músicas de outros álbuns. A saber: “High Ball Shooter” e a canção que dá nome ao álbum “Stormbringer” (1974); “Gettin’ Tighter” e “You Keep On Moving”, do trabalho derradeiro “Come Taste the Band” (1975).

A respeito da decisão em tocar apenas parte de “Burn”, Hughes reflete:

“Quis tocar músicas que eu sentisse que poderiam ser traduzidas para o show ao vivo. As músicas que escolhi funcionam bem para o público. Também tem um pouco de improviso, mas sem tirar da própria música. Elas têm uma vibração e uma sensação definitivas. Sinto que as cinco músicas que estou tocando são apropriadas.”

Há ainda “Highway Star”, única representante da fase com Ian Gillan nos vocais. Sobre mantê-la no repertório, Glenn afirma:

“É uma música que eu acredito que canto bem. Prefiro tocar as músicas das fases Mark III e Mark IV, mas no momento ainda estou tocando ‘Highway Star’. Em algum momento vou parar de tocá-la, vamos ver o que acontece.”

Em Hughes, nós confiamos. Até porque o repertório vem sendo testado há um bom tempo. Boa parte das músicas é executada desde 2017, quando a “Classic Deep Purple Live” foi iniciada. No ano seguinte, chegou a passar pelo Brasil, com uma ou outra mudança em relação a hoje em dia. Já a combinação atual de canções, nessa exata ordem, foi executada desde o começo do ano em uma série de países.

Antes de sua chegada ao Brasil, inclusive, Glenn realizou uma turnê pela América do Norte ao lado de Yngwie Malmsteen — um notório influenciado pelo Purple — e outro giro pelo Reino Unido, que seguirá até domingo (29). A respeito de Malmsteen, o ícone do hard rock é só elogios:

“Conheço Yngwie há muito tempo e a nossa turnê foi fantástica, muito bem recebida. Faremos outra juntos em fevereiro próximo. Yngwie é um inovador, só existe um guitarrista no mundo que toca como ele. E ele criou esse estilo. Embora seja fanático por Ritchie Blackmore, como você sabe, Yngwie é um inovador da guitarra nesse gênero.”

Próximos planos

Como deu para perceber, Glenn Hughes não para. Foi essa, inclusive, a razão pela qual ele decidiu sair do The Dead Daisies após ter gravado dois álbuns com o supergrupo liderado pelo guitarrista David Lowy.

“Eles queriam fazer uma pausa e eu decidi que não queria parar. Queria voltar ao meu próprio trabalho. Queria fazer outro álbum com Joe Bonamassa, Jason Bonham e Derek Sherinian (Black Country Communion) — o que fizemos. Amo o The Dead Daisies, tenho grandes amigos ali, mas não queria tirar uma pausa de seis meses, pois estou em um ponto da minha vida em que quero trabalhar e levar a mensagem da minha música para o maior número de pessoas possível. Então, desejo ao The Dead Daisies nada além de amor. Mas estou realmente de volta com minha própria banda, aproveitando a vida.”

Ele adianta que o novo disco do Black Country Communion, quinto da carreira do também supergrupo, já está pronto — e, em suas palavras, “espetacular”. Perguntado sobre a sonoridade, respondeu:

“É uma continuação de todos os quatro. Acho que quando você os ouvir um por um, o quinto soará como uma progressão do anterior. Realmente acredito que este pode ser o nosso melhor álbum. Eu realmente acho.”

Ao mesmo tempo, Hughes começou a dar os primeiros passos em direção a um álbum solo; o primeiro desde o pesado “Resonate”, de 2016. As gravações serão em algum momento do meio de 2024. Sobre o já mencionado “Resonate”, ele comenta:

“Amo esse álbum. É um dos meus favoritos. Acho que muitos fãs de rock ao redor do mundo também adoraram. Eu me diverti muito enquanto o fazia. Espero que o próximo seja tão forte quanto.”

“Burn”, faixa a faixa

Para encerrar, Glenn Hughes promoveu uma verdadeira viagem ao tempo ao comentar todas as músicas de “Burn”. Neste trecho, será adotado o formato pingue-pongue, com as perguntas feitas e as respostas na íntegra.

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A música “Burn”

Começando pela faixa-título, “Burn”, uma incrível introdução à formação Mark III. Você se lembra do processo de compor e gravar essa música?

GH: “Sim. Sabe, essa foi a última música que criamos no castelo de Clearwell. Fomos ao pub, não tínhamos uma música final, e Blackmore disse: ‘por que não criamos uma música chamada ‘Burn’?’. Então ficamos bêbados e criamos aquela música. Então, essa foi a última música que escrevemos.”

Sempre tive a impressão de que essa faixa é uma espécie de “colagem” de músicas diferentes. É como ter duas ou três músicas diferentes de hard rock em uma só, especialmente a parte que você canta. Você se lembra como surgiu essa parte específica?

GH: “Criamos aquela parte clássica de ‘Burn’, você sabe, aquela parte muito influenciada por Bach e com a vibe de Jon Lord. E então chegamos a esta seção que não existia. Então sugeri tocar aqueles acordes e cantei. É uma coisa bem Glenn, como vocês podem ouvir, mas funciona muito bem. Aquela seção intermediária onde eu canto mais alto, que eu chamo de seção ponte, era algo que o Purple nunca tinha feito antes. Achei que ficou único.”

Fala-se muito sobre o riff principal de “Burn” ter sido copiado de uma música composta nos anos 1940: “Fascinating Rhythm”, de George Gershwin. Você já falou sobre isso em outra entrevista recente, mas na época, nos anos 1970, era ainda mais comum artistas “pegarem emprestado” de outros artistas, né?

GH: “Sim. Veja, não acho que Richie tenha copiado de ‘Fascinating Rhythm’. Apenas soa parecido. Não creio que ele tenha feito isso deliberadamente. Mas quando ouvimos essas duas músicas… foi Gene Simmons quem me contou sobre isso. Então a culpa é do Gene por falar sobre isso. Mas sim, de fato, parece um pouco.”

“Might Just Take Your Life”

Então temos “Might Just Take Your Life”. Você já disse antes que não acha que essa música poderia ter sido composta para a formação anterior Mark II, por causa daquela pegada bem bluesy. Mas até onde eu sei, foi composta principalmente por Jon Lord — que, claro, estava na formação do Mark II. O quanto você acredita que o processo de composição do Deep Purple mudou com a chegada de você e de David, especialmente entre os três caras restantes?

GH: “Sabe, quando entramos no castelo para compor aquele álbum, não tínhamos ideia real de como as músicas iriam surgir. Mas sabendo que David e eu éramos diferentes de Ian Gillan e Glover… Ritchie, Jon e Ian Paice sabiam que estávamos criando algo diferente, mas mantendo a pegada rock clássico. Lembre-se que não estávamos tentando fazer nada além de gravar um álbum de rock. E sentimos que ‘Might Just Take Your Life’ com a introdução de Jon era uma ótima maneira de começar a música.”

E o que você acha de “Might Just Take Your Life” hoje em dia? Eu sei que você sempre gosta da sensação baseada no blues, mas o que você acha dessa música?

GH: “Adoro essa música. Eu a toco ao vivo, como você sabe. É ótimo, cara. Eu canto tanto a minha parte quanto a parte do David. Funciona muito bem. Novamente, é uma música que toco ao vivo e realmente toco. Adoro cantá-la.”

“Lay Down, Stay Down”

E então vem “Lay Down, Stay Down” com ritmo mais acelerado novamente, como na faixa-título. Ian Paice tem uma performance brilhante aqui, mas não há um bom trabalho de bateria sem um bom trabalho de baixo. Eu adoro a linha no refrão. O que você lembra de trabalhar nessa música, não só os vocais, mas também o baixo?

GH: “Essas músicas foram compostas muito rapidamente. E estávamos naquela sala na masmorra deste castelo e criamos aquele ritmo. Aquela linha de baixo é muito importante para aquele refrão. Você sabe, poderiam ter sido acordes muito simples e abertos. Poderia ter sido… Foi difícil de fazer, mas soou ótimo.”

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E você é chamado de The Voice of Rock (A Voz do Rock) de forma muito justa, mas já que falei do seu jeito de tocar baixo, você acredita que talvez o seu trabalho como baixista não seja tão reconhecido como deveria? Você também é um baixista incrível, mas as pessoas não falam muito sobre isso. O que você acha disso?

GH: “É uma conversa bem conhecida quando as pessoas falam sobre o vocalista Glenn. Falam de ser A Voz do Rock, o que é fantástico. Mas às vezes eles esquecem que eu também adoro tocar baixo. Agradeço muito que falem sobre minha voz, mas quero que as pessoas saibam no Brasil que eu adoro tocar baixo.”

“Sail Away”

A seguir temos “Sail Away”, e acho que essa música representa muito do som do Deep Purple nos próximos dois álbuns. Já li você dizer que essa é uma das suas músicas favoritas do álbum. O que você mais gosta nela?

GH: “Eu amo o groove. O ritmo é muito importante para mim. É um groove diferente do que o Deep Purple havia criado antes. E comigo entrando na banda, foi o tipo certo de groove que escrevemos para David e eu. Foi uma mudança definitiva em comparação à formação Mark II. ‘Sail Away’ é uma das minhas músicas favoritas do álbum. David e eu cantamos tão bem juntos.”

“You Fool No One”

Depois temos “You Fool No One”, que tem, talvez, uma das melhores performances de bateria da história do rock, na minha opinião. Você mencionou em outras entrevistas que essa música foi influenciada por Ian Paice estar ouvindo Led Zeppelin na época, mas fico curioso para saber como foi composta. O groove da bateria foi a primeira ideia ou o groove veio de outra melodia? Qual foi a ordem?

GH: “Acredito que a música começou em uma jam. Paice estava tocando aquele ritmo. E nós todos, Richie, Jon e eu, começamos a tocar em Mi (E). A música surgiu de um groove de bateria.”

Já que falamos sobre reconhecimento antes, você acredita que Ian Pace talvez devesse ser mais lembrado entre os melhores bateristas da história? Muito se fala sobre John Bonham e ele também foi incrível. Mas Paice também está entre os maiores da história, não acha?

GH: “Eu acho. Eu acho que Ian Paice e John Bonham nos anos 70 eram os dois maiores bateristas do início dos anos 1970. Eles eram os dois líderes.”

“What’s Going On Here”

E então vem “What’s Going On Here”, que traz de volta um pouco da vibe blues que ouvimos em “Might Just Take Your Life”. É uma música onde a dinâmica entre você e David funciona muito bem. Que lembranças você tem da gravação dessa música, especificamente das partes vocais com David?

GH: “Foi uma jam, uma improvisação muito simples. Estávamos basicamente inventando coisas no microfone. E o que você ouve nessa música é uma verdadeira jam.”

As pessoas sempre falam sobre cantores terem batalhas de ego com os colegas, mas você e David sempre soaram muito altruístas, não só neste álbum, mas nos outros dois também. Como foi trabalhar com David neste álbum como um todo?

GH: “David e eu sempre fomos bons amigos e nunca, nunca nos preocupamos com quem estava cantando isso ou aquilo, ou quem não iria cantar algo. Éramos muito bons um com o outro, apoiando-nos uns aos outros como amigos, mas também como vocalistas.”

“Mistreated”

Depois vem “Mistreated”, uma música única em todo o catálogo do Purple, na minha opinião. Você disse antes que quando Ritchie tocou para você o riff dela pela primeira vez, você soube imediatamente como se sentiria em casa no Purple. O que você acha dessa música quase 50 anos depois?

GH: “É uma ótima música. Eu adoro cantá-la. Você provavelmente já me ouviu cantando essa música antes. É uma música que sempre irei cantar. É uma das minhas músicas favoritas do Purple de todos os tempos. Uma bênção. Ritchie tocou essa música para mim antes mesmo de David entrar e quando ele começou a tocar aquele pequeno riff, pensei: ‘ok, teremos um bom álbum aqui’. Se esta fosse a primeira música que ele criasse para o álbum, eu já saberia que teríamos um ótimo álbum.”

Richie também está em um momento muito inspirado aqui. E acho também que muitos fãs acabam lembrando de Richie mais pelas polêmicas do que pelo talento gigantesco. Como foi trabalhar com Richie na época?

GH: “Foi ótimo. Richie e eu éramos muito próximos naquele período. Eu estava na casa dele e éramos muito amigáveis. Só tenho coisas boas a dizer sobre Ritchie. Sabe, ouvimos muitas histórias malucas sobre ele, mas genuinamente por trás de todas as histórias, de todas as fofocas e de todos os rumores, ele é um homem bom, gentil e engraçado.”

Mesmo? Não consigo imaginar Ritchie sendo um cara engraçado, por causa das histórias, é claro.

GH: “Pior que ele é um cara engraçado!”

“A-200”

E por fim, temos a grandiosa instrumental “A-200”, uma ótima forma de encerrar o grande álbum.

GH: “Sim, foi outra jam. Jon teve uma ideia e nós deixamos Jon meio que ficar com a bateria. Bem bolero. Novamente, foi outra jam. E essa realmente não foi composta no castelo. Foi basicamente composta enquanto gravávamos.”

E como era trabalhar com Jon? Ele sempre pareceu ser uma pessoa super legal e única no rock em geral. É isso mesmo?

GH: “Jon, na minha opinião… trabalhei com Keith Emerson e com Jon Lord. Jon era um cavalheiro, uma pessoa boa, gentil e atenciosa, que também era um excelente pianista. Jon Lord era um ser humano genuinamente bom, talentoso e muito gentil.”

*Glenn Hughes fará oito shows no Brasil: Limeira (01/11), Florianópolis (02/11), Brasília (04/11), Belo Horizonte (05/11), Porto Alegre (07/11), Curitiba (08/11), Rio de Janeiro (10/11), São Paulo (11/11). Ingressos para todas as apresentações podem ser adquiridos através de seu site oficial.

**A versão da entrevista em vídeo pode ser conferida abaixo.

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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

2 COMENTÁRIOS

  1. Maravilha de entrevista!

    Verei The Voice Of Rock pela terceira vez no próximo sábado, e ele fez muito bem em não tocar BURN na íntegra, liberando espaço para o fantástico Come Taste The Band.

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