O surpreendente melhor álbum do Black Sabbath para Lars Ulrich

Baterista do Metallica fugiu de títulos mais óbvios em sua escolha e a justificou com foco especial no "lado A" do LP

Black Sabbath tem uma discografia de respeito, com vários álbuns clássicos. Muitos deles foram lançados em sequência pela formação original, na década de 1970, o que gera a também célebre frase: “você só pode confiar em si mesmo e nos seis primeiros discos do Sabbath”.

Há, claro, alguns que são considerados mais clássicos do que outros. Por isso, quando Lars Ulrich revelou seu disco favorito do grupo de Tony Iommi e companhia, a reação inicial foi de surpresa por parte dos fãs.

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Em entrevista de 2017 à Rolling Stone, o baterista do Metallica elegeu “Sabotage” (1975) como seu predileto. O sexto trabalho de estúdio do Black Sabbath nem sempre é lembrado por uma parcela dos fãs como um de seus melhores momentos — há quem prefira restringir a lista de clássicos apenas aos quatro primeiros registros.

Lars reconheceu isso, inclusive, ao explicar sua escolha pelo disco em questão.

“Eu sei que para muitas pessoas do Black Sabbath, é ‘Paranoid’ ou ‘Master of Reality’. Para mim, o golpe duplo de ‘Hole in the Sky’ e ‘Symptom of the Universe’ é o auge. Há ainda as faixas mais profundas. ‘Megalomania’ é uma jornada fundamental para o metal pesado.”

O lado A de “Sabotage”

Na visão do baterista do Metallica, o lado A de “Sabotage” — composto pelas três músicas citadas acima e pela vinheta instrumental “Don’t Start (Too Late)” — apresenta “provavelmente os 20 minutos mais fortes do Black Sabbath”.

“Você tem ‘Symptom of the Universe’: a simplicidade no riff, a palhetada para baixo… obviamente é a planta arquitetônica de como o hard rock e o metal soaram até os anos 1980 e 1990.”

O primeiro de Lars Ulrich

Ainda durante a entrevista, Lars Ulrich também contou que o primeiro álbum do Black Sabbath que teve foi “Sabbath Bloody Sabbath”.

“Ganhei no Natal de 1973, quando foi lançado. Era assustador. A faixa-título, quando vai para a segunda parte, ‘Where can you run to?/What more have we done?/ […] Sabbath, bloody sabbath/Nothing more to do’. Car#lho. Muito assustador.”

Apesar da memória afetiva relacionada a “Sabbath Bloody Sabbath”, é “Sabotage” quem domina o coraçãozinho do baterista do Metallica.

“Obviamente, o som deles ficou um pouco mais elaborado à medida que seguiam em frente. Há uma simplicidade em alguns dos álbuns anteriores, que eu adoro, mas sonoramente, ‘Sabotage’ é o álbum com melhor som.”

Black Sabbath e “Sabotage”

A casa estava caindo para o Black Sabbath no meio da década de 1970. A banda responsável pela popularização do heavy metal no mundo havia descoberto um esquema enorme de falcatruas sendo feitas por seu empresário até então, Patrick Meehan. Tentavam, então, arrumar a bagunça.

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A batalha para se verem livres de seu contrato com Meehan foi tão pública e espinhosa a ponto do vocalista Ozzy Osbourne ter recebido uma intimação judicial durante um show do grupo. Isso deu início a dois anos de brigas em tribunal.

Mesmo assim, em meio a todo esse caos, o Sabbath conseguiu produzir “Sabotage”, um disco que conseguia voltar às raízes do que fez a banda despontar sem abrir mão da experimentação sonora dos álbuns anteriores. Conheça sua história completa clicando aqui.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

3 COMENTÁRIOS

    • Desde meus 7 anos de idade ouço Sabbath pela minha irmã. Passei por todas as experiências das músicas clássicas, sepultura, Jethro, king crimson, led Zeppelin, Floyd, ELP, Megadeth, iron… cara… amei profundamente todas as bandas, sem fanatismos… hje com 40 anos, 3 álbuns permanecem na minha cabeceira. Sabbath Bloody Sabbath, Sabotage, Never Say Die. Toca demais meu coração.

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