A música que Max Cavalera mais se orgulha de ter composto

Escolha recaiu sobre canção que faz parte do álbum de estreia do Soulfly, lançado no ano de 1998

Apesar de ter sua carreira eternamente atrelada à revolução cultural e geográfica causada pelo Sepultura, Max Cavalera tem muito do que se envaidecer em relação ao que criou após a saída da banda. Tanto que, ao escolher a música de que mais se orgulha da carreira, o vocalista e guitarrista foi direto ao debut do Soulfly.

Conforme declaração à revista Revolver, o “vovô” escolheu “Eye for an Eye”:

“Foi a música mais difícil de escrever naquele período, mas a mais poderosa também, porque foi uma época estranha. Eu estava realmente desiludido com o rompimento do Sepultura. Ela foi a minha resposta ao mundo, especialmente às pessoas que me descartaram, que achavam que eu estava acabado. Ainda é ótima e fechamos quase todos os shows com ela.”

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Em depoimento anterior à Metal Hammer, Max também já havia exaltado a composição.

“Ao lidar com a morte de Dana e romper com o Sepultura, me sentia farto da música. Estava com o coração partido, com raiva, com muitas decepções. Gloria (esposa e empresária) tentava me levantar, me colocar no pensamento certo e me fazer compor contra isso.”

A inspiração definitiva acabou vindo de um dos maiores ídolos.

“Lembro que estávamos em um jantar na casa de Ozzy e ele me disse que quando foi expulso do Black Sabbath, ficou muito desanimado, mas cabia a ele voltar a se levantar. Por ter vindo de Ozzy, foi algo alucinante, tipo: ‘preciso fazer isso’. Foi nesse contexto que surgiu a música. Eu realmente amo o riff. É simples, pode ser tocado com uma corda apenas. E tem um refrão bem cativante, o que é difícil de fazer.”

Max Cavalera e a estreia do Soulfly

Lançado em 21 de abril de 1998, “Soulfly” lidava com a separação do Sepultura e a morte de Dana Wells, enteado de Max Cavalera. As músicas carregam alto teor religioso.

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O vocalista e guitarrista se cercou de uma série de convidados, incluindo músicos do Fear Factory, Deftones, Limp Bizkit, Cypress Hill e Nação Zumbi. Além das faixas autorais, o tracklist trazia uma versão para “Umbabarauma”, de Jorge Ben Jor. A música “The Song Remains Insane” ainda mesclava “Caos” do Ratos de Porão e “Attitude”, do Sepultura.

O álbum ganhou disco de ouro nos Estados Unidos e Austrália. Ainda foi Top 20 nas paradas do Reino Unido, Nova Zelândia, França, Bélgica e Finlândia.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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