John Frusciante diz que só achou sua identidade artística em “Blood Sugar Sex Magik”

De início, guitarrista não entendia como poderia contribuir no Red Hot Chili Peppers; Television e Rolling Stones o ajudaram nesse quesito

A história de John Frusciante com o Red Hot Chili Peppers foi iniciada em 1988. Na época, aos 18 anos de idade, o guitarrista era inseguro a respeito de seu trabalho e não sabia ao certo qual era sua identidade artística – fato que mudou em um álbum específico.

Não é segredo que ele admirava a banda muito tempo antes de sua entrada. Ainda adolescente, viu o Red Hot ao vivo pela primeira vez e virou fã. Como explicou durante recente conversa no “This Little Light”, podcast do baixista e colega de grupo Flea (via Music Radar), depois que integrou a “família”, demorou para que ele entendesse o seu papel.

“Eu estava tão nervoso que estava dependendo só da minha energia. Parecia que eu estava em um modo luta ou de fuga. Eu não sabia quem eu era ou o que eu tinha para falar, o que eu poderia contribuir para a banda. Eu só sabia colocar muita energia e tocar cada nota como se fosse a minha última, mantendo o sentimento da banda que eu amava.”

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Frusciante estreou com o Chili Peppers no quarto disco do grupo, “Mother’s Milk” (1989). Com o fim da turnê em divulgação ao trabalho em questão, o guitarrista decidiu entender suas próprias ambições no instrumento.

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Encontrando a identidade

A busca por uma identidade estabeleceu-se quando John Frusciante ganhou o álbum “Marquee Moon” (1977), lançado pelo Television. Ele ficou impressionado com os solos de Tom Verlaine e Richard Lloyd, o que o inspirou profundamente na criação do “Blood Sugar Sex Magik” (1991).

“Quando começamos a compor o disco, eu simplesmente relaxei. Eu ouvi aquele álbum do Television, ‘Marquee Moon’, e percebi o quão poderoso um solo de guitarra poderia ser se não dependesse de um timbre distorcido e pesado, percebi que você consegue fazer muita coisa tocando de uma maneira realmente simples e quase feminina. De alguma forma, eu tinha perdido esse álbum e, quando o ganhei, causou um grande impacto em mim.”

O solo de Keith Richards em “Sympathy for the Devil”, música lançada pelos Rolling Stones em 1968, também teve importância para Frusciante naquele momento de descoberta:

“Eu estava ouvindo os Stones um dia, estava ouvindo ‘Sympathy for the Devil’, e pensei: ‘nenhum solo de guitarra é melhor do que esse, é o melhor solo de guitarra’. Ouvindo o que Keith estava fazendo, e como soava relaxado, eu simplesmente parei de me preocupar.”

Sobre John Frusciante

Nascido em Nova York, John Anthony Frusciante se mudou com a mãe para Los Angeles e começou a participar da cena Punk local ainda na infância. Fez as primeiras gravações aos 14 anos, quando já tinha uma boa capacidade técnica como guitarrista.

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Conheceu o Red Hot Chili Peppers e se aproximou da banda na juventude. Tornou-se membro pela primeira vez em 1988. Em suas três passagens já gravou seis álbuns. Os mais recentes, “Unlimited Love” e “Return of the Dream Canteen”, saíram ano passado. O primeiro chegou ao topo da parada americana.

Em sua carreira solo, já disponibilizou 13 discos e 7 EPs, realizando um trabalho mais experimental, com influências de ambient music e new wave. Também registrou parcerias como o Ataxia, com Josh Klinghoffer e Joe Lally, além do Trickfinger, pseudônimo que utilizou para um projeto eletrônico. Entre participações em estúdio, ao vivo e produções, colaborou com Glenn Hughes, The Mars Volta, Duran Duran, Wu-Tang Clan, Johnny Cash, Ziggy Marley George Clinton e Johnny Marr, entre outros.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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