O real significado de “Losing My Religion”, do R.E.M., segundo Michael Stipe

Vocalista afirma que a música não é autobiográfica e foi com ela que deixou de ser alguém reconhecido apenas por pessoas da própria faixa etária

Você já deve ter ouvido “Losing My Religion”, do R.E.M., e imaginado que se trata uma composição autobiográfica escrita por Michael Stipe. Mas o próprio vocalista garante que você está errado.

Durante uma conversa com o produtor Rick Rubin registrada pelo Broken Record Podcast, o músico explicou como uma palavra mudou toda a perspectiva da composição. O site Loudwire transcreveu um trecho da entrevista.

“Eu mudei uma palavra… Em vez de ‘sou eu no canto, sou eu no centro das atenções’ (‘that’s me in the corner, that’s me in the spotlight’), antes era ‘sou eu no canto, sou eu na cozinha’ (‘that’s me in the corner, that’s me in the kitchen’). Então, o que eu estava tirando era o tímido invisível que fica para trás na festa ou no baile, e não vai até a pessoa por quem você está loucamente apaixonado e diz: ‘Eu meio que tenho uma queda por você. O que você sente por mim?’. Ele fica no canto da pista de dança, vendo o amor de sua vida dançando com todo mundo, e ele é o que está na cozinha, atrás da geladeira. Mas o clipe do Tarsem [Singh, diretor] foi o que realmente levou isso ao limite. E esse foi provavelmente o vídeo mais estranho de todos os tempos, o que foi legal.”

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Stipe, que estava baseando mais as palavras em torno de uma ideia de personagem, revela que ao trocar “cozinha” (“kitchen”) por “centro das atenções” (“spotlight”), instantaneamente, a música se tornou autobiográfica, “o que nunca foi”.

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R.E.M., “Losing My Religion”, fama e bandolim

Lançada no terceiro álbum do R.E.M., “Out of Time” (1991), “Losing My Religion” alavancou a banda para o sucesso mundial. Michael também falou sobre isso.

“Eu deixei de ser alguém reconhecido por pessoas da minha faixa etária que amam um certo tipo de música para ser universalmente, loucamente, insanamente famoso. E na rua, não podia ir a lugar nenhum.”

O Ultimate Guitar destacou um trecho diferente da conversa, sobre o uso do bandolim em uma música de rock.

“Peter [Buck, guitarrista] se cansou de tocar guitarra na época. Ele estava comprando instrumentos selvagens e interessantes que ele não tocava. Sua experimentação como músico foi lançar obstáculos na frente de si mesmo tentando tocar algo que ele não conseguia tocar. Então, de ‘Losing My Religion’ foi um de seus primeiros experimentos com bandolim.”

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Adreana Oliveira
Adreana Oliveirahttps://uberground.com.br/
Adreana Oliveira é jornalista graduada pelo Centro Universitário do Triângulo (Unitri), com mestrado em Tecnologias, Comunicação e Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Tem 20 anos de atuação no mercado, com ênfase no jornalismo cultural. Titular por 12 anos da Coluna Novo Som, do extinto Correio de Uberlândia. Atualmente é produtora de TV e editora do site Uberground. Mãe do Nicholas, responsável por colocar animesongs em sua playlist.

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