O grande mérito de Clive Burr na bateria, segundo Lars Ulrich

Líder do Metallica ainda citou dois nomes que considera os mais subestimados na história do rock

Que Lars Ulrich era uma verdadeira bíblia humana da New Wave of British Heavy Metal no início dos anos 1980, todo fã do Metallica já sabe. Sendo assim, não é surpresa que a banda mais representativa daquele movimento tenha sido uma influência primordial em seu som.

Durante entrevista de 2020 à revista Vulture, o músico citou Clive Burr, baterista dos primeiros discos do Iron Maiden, como alguém que merecia maior atenção do público em geral.

“Ele era um baterista muito simples. Às vezes, fazia apenas essas rolagens de caixa e outras coisas, mas eram tão ‘air drum’ em termos de apenas, você sabe, você está ouvindo uma música e então vem essa rolagem de caixa supereficaz, mas realmente simples. Clive parecia ser o mestre disso. E acho que nos últimos 20 anos ou algo assim, tenho gostado mais desse estilo.”

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O dinamarquês aproveitou para criticar tendências competitivas no instrumento, com as quais admite ter se deslumbrado em outras épocas.

“Toda aquela m*rda dos anos 80 de ‘Quem é o melhor baterista’, ‘Quem é o baterista mais rápido’ e ‘Quem é o baterista mais tecnicamente capaz’, e você sempre sentava lá e tentava medir sua masculinidade – eu desisti disso há muito tempo. Estou apenas mais interessado em fazer as músicas soarem bem.”

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Os bateristas mais subestimados para Lars Ulrich

Lars Ulrich (foto: Brett Murray & Jeff Yeager via @metallica)

Lars Ulrich aproveitou para citar dois nomes que considera os mais subestimados quando o assunto é bateria no rock.

“Os dois bateristas mais subestimados do rock, para mim, são Charlie Watts, dos Rolling Stones, e Phil Rudd, do AC/DC. A quantidade de swing e vivacidade que cada um deles oferece é completamente desvalorizada e não reconhecida. Há muitos momentos incríveis desses dois caras.”

Também sobrou espaço para falar de outro estilo.

“E Elvin Jones e Lenny White seriam provavelmente os dois primeiros que vêm à mente em termos de jazz. Também Jimmy Cobb, que tocou em ‘Kind of Blue’, de Miles Davis. O que acontece com os bateristas de jazz é que eles ficavam muito à mercê do que lhes pediam para tocar. Às vezes é difícil. Você não pode deixar de apreciar os caras mais big band.”

Sobre Clive Burr

Nascido em Londres, Clive Ronald Burr integrou o Samson entre 1977 e 78. Gravou os singles “Mr. Rock & Roll” e “Telephone”. A seguir, se juntou ao Iron Maiden, gravando os três primeiros álbuns de estúdio do grupo. Foi substituído por Nicko McBrain e ao mesmo tempo o substituiu, assumindo a bateria do Trust.

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Também fez parte do Desperado, projeto que contava com o vocalista Dee Snider (Twisted Sister, Widowmaker), o guitarrista Bernie Tormé (Gillan, Ozzy Osbourne) e o baixista Marc Russell. Participou de várias turnês nostálgicas e discos de bandas da NWOBHM, como Praying Mantis e Elixir. Ainda teve seu grupo, Clive Burr’s Escape, que durou pouco.

Morreu no dia 13 de março de 2013, de complicações relacionadas à Esclerose Múltipla, doença que enfrentou nos últimos anos de vida.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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