Os riffs mais pesados do Korn de acordo com Head e Munky

Dupla escolheu 11 momentos, oriundos de vários álbuns, que representam a carreira da banda

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As guitarras sempre foram um fator preponderante na sonoridade do Korn. Brian “Head” Welch e James “Munky” Shaffer formaram o duo que angariou admiração e respeito até mesmo de quem não era adepto ao nu metal que consagrou a banda.

Em entrevista à revista Revolver (via Ultimate Guitar), a dupla foi convidada a escolher 11 riffs memoráveis da parceria, com ênfase nos registros que pendiam para o lado heavy.

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Abaixo as escolhas e declarações.

Os riffs mais pesados do Korn para Head e Munky

“Daddy” (“Korn”, 1994)

Munky: “Então, minha primeira escolha é a parte do meio de ‘Daddy’…”

Head: “Esse é um primeiro riff perfeito. Abafávamos com as palmas das mãos, é apenas pesado; é como o Melvins ou algo assim… Lembra que Fieldy também costumava tocar aquele riff com o polegar para obter o som mais pesado que podia no baixo em vez de usar os dedos? Bater nunca funcionaria porque não haveria graves suficientes. Mas ele empurrava para baixo a corda mais grave…”

“Ball Tongue” (“Korn”, 1994)

Head: “É um tipo de riff que nunca escutei em outra banda ou até nós mesmos. Tem um groove na linha do Biohazard, com os slides. É muito único, merecemos os parabéns por ele”.

Munky: “Adoro o fato de ser um riff quebrado, quase como se estivesse acompanhando a bateria”.

Head: “Uma pequena lição de história a quem se interessar: o riff veio de uma banda que Munky, Fieldy e David Silveria tocavam antes do Korn. Richard Morrill era o vocalista. Se chamava Creep. Originalmente ele era mais direto, mas o retrabalhamos com Ross (Robinson, produtor)”.

“Faget” (“Korn”, 1994)

Munky: “Minha próxima escolha é a parte do meio dessa – nossas paradinhas do meio costumam ser muito pesadas. É um momento estranho. Lembro-me de trabalhar com David nisso na sala de ensaio, e eu fiquei tipo, ‘Eu não entendo’. Eu não entendia porque havia momentos de quebras de ritmo quando subiam as batidas”.

“Lost in the Grandeur” (“Requiem”, 2022)

Head: “Tentamos usar esse riff três vezes antes do último disco”.

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Munky: “Sim, em três álbuns diferentes”.

Head: “Nunca conseguíamos finalizar, mas finalmente aconteceu. Usamos o pedal Digitech Whammy. É um riff simples e muito pesado, para bater cabeça”.

Munky: “Na recente turnê com o Chevelle era um dos meus momentos preferidos da noite. Amo tocar esse riff e fico feliz que tenhamos lançado finalmente. Já o tínhamos há muito tempo. Finalmente encontramos onde encaixá-lo. O refrão ajudou a dar vida a ele”.

“Somebody, Someone” (“Issues”, 1999)

Munky: “Um dos meus riffs favoritos está no final dessa música. É uma das que mais gosto de tocar ao vivo, pois Jonathan agita a plateia antes dessa última parte. Ela soa diferente, não são muitas as canções que possuem essas mudanças de tempo. Termina com esse riff pesado e lento”.

“Insane” (“The Serenity of Suffering”, 2016)

Head: “É gigantesco e direto, justifica o título. Nota 10 na escala de peso. O nome de trabalho da música era ‘Coffee’, pois ela nos deixava ligados”.

Munky: “E isso se traduziu ao vivo. Você nunca sabe se vai funcionar nos shows, mas nós conseguimos. E ainda tem aquela parte dos riffs e dos vocais se misturando”.

“Kill You” (“Life is Peachy”, 1996)

Munky: “Uma música que começa bem legal, de um álbum mais antigo, e depois no meio fica muito pesada. É um riff de chamada e resposta. E quando tocamos isso juntos – cara! Lembro-me de tocar ao vivo em alguns clubes e sentir que as paredes iam desmoronar. Jonathan caindo no chão e enlouquecendo de dreads, todo mundo suando… Uma memória que guardo bem no meu coração”.

Head: “Uma música muito intensa e a letra é bastante perturbadora. Éramos jovens de 20 e poucos anos – basicamente crianças ainda, realmente chegando a um acordo com algumas memórias sombrias de uma situação abusiva. E então o riff, os vocais e o conteúdo das letras são intensos. É a palavra da qual não consigo me livrar”.

“All in the Family” (“Follow the Leader”, 1998)

Head: “Eu não gosto da música, sou bem honesto quanto isso. Mas amo o riff, é muito pesado. Gostaria que tivéssemos escrito outra música completa com esse riff. Nada contra o vocalista convidado, apenas sinto que a música poderia ter um nível diferente de credibilidade se tivéssemos feito algo mais com a nossa cara. Aquele riff, cara! Tínhamos este pedal DigiTech e há uma configuração número 18. Se você colocar tudo com distorção, soa como um baixo distorcido. Eu sei que Jonathan acabou de dar uma entrevista onde disse que era a música do Korn que menos gostava. Então não é como se eu estivesse dizendo algo horrível e novo, mas concordo com ele. Sinto que poderia ter sido algo muito especial. Mas ainda é um clássico e muitos fãs gostam dela. Então não é o fim do mundo”.

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“My Gift to You” (“Follow the Leader”, 1998)

Munky: “É apenas lento e lento. Jonathan meio que compensa a coisa toda com as letras sombrias, ele canta de uma maneira tão doce. E é muito assustador”.

Head: “Acho que também era da banda Creep, certo?”

Munky: “Sim, é outra daquelas. Eu lembro que a gravamos e, quando quisemos fazer um teste para Jonathan, essa foi uma das que enviamos para ele sem vocais. Foi apenas essa e acho que ‘Ball Tongue’ e ‘Predictable’. São algumas das primeiras músicas do Korn já feitas”.

“Twist” (“Life is Peachy”, 1996)

“Head: Estávamos apenas brincando no estúdio e criamos aquele riff muito pesado. Quando você ouve tem aquele estilo Munky-Head, bizarro, acordes estranhos. Esse é um dos meus favoritos de todos os tempos…”

Munky: Foi uma das primeiras coisas que escrevemos para ‘Life is Peachy’… E eu acho que Jonathan perguntou ‘O que eu vou cantar?’ E Ross Robinson apenas disse, ‘Apenas cante o que sair!’ E foi isso”.

“Freak On a Leash” (“Follow the Leader”, 1998)

Munky: “Acho que Brian e eu concordamos que o último deve ser a parte do meio para ‘Freak on a Leash'”.

Head: “GO!”

Munky: “5 notas seguidas subindo pelo braço da guitarra. E essa música nesse ponto meio que dá uma guinada à esquerda. A música inteira, se você pensar sobre isso, é apenas estranha. Acho que pensamos algo como ‘Tudo bem, já é estranha, por que não vamos completamente à esquerda com isso e fazemos uma mudança de ritmo, um pequeno colapso e ficamos muito pesados?’”

Head: “Aquela parte da música é como se todos estivessem esperando por isso. O resto é bom. Há um ótimo refrão, os versos e o pré-refrão são melódicos e tudo, mas é como se a tensão estivesse aumentando até aquele ponto. Não podemos fazer um show onde não tocamos ela porque muitas pessoas vão para ouvi-la. Ainda é divertido depois de todas essas décadas”.

Munky: “Mesmo aquele pequeno colapso em que estamos fazendo esses harmônicos – essa coisa é tão divertida de tocar. É uma parte simples, mas eu fico tão animado que cometo erros – ‘Oh Deus, a parte pesada está chegando!’”

Korn e “Requiem”

Requiem”, álbum mais recente do Korn, saiu em fevereiro deste ano. O trabalho chegou ao Top 10 em 9 paradas europeias, além de ter alcançado o topo no chart da Austrália.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

1 COMENTÁRIO

  1. Lembro da época de Follow de Leader, particularmente eu não gosto do estilo musical da banda…tinha amigos aqui com esse cd em mãos e assim ouvir algumas músicas na época, sem contar que passava muito o clipe na MTV!!!! Tenho apenas boas lembranças na época em termos de música, shows e algumas festas!!!! Valeu!!!!

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