A opinião amarga de Ronnie James Dio sobre “Live Evil”, do Black Sabbath

Além de criticar retoques em estúdio feitos no álbum ao vivo, vocalista relembrou rachaduras na relação da banda durante o trabalho

Lançado em dezembro de 1982, “Live Evil” foi o primeiro disco ao vivo oficial da carreira do Black Sabbath – o oficial é necessário, considerando que o empresário Patrick Meehan, ex-manager da formação original disponibilizou meses antes o bootleg “Live at Last”, posteriormente incluído na discografia de forma “maquiada”.

Porém, o que prometia ser um momento de euforia, culminou na briga definitiva que resultaria na demissão de Ronnie James Dio, que levou junto o baterista Vinny Appice. À época, o cantor foi acusado de mexer na mixagem do disco escondidos dos patrões Tony Iommi e Geezer Butler, colocando maior volume em sua voz. Ele acabou delatado pelo engenheiro de som.

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Em entrevista de 1994 a Mark Kadzielawa (transcrita pelo Rock and Roll Garage), Dio não foi muito elogioso ao trabalho. Sobrou até para seu antecessor na banda, citado por engano – o famoso ato falho.

“Eu realmente não tive nada a ver com o fim deste projeto em particular. Começamos a trabalhar no disco juntos, mas se tornou uma guerra entre Tony e eu. É claro que Geezer ficou contra mim e então eles pensaram que Ozzy… Oh, por que eu continuo mencionando aquele idiota… Que Vinny Appice estava do meu lado por algum motivo, porque nós éramos amigos. Isso significava que ele tinha que sair da banda também.”

O momento sincerão caiu até mesmo sobre uma situação totalmente comum naquele período da indústria: os overdubs em trabalhos ao vivo.

“Foi um álbum ao vivo muito falso, completamente diferente de ‘On Stage’, do Rainbow, onde gravamos exatamente o que tocamos no palco. ‘Live Evil’ foi refeito em estúdio durante seis meses. Tudo foi repetido. É uma m#rda.”

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Black Sabbath e “Live Evil”

A despeito das palavras de Ronnie James Dio sobre os retoques, “Live Evil” foi gravado durante a turnê americana de divulgação ao álbum “Mob Rules”. Sem mais informações sobre os shows, o encarte apenas sinalizava que os registros haviam sido feitos em Seattle, San Antonio e Dallas. Chegou ao 13º lugar na parada britânica e 37º na americana.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

3 COMENTÁRIOS

  1. Um dos melhores álbuns de rock’n roll com a presença desse megalomaníaco. Ele deveria agradecer ao Sabbath por escrever o seu nome entre os maiores álbuns de todos os tempos, como é o caso lo Live Evil. Heaven and Hell tornou-se um movimento de idolatria à figura do Sabbath e do próprio Dio. O álbum é muito bom, pouco importam as modificações feitas em estúdio. Por outro lado, a carreira solo do Dio jamais poderá ser comparada, nem de longe, à do talentoso e carismático Ozzy. Dio tirou grandes proveitos desse trabalho, mesmo para a sua carreira pós Live Evil. Idiota é ele – um megalomaníaco, como eu já disse acima.

    • Não cara nada haver Dio e o Frank Sinatra do Heavy Metal , Ozzy e o Pai do Heavy Metal , tanto que Dio voltou ao Black Sabbath no início dos anos 90 e produziram outro álbum histórico e muito bom em 1992 .

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