“Studio 666”, filme do Foo Fighters, é bom? Veja o que dizem as primeiras críticas

Fãs da banda de Dave Grohl certamente vão encontrar diversão no longa - mas não dá para esperar um clássico do cinema de terror

As primeiras críticas de “Studio 666”, o filme de terror protagonizado pelo Foo Fighters, começaram a ser divulgadas. E, por hora, não dá para dizer que se trata de uma unanimidade.

A maioria das avaliações destaca o bom humor que já era esperado, mas para quem espera terror de alto nível, o longa pode ser uma decepção. Por outro lado, a trilha sonora deve compensar qualquer problema.

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Na história, vemos Dave Grohl, Taylor Hawkins, Nate Mendel, Pat Smear, Chris Shiflett e Rami Jaffee interpretando versões fictícias de si próprios, enquanto lidam com fenômenos sobrenaturais e aterrorizantes em um novo estúdio de gravação.

As críticas

Com direção de BJ McDonell, o filme recebeu a porcentagem de 75% no agregador de reviews Rotten Tomatoes, o que é considerada uma nota razoável.

Deirdre Molumby, do Entertainment.ie, aponta alguns dos problemas do filme, principalmente no que diz respeito à classificação indicativa para maiores de 18 anos que o projeto recebeu nos Estados Unidos. Ela destaca o bom humor, mas avisa que tem bastante sangue na brincadeira.

“Cheio de humor grosseiro e xingamentos, tem piadas sobre pênis e brincadeiras sobre sexo com parentes uns dos outros, incluindo a avó de alguém. É seguro dizer: esteja preparado para grosseria. Isso se aplica também aos elementos ‘slasher’ do longa, que incluem sustos baratos, uma cena maluca de estripação e uma sequência bastante sangrenta envolvendo uma serra elétrica. É tudo tão exagerado que você vai se pegar rindo alto.”

Jake Coyle, da Associated Press, concorda com o review anterior e elogia a diversão que o filme oferece – o que parece ser consequência direta do quanto a banda curtiu o processo de produção. No entanto, fica claro que a qualidade é baixa, talvez até propositalmente, comparando o filme a algo que vai apenas um pouco além de uma esquete de comédia.

“É uma bobeira e há algo a se dizer ao ver Grohl e a gangue se divertindo tanto. Na versão que eu assisti, você consegue até vê-los rindo uma vez ou outra. O charme disso só vai até aí, é claro. Isso é essencialmente uma esquete decente do Saturday Night Live esticada para quase duas horas.”

De forma geral, outras críticas ressaltam a diversão e a originalidade do filme, embora o terror mesmo esteja longe do ideal, com excesso de clichês.

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Ao que parece, gostar de “Studio 666” tem muito mais relação com a preferência de quem assiste do que com o longa em si. Ross Bonaime, do Collider, resumiu bem o que o projeto significa para a banda.

“Os membros do Foo Fighters são necessariamente os melhores atores? Claro que não. Mas ‘Studio 666’ é uma maneira estúpida e divertida do Foo Fighters dar uma ‘volta olímpica’ nesse ponto de sua carreira?’ Absolutamente sim.”

Sobre o filme “Studio 666”

“Studio 666” chega aos cinemas no próximo dia 25 de fevereiro. Misturando terror e comédia, a trama mostra a banda alugando uma mansão para gravar seu tão aguardado novo álbum.

Uma vez instalados na casa, Dave Grohl se encontra às voltas com forças sobrenaturais que ameaçam tanto a conclusão do disco quanto a vida dos outros músicos.

Além dos integrantes da banda, o elenco de “Studio 666” também inclui Whitney Cummings, Leslie Grossman, Will Forte, Jenna Ortega e Jeff Garlin. Astros da música como Lionel Richie e Kerry King, guitarrista do Slayer, também participaram.

A história real com o Foo Fighters

De fato, Dave Grohl compartilhou histórias sobre o estúdio em que foi gravado “Medicine at Midnight”, álbum mais recente do Foo Fighters, ser mal-assombrado. Em entrevista à Mojo, no início deste ano, ele disse que não pode sequer revelar o endereço do local, devido a um acordo de confidencialidade assinado porque o proprietário tenta vender o imóvel.

“No dia seguinte ao início das gravações, todas as guitarras estavam desafinadas. A configuração da mesa de som estava toda desregulada. Algumas gravações estavam faltando e outras que não havíamos feito estavam lá. Eram apenas ruídos estranhos de microfone aberto. Ninguém tocando instrumento, apenas um microfone aberto gravando a sala.”

A banda acabou instalando câmeras para tentar descobrir o que estava acontecendo. E quem procura, acha.

“No começo, nada. Quando estávamos achando que éramos malucos, começamos a ver coisas na câmera que não podemos explicar. Então, descobrimos a história da casa e eu tive que assinar um acordo de confidencialidade com o proprietário, pois ele está tentando vender o lugar. Então, não posso contar, mas essas situações fizeram com que a gente concluísse o álbum rapidamente.”

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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