10 álbuns de rock e metal do 1° trimestre de 2019 que você precisa ouvir

O primeiro trimestre de 2019 me apresentou alguns bons discos de rock e metal. Na lista abaixo, compartilho alguns dos que mais gostei de ouvir.

Além da seleção, preparei uma playlist com os destaques dos três primeiros meses do ano. Há músicas dos álbuns mencionados por aqui e canções de outros discos, que não puderam ser citados por uma questão de espaço – ou, simplesmente, porque o “pacote completo” não agradou tanto.

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Confira, a seguir, a minha escolha dos 10 álbuns de rock e metal desse primeiro trimestre de 2019 que você precisa ouvir, além da playlist especial focada no período.

Depois, não deixe de conferir:
– Os 10 melhores álbuns de rock e metal em 2018
– 44 álbuns lançados em janeiro de 2019
– 80 álbuns lançados em fevereiro de 2019
– 130 álbuns lançados em março de 2019

Playlist:

Rival Sons – “Feral Roots”: Sério concorrente ao posto de melhor do ano de 2019, o sexto álbum do Rival Sons traz seus integrantes com ambição de ir além.

Os tropeços de “Hollow Bones” (2016) foram corrigidos e o hard rock poderoso, de fortes doses setentistas, dos trabalhos anteriores ganharam fortes pitadas de soul music e gospel. Envolvente do começo ao fim.

Clique aqui para ler resenha completa sobre “Feral Roots”, do Rival Sons.

Gary Clark Jr – “This Land”: O quinto álbum de estúdio desse guitarrista de blues rock americano – e terceiro em uma grande gravadora – é, de longe, o mais diverso e versátil de seu catálogo.

A pegada bluesy de outrora se faz presente, mas divide espaços com experimentos que vão do reggae ao punk (!), além de transitar por gêneros com os quais ele já havia flertado antes, como o R&B e a soul music. Soa como o trabalho definitivo de Gary Clark Jr. Se não fizer sucesso e alavancar seu nome ao mainstream de vez, será uma tremenda injustiça.

The End Machine – “The End Machine”: O instrumental clássico do Dokken – George Lynch, Mick Brown e Jeff Pilson – se juntou ao vocalista Robert Mason (Warrant, ex-Lynch Mob) para um projeto que, sim, lembra um pouco de Lynch Mob, mas também acumula identidade própria e muito peso.

Há um entrosamento orgânico entre Robert Mason, que é um excelente vocalista, e o trio consagrado no Dokken, talentoso em praticar a mistura perfeita entre hard rock e heavy metal. Até tentei encontrar alguma música mais fraca, mas não consegui: são todas muito boas. Que esses caras, especialmente George Lynch, sigam workaholics por muito tempo.

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Mark Morton – “Anesthetic”: Grande surpresa na minha playlist. Mark Morton sempre se mostrou competente como guitarrista Lamb of God, mas caprichou de verdade em seu primeiro álbum solo, que apresenta um heavy metal moderno, versátil e agressivo.

A lista de participações especiais do disco é extensa e bastante diversa, pois conta com nomes do porte de Myles Kennedy (Alter Bridge, Slash), Alissa White-Gluz (Arch Enemy), Chuck Billy (Testament), Mark Lanegan (Screaming Trees), Jacoby Shaddix (Papa Roach) e seu colega de Lamb of God, Randy Blythe, além do já falecido vocalista Chester Bennington (Linkin Park). Todos eles deram suas devidas contribuições ao trabalho, mas ainda soa unitário, mesmo com artistas tão diferentes envolvidos.

Inglorious – “Ride To Nowhere”: Uma das grandes revelações do hard rock britânico na década, a banda capitaneada pelo vocalista Nathan James (Uli Jon Roth, TSO) fez seu melhor trabalho em “Ride To Nowhere”.

O quinteto saiu da sombra de suas influências e passou a explorar uma sonoridade mais pesada, sem, necessariamente, flertar com o metal. Aqui, os caras soam como um grupo – o que é uma pena, pois três integrantes deixaram a formação pouco antes do lançamento.

Clique aqui para ler resenha completa sobre “Ride To Nowhere”, do Inglorious.

Tedeschi Trucks Band  – “Signs”: O projeto comandado pelo casal Susan Tedeschi (vocalista e guitarrista) e Derek Trucks (guitarrista, Allman Brothers Band) acertou de novo.

A aposta não é tão diferente dos álbuns anteriores: southern rock com fortes doses de blues, vindas de Trucks, e soul/R&B, cortesia de Tedeschi. A banda de apoio é de muita classe. E as participações de Warren Haynes, Oliver Wood, Marc Quiñones e Doyle Bramhall II agregam ainda mais ao registro. Recomendadíssimo.

Suzi Quatro – “No Control”: Uma grande surpresa. Embora conheça e admire Suzi Quatro – afinal, ela tem 68 anos de vida e décadas de rock and roll -, chamou a atenção o fato de ela lançar um registro tão versátil e envolvente a essa altura da vida.

Em “No Control”, há músicas que honram o passado hard rocker de Suzi Quatro, mas o blues é bastante explorado, assim como o power pop. Em algumas canções, dá até para notar instrumentos de sopro. Muito bom.

Joanne Shaw Taylor – “Reckless Heart”: Dona de uma carreira consistente, essa guitarrista e vocalista britânica lançou seu sétimo álbum – uma marca de produtividade impressionante para alguém com pouco mais de 30 anos.

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Mais uma vez, ela não decepciona: o disco coloca o blues rock na linha de frente, com uma pitada de soul music em algumas faixas. Não há música ruim aqui.

The Raven Age – “Conspiracy”: Não dá para negar que essa banda chama a atenção por contar com George Harris, filho de Steve Harris (baixista do Iron Maiden), na guitarra. Musicalmente falando, porém, há outras menções (positivas) a se fazer.

Os maiores destaques na formação são o vocalista Matt James, de bom timbre e recém-chegado ao grupo, e o baterista Jai Patel, que inclui influências mais extremas ao groove metal do quinteto com certa naturalidade. É apenas o segundo disco, mas vejo espaço para evolução.

Beast In Black – “From Hell With Love”: Liderado pelo guitarrista Anton Kabanen após sua saída Battle Beast, o Beast In Black não soa tão diferente de sua banda “dissidente”. O som dialoga com a proposta de fazer heavy metal com um pé no power e outro no chamado “rock de arena”, com refrães e ganchos melódicos pegajosos em meio a riffs e andamentos intensos.

Nesse ponto, o Beast In Black manda muito bem. A impressão é de que em “From Hell With Love”, seu segundo disco, a fórmula segue a mesma, ainda que ligeiramente aprimorada. E a diferença de proposta com o Battle Beast se acentuou: a banda de origem é mais metal, enquanto o novo projeto de Anton Kabanen flerta mais com o rock de arena.

Outros 15 álbuns que se destacaram na minha playlist nesse primeiro trimestre de 2019:

  • The Treatment (hard rock) – “Power Crazy”
  • Battle Beast (heavy/power metal) – “No More Hollywood Endings”
  • Burning Rain (hard rock, com Doug Aldrich) – “Face The Music”
  • Dirty Honey (hard rock) – EP “Dirty Honey”
  • John Mayall (blues rock) – “Nobody Told Me”
  • Last In Line (heavy metal) – “II”
  • The Last Internationale (hard/alternative rock) – “Soul On Fire”
  • Candlemass (doom metal) – “The Door To Doom”
  • Backyard Babies (hard/sleaze rock) – “Silver & Gold”
  • A New Revenge (hard n’ heavy) – “Enemies & Lovers”
  • Dream Theater (metal progressivo) – “Distance Over Time
  • Pesta (banda brasileira de stoner/doom metal) – “Faith Bathed in Blood”
  • Gary Hoey (blues rock) – “Neon Highway Blues”
  • Tesla (hard rock) – “Shock”
  • The Mute Gods (rock progressivo) – “Atheists And Believers”
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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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