Ex-membros do Ghost pedem novo juiz porque ele e Tobias Forge são maçons

O tribunal de apelação responsável por julgar um recurso da ação movida por quatro ex-integrantes do Ghost contra o líder da banda, Tobias Forge, negou um pedido de novo julgamento. A solicitação foi feita após os músicos acusarem o juiz Henrik Ibold de permitir que um conflito de interesses afetasse em sua decisão, favorável a Forge, porque os dois seriam maçons.

Em outubro do ano passado, o juiz havia decidido por arquivar o processo movido pelos guitarristas Simon Soderberg e Henrik Palm, o baterista Martin Hjertstedt e o tecladista Mauro Rubino. Na ação, eles pediam pediam cerca de US$ 22 mil em indenização por não terem recebido partes consideradas legítimas nos lucros da banda, após Forge ter se negado a revelar os lucros do grupo entre 2011 e 2016.

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A corte determinou que “não está claro o que significa, de fato, ‘constituir’ um grupo musical”. “Eles acham que é óbvio que Tobias Forge, Simon Söderberg e outros três integrantes estiveram envolvidos na banda de formas diferentes. Eles concordaram que poderiam tocar juntos e fazer shows, mas não é suficiente para determinar uma relação comercial. A sentença afirma: ‘pelo contrário, várias circunstâncias indicam a falta de tal intenção'”, diz um texto do site Linkoping News, que noticiou o caso.

– Ex-membros do Ghost perdem na justiça e terão de pagar fortuna a Tobias Forge

Além do processo ter sido arquivado – o que representa uma derrota para o quarteto -, os ex-integrantes do Ghost terão de pagar cerca de US$ 145 mil a Tobias Forge, bem como arcar com os custos legais.

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O quarteto de músicos, então, entrou com um recurso e fez a acusação contra o juiz. Eles alegam conflito de interesses, já que tanto o jurista quanto Tobias Forge seriam membros da Ordem Sueca de Maçonaria. Porém, a situação não foi provada e a última decisão destacou que, na Suécia, todos os cidadãos – incluindo juízes – podem pertencer a organizações.

Por outro lado, o tribunal de apelação destacou que o juiz deveria ter comunicado às partes envolvidas sobre a sua afiliação à maçonaria sueca assim que descobrisse que Tobias Forge também pertence à organização. Apesar disso, essa falha não é suficiente para desqualificar o julgamento.

Entenda o caso

Os guitarristas Simon Soderberg e Henrik Palm, o baterista Martin Hjertstedt e o tecladista Mauro Rubino acusaram Tobias Forge de trai-los com relação à divisão dos ganhos de discos e turnês. Em nota enviada à emissora STV, os músicos dizem: “o vocalista e ex-amigo está tentando, de forma vergonhosa, transformar o Ghost em um ‘projeto solo’, com músicos contratados”.

Na ação, os músicos afirmavam que Tobias Forge controla os negócios da banda de forma solitária, sem escutar nenhum outro integrante. O quarteto quer que Forge revele quais foram os lucros e as despesas do Ghost entre 2011 e 2016 – caso contrário, ele teria de pagar uma multa de US$ 22 mil, solicitada pelo quarteto.

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Os ex-integrantes do Ghost afirmaram, ainda, que a situação relatada começou a se agravar em 2012. Os músicos dizem ter passado dois anos sem receber um centavo e só foram pagos depois que Tobias Forge foi pressionado a fazer isso. Segundo eles, a remuneração só era distribuída de forma esporádica, pois o vocalista teria dito com frequência que a banda estava quebrada.

Tobias Forge, por sua vez, alegou que o Ghost era, realmente, como se fosse um projeto solo dele. Ele destacou que compôs todas as músicas sozinho e que a formação responsável pelos álbuns nem sempre era a que estava no palco, nas turnês.

No fim de 2017, houve uma tentativa de acordo entre Tobias Forge e os ex-integrantes do Ghost, mas as tratativas falharam. A negociação, chamada de sustentação oral, tinha o intuito de fazer com que o assunto fosse resolvido sem chegar às vias finais de um processo.

Conforme destacado no início do texto, em outubro do ano passado, o juiz arquivou o processo após determinar “não está claro o que significa, de fato, ‘constituir’ um grupo musical”. O vínculo de cada integrante não determinaria uma relação comercial. O quarteto terá de pagar cerca de US$ 145 mil a Tobias Forge como indenização, bem como arcar com os custos legais.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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