Bruce Dickinson revela por que saiu do Iron Maiden em 1993

O vocalista Bruce Dickinson falou, em entrevista à Vulture, sobre os motivos pelos quais ele saiu do Iron Maiden em 1993. O cantor apostou em uma carreira solo e foi substituído por Blaze Bayley, que permaneceu na formação até 1999, quando Dickinson retornou.

“Quando saí do Iron Maiden, eu era muito duro comigo mesmo. Pensava que aquilo me limitava, era uma gaiola de ouro confortável, que me rendia muito dinheiro e eu poderia continuar reciclando nossa identidade, mas não queria fazer aquilo. A única forma que eu pensava ser possível crescer como cantor era fazer algo diferente – e só levaria isso a sério saindo”, comentou.

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Dickinson disse que quando se está no Iron Maiden, todos te protegem. “Assim que você sai da bolha, todos dizem: ‘sempre quis chutar as bolas daquele cara’. Temporada aberta! Foi o que aconteceu comigo. Mas, ao mesmo tempo, eu pensava: ‘foi por isso que você saiu’. Você dá um passo para o lado da caixa para ver o que está por fora dela”, afirmou.

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Bruce disse que atirou-se para o universo e pensou se deveria mesmo existir como cantor e se ele estava trazendo algo útil para o mundo ao estar em uma banda, a não ser nostalgia. “Se fosse só isso, talvez eu deveria estranhar e fazer algo mais útil. Se você quer ser um artista, você não pode ficar descansando em seus louros. Deve fazer algo diferente. Não sabia o que fazer e é por isso que saí. As pessoas pensam que eu tinha um plano quando saí. Não, sem planos. Foi algo difícil para os caras da banda entenderem”, afirmou.

O vocalista temia que, com ele, o Iron Maiden mergulhasse em irrelevância. “Arar o mesmo solo seria o termo. O público provavelmente ficaria feliz, embora ele, lentamente, diminuísse. A banda ficaria menos relevante e se ficaria em uma bolha com o resto da comunidade metal. Não queria isso. Aprendi muito enquanto estive fora da banda. Eu estava bem melhor como cantor quando voltei (em 1999) do que quando saí”, disse.

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Consequentemente, Bruce considera “Brave New World” (2000), o disco que marca seu retorno, como um dos grandes clássicos do Iron Maiden. “Toda a energia estava de volta. Tudo na banda havia mudado. Antes de sair, existiam aquelas pequenas lutas por poder. Quando voltei, foi tudo mais honesto. As pessoas dizem que o Maiden é como família, como se família fosse algo bom. Mas famílias não são necessariamente coisas boas. Aqueles organismos saíram do mesmo buraco, mas não é razão para eles se gostarem. Tudo isso de ‘o sangue é mais grosso que a água’… desculpem, se o seu irmão é um c*zão, ele é um c*zão! Somos mais amigos agora do que nunca. Somos uma banda de irmãos nascidos da mesma mãe, que é o Iron Maiden”, afirmou.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

1 COMENTÁRIO

  1. A verdade é que Bruce tem o seu lado mais focalizado no Hard Rock, existe sim aqueles riffs que lembra algo do Judas priest…são influências das bandas dos anos 70 que o cara curtia, e…ali surgia a sua carreira solo!!!! Enquano no maiden steve Harris é que dá o voto final e faz os riffs galopantes, assim focalilzando no progressivo e Heavy metal do Maiden!!!! O iron e Bruce são uma junção de coisas boas!!!! valeu

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