Os 25 anos de “Adrenalize”, o 1° do Def Leppard sem Steve Clark

Def Leppard – “Adrenalize”
Lançado em 31 de março de 1992

Quando se pensava que forças superiores já não tinham dado uma lição no Def Leppard, com a amputação do braço – e sucessiva recuperação – do baterista Rick Allen após um acidente de carro, eis que o grupo foi surpreendido novamente. Infelizmente, dessa vez não houve recuperação.

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O guitarrista Steve Clark, que já demonstrava problemas sérios com o alcoolismo, ganhou férias forçadas de seis meses das atividades da banda para tentar se recuperar de vez. No entanto, ele teve uma recaída e foi encontrado morto em 8 de janeiro de 1991, ao sofrer uma overdose acidental de codeína, misturada a Valium, morfina e álcool. Clark tinha 30 anos.

“Adrenalize” já estava sendo composto nesse período. Portanto, pode-se considerar que este foi o último álbum a contar com o toque direto de Steve Clark. Algumas composições creditadas a ele foram mantidas.

Novamente, o Def Leppard se encontrou em meio a um dilema. A decisão foi a de seguir suas atividades com Phil Collen dobrando as guitarras neste disco. Em seguida, Vivian Campbell foi contratado para substituir Steve Clark. Finalmente, “Adrenalize” chegou a público, no dia 31 de março de 1992.

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“Adrenalize” é a sequência mais fiel que o bem-sucedido “Hysteria” poderia ter. A essência do hard rock de forte pegada pop praticado pelo Def Leppard foi mantida nas novas composições.

O que há de diferente aqui é a sobriedade autoral. A década de 1980 já havia ficado para trás e, com ela, todos aqueles excessos em produção e em termos de instrumentos digitais. Aqui, o Def Leppard, que co-produziu o disco ao lado de Mike Shipley, seguiu pelo formato “arena rock”, só que com um pé na realidade.

Outro fator atrativo, para mim, é a duração geral do disco: 45 minutos. Enquanto “Hysteria” pode enjoar, por ter mais de uma hora de tracklist, “Adrenalize” é um tiro curto e certeiro.

No geral, a tradicional fórmula do Def Leppard foi bem aproveitada. Há vocais em coro nos refrães e em outros momentos, linhas de guitarra que sabem o momento exato de assumir o protagonismo, cozinha que consegue ser básica e impactante ao mesmo tempo e um repertório composto por hits – concretos ou em potencial. Qualquer faixa de “Adrenalize”, do início ao fim, poderia se tornar um single – com exceção, óbvio, da extensa “White Lightning”.

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Evidentemente, “Adrenalize” se tornou um sucesso comercial. O disco atingiu o topo das paradas dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália. Estima-se que tenham sido vendidas 10 milhões de cópias em todo om undo.

No geral, “Adrenalize” é um dos álbuns que melhor descrevem o estilo do Def Leppard. Um passo adiante no uso de uma fórmula bem-sucedida.

Joe Elliott (vocal)
Phil Collen (guitarra, violão, backing vocals)
Rick Savage (baixo, violão em 4, backing vocals)
Rick Allen (bateria)

Músicos adicionais:
Phil “Crash” Nicholas (teclados em 6)
Robert John “Mutt” Lange (backing vocals)
John Sykes (backing vocals)
The Sideways Mob (backing vocals)

01. Let’s Get Rocked
02. Heaven Is
03. Make Love Like A Man
04. Tonight
05. White Lightning
06. Stand Up (Kick Love Into Motion)
07. Personal Property
08. Have You Ever Needed Someone So Bad
09. I Wanna Touch U
10. Tear It Down

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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