Homenagem: cinco anos da morte de Michael Jackson

A morte de Michael Jackson me pegou de surpresa. Não só a mim: milhões ou até mesmo bilhões de pessoas ficaram impressionadas quando o falecimento foi anunciado, primeiramente no Twitter e em veículos menos confiáveis, e posteriormente em sites e jornais de melhor apuração.
Mas por que a morte de alguém tão distante mexeu com tantas pessoas? Porque foi o homem que fez o disco mais vendido da história da música. O músico que lucrou sete bilhões de dólares durante sua vida, sendo o artista mais rico de todos os tempos. O primeiro cantor de descendência africana a receber atenção pela MTV.
Michael Jackson é dono de diversas titulações, orientadas por todos os feitos conquistados em sua curta vida. Jackson, que faleceu há exatos cinco anos, não precisou viver mais do que 50 anos para se tornar o maior ícone da música Pop. Ou, melhor dizendo, o “Rei do Pop”.
Infelizmente, o cantor, dançarino, compositor e produtor não foi capaz de oferecer mais ao mundo. Ele foi vítima de uma overdose de propofol, medicamento utilizado para indução anestésica e sedação. O doutor Conrad Murray, responsável pela saúde de Michael à época, foi julgado e condenado pela morte, que foi considerada um homicídio culposo. Mas, assim como nada pode trazê-lo de volta, nada também pode apagar seu legado na música.
Infância
O sétimo de nove filhos do casal Joseph e Katherine Jackson nasceu na cidade de Gary, Indiana, Estados Unidos, e teve uma origem humilde, assim como o resto de sua família. Aos cinco anos, começou a cantar. Seis anos depois, integrou o Jackson 5, com seus irmãos Jackie, Tito, Jermaine, Marlon e, posteriormente, Randy.
O grupo alcançou o estrelato mundial, estourando no início da década de 1970. Michael se destacou com um talento incomum para dançar e cantar, iniciando paralelamente uma carreira solo. A carreira do grupo era comandada pelo rígido pai Joseph, com quem Michael teve problemas ao longo de sua vida.
Com o Jackson 5, Michael registrou quinze discos de estúdio. Durante o seu período de infância, quatro álbuns solo foram gravados.
Amadurecimento
Muitos tratam “Off The Wall”, de 1979, o primeiro disco solo de Michael Jackson. Na verdade, trata-se do quinto. Mas foi o primeiro trabalho a apresentar o Pop com influências de R&B e Soul no formato que ele seguiria ao longo de sua carreira.
O disco atingiu o terceiro lugar nas duas paradas mais importantes do mundo, Estados Unidos e Reino Unido, além de ótima repercussão mundial.
Mas o cenário mudaria de verdade com “Thriller”. O álbum mais vendido da história da música foi lançado em 30 de novembro de 1982, pela Epic Records. O disco atingiu o primeiro lugar de 17 charts, inclusive no Brasil, além de ter gerado sete singles de sucesso. Estima-se, também, que “Thriller” tenha vendido 300 milhões de cópias por todo o mundo.
No ano seguinte, Jackson se eternizou também na história da dança. Durante apresentação em comemoração à primeira gravadora do Jackson 5, Motown Records, o cantor realizou a dança Moonwalk, em performance da música “Billie Jean”.
A partir de então, tudo que teve o toque de Michael se tornou ouro. O single “We Are The World”, do projeto USA For Africa, liderado por Lionel Richie e Quincy Jones com objetivo filantrópico, teve participação do cantor. Cerca de 200 milhões de dólares foram arrecadados e doados para combater a fome na Etiópia.
Consolidação
O ano de 1987 consolidou Jackson, com o lançamento do álbum “Bad” e mais uma mega turnê. O disco bateu um recorde por ter colocado nove músicas de trabalho nas paradas de todo o mundo. Visualmente, o cantor estava diferente: um pouco mais branco e com traços do rosto mais finos.
O disco subsequente de Michael, “Dangerous”, quebrou mais um recorde: a estreia do videoclipe do primeiro single, “Black Or White”, foi transmitido simultaneamente para 27 países e 500 milhões de pessoas. A produção foi comandada por Teddy Riley, que trouxe mais elementos para o som do Jackson.
Michael se casou com a filha de Elvis Presley, Lisa Marie, em maio de 1994. O casamento, que durou apenas dois anos, foi contestado pois o cantor estava sendo investigado criminalmente no ano anterior.
O álbum “HIStory”, de 1995, atingiu novo feito: o videoclipe de “Scream”, primeira música de trabalho e dueto com a irmã de Michael, Janet Jackson, foi o mais caro da história. Custou sete milhões de dólares, de acordo com diversas fontes.
Problemas
“Invincible”, de 2001, comemora os 30 anos de sua carreira solo, com participações de Carlos Santana, Slash e Notorious B.I.G.. Nesta época, Michael passou a ter problemas com a sua gravadora, Sony, em relação aos lucros. O selo realizou um boicote, tirando o disco das lojas três meses após seu lançamento. Mesmo assim, o trabalho vendeu 12 milhões de cópias em todo o mundo.
A partir de então, Jackson se envolveu em diversas polêmicas por conta de novas acusações judiciais. Dessa vez, o cantor era acusado de abuso sexual. A acusação foi negada e as investigações não chegaram a lugar nenhum.
Em 2006, o músico começou a gravar um novo disco de estúdio, mas que nunca viu a luz do dia enquanto ele esteve vivo. “Michael” foi lançado de forma póstuma, em 2010, com canções desse período e outras demos mais antigas.
Morte
A morte de Michael Jackson aconteceu na vizinhança de Holmby Hills, em Los Angeles. O cantor sofreu uma parada cardíaca e médicos tentaram reanimá-lo, mas foi em vão. Ele se preparava para uma série de shows em Londres, que retomariam as atividades de sua carreira após um hiato de alguns anos.
A autópsia confirmou uma overdose da substância propofol, que matou Michael dez minutos depois. Seu funeral, ocorrido em 7 de julho de 2009, foi acompanhado por 17 mil pessoas no Staples Center, além de outras duas bilhões pela televisão, através de transmissão ao vivo.
Citado como influência de artistas e bandas de Pop, Soul, R&B e Rock, entre outros incontáveis estilos, o legado de Jackson permanece vivo até os dias de hoje. Não apenas nas vendas: Michael é relevante até mesmo na produção da música contemporânea. Descanse em paz, King of Pop.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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