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Slipknot faz 1º show grande com Eloy Casagrande; veja vídeos e setlist

Screenshot via YouTube

O Slipknot realizou sua primeira apresentação oficial com Eloy Casagrande. O baterista brasileiro havia tocado com a banda em um show intimista de aquecimento na última quinta-feira (25), no bar e restaurante Pappy + Harriet’s, localizado em Pioneertown, Califórnia, Estados Unidos. Agora, estreou de vez no festival Sick New World, em Las Vegas, no último sábado (27). Os mascarados estão entre os headliners, junto do System of a Down.

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O repertório trouxe quatro músicas do álbum homônimo de 1999, atualmente celebrado na estrada por seu 25º aniversário. A seleção restante buscou contemplar outros discos, especialmente os gravados nos anos 2000.

Como ocorrido com outros novos integrantes, Casagrande ainda não foi anunciado oficialmente como membro do Slipknot. No entanto, além dos boatos, o porte físico e as tatuagens do músico indicam mesmo que seria ele o escolhido para substituir Jay Weinberg. A CBN também afirma ter confirmado a informação com pessoas próximas ao instrumentista.

Veja o setlist (via Setlist.fm) e vídeos (compilados pelo site IgorMiranda.com.br) a seguir.

  1. People = Shit
  2. Eyeless
  3. Disasterpiece
  4. Before I Forget
  5. Custer
  6. Psychosocial
  7. The Heretic Anthem
  8. Unsainted
  9. Wait and Bleed
  10. Duality
  11. Spit It Out
  12. Surfacing

“The Heretic Anthem”:

“Disasterpiece”:

“Custer”:

“People + Shit”:

Nos últimos dias, um outdoor enigmático apareceu em Indio, Califórnia, perto do local dos festivais Coachella e Power Trip. O cartaz apresenta o logo do Slipknot, os dizeres “one night only, long may you die” e a URL youcantkillme.com.

No site em questão, há um vídeo desenvolvido com WordPress. Conforme observado por um internauta no fórum Reddit (via Whiplash), se você rodar o arquivo de filmagem com o navegador Mozilla Firefox e abrir o código-fonte, é possível descobrir que existe um arquivo de imagem “eloy.jpg” criado.

Cada integrante, aliás, conta com um arquivo próprio — incluindo um músico de nome apenas “Jeff”, de sobrenome não especificado, mas possivelmente substituto de Craig Jones, tecladista que saiu em junho do ano passado. Especulações apontam para Jeff Karnowski, que tocou baixo no Dirty Little Rabbits, projeto do percussionista M. Shawn “Clown” Crahan.

Outro indício recente

No último dia 9 de março, o Slipknot deu outra pista relacionada a seu novo baterista ao compartilhar sua primeira publicação em referência a ele. Por meio das redes sociais, a banda divulgou uma foto de uma baqueta quebrada, com a simples legenda: “Ensaio”.

Chama atenção, porém, a baqueta apresentada. Conforme observado pelo Whiplash e repercutido por diversos fãs nas redes sociais, trata-se de uma Promark modelo signature — termo usado para definir um instrumento, equipamento ou acessório feito justamente para aquele músico — de Eloy Casagrande. O acessório, inclusive, chegou a ser apresentado pelo instrumentista em um vídeo publicado recentemente nas redes.

Eloy Casagrande, Sepultura e Slipknot

A saída de Eloy Casagrande de sua banda anterior, o Sepultura, foi anunciada no fim do último mês de fevereiro. A banda se declarou surpresa com a decisão, comunicada internamente no início do mês, semanas antes de começar a turnê de despedida “Celebrating Life Through Death”. O rompimento ocorreu justamente para que o músico brasileiro se dedique a outro projeto, ainda não revelado.

O nome de Casagrande é especulado por fãs do Slipknot desde a demissão de Jay Weinberg, no fim do ano passado. Curiosamente, com sua entrada, um movimento de troca de bateristas entre três bandas ocorreru. A saber, em três atos:

  • Primeiro: Em novembro do ano passado, Jay foi demitido do Slipknot. Nenhuma razão clara foi apresentada pela banda no anúncio, apenas “decisões criativas”.
  • Segundo: No fim de fevereiro, a saída de Eloy Casagrande foi confirmada pelo Sepultura. A banda afirma que o baterista brasileiro se desligou “para seguir carreira em outro projeto”. Desde a dispensa de Weinberg, seu nome é especulado no Slipknot.
  • Terceiro: A vaga de Casagrande no Sepultura foi ocupada por Greyson Nekrutman, baterista do Suicidal Tendencies — que convocou justamente Weinberg para substitui-lo.

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Heaven & Hell lançou “The Devil You Know” há 15 anos; veja outros fatos da música em 28 de abril

Há 15 anos, em 28 de abril de 2009, o Heaven & Hell lançava “The Devil You Know”, seu único disco. Reuniu a formação rebatizada do Black Sabbath, com Ronnie James Dio (em seu último trabalho), Tony Iommi, Geezer Butler e Vinny Appice.

Confira outros acontecimentos no mundo da música, especialmente no rock, em dias 28 de abril de outros anos:

-> Há 26 anos, em 28 de abril de 1998, o Blind Guardian lançava “Nightfall in Middle-Earth”, seu 6º disco de estúdio. Primeiro em que o vocalista Hansi Kürsch não tocou baixo, aborda a história de “O Silmarillion”, de J.R.R. Tolkien. “Mirror Mirror” saiu como single.

-> Hoje, Kim Gordon faz 71 anos. A baixista, vocalista e guitarrista, que nasceu em 28 de abril de 1953, foi uma das fundadoras do Sonic Youth ao lado do então marido, Thurston Moore. Também trabalhou como produtora, atriz e artista visual.

-> Há 27 anos, em 28 de abril de 1997, o Stratovarius lançava “Visions”, seu 6º disco de estúdio. Foi um dos trabalhos mais importantes da banda, com boa repercussão na terra natal dos músicos, a Finlândia. Os singles foram “The Kiss of Judas” e “Black Diamond”.

-> Há 52 anos, em 28 de abril de 1972, o Wishbone Ash lançava “Argus”, seu 3º disco de estúdio. O álbum é lembrado por ser um dos primeiros a introduzir as chamadas guitarras gêmeas, recurso adotado posteriormente por bandas como Thin Lizzy e Iron Maiden.

-> Há 32 anos, em 28 de abril de 1992, o Hardline lançava “Double Eclipse”, seu disco de estreia. Foi o único com o guitarrista Neal Schon, do Journey, que fundou o projeto com os irmãos Johnny e Joey Gioeli. Apesar das boas músicas, não fez o sucesso esperado.

-> Há 16 anos, em 28 de abril de 2008, o H.E.A.T. lançava “H.E.A.T”, seu disco de estreia. Gravado ainda com Kenny Leckremo no vocal, obteve boa repercussão e quase garantiu uma participação da banda no Eurovision. “1000 Miles” e “Keep On Dreaming” saíram como singles.

-> Hoje, Göran Edman faz 68 anos. O vocalista, que nasceu em 28 de abril de 1956, construiu um currículo extenso, mas ficou conhecido especialmente pelas parcerias com Yngwie Malmsteen e John Norum, além das participações em trabalhos do Talisman, Swedish Erotica e mais.

-> Há 32 anos, em 28 de abril de 1992, o Lynch Mob lançou “Lynch Mob”, seu 2º disco de estúdio. Foi o primeiro da banda com o vocalista Robert Mason, que substituiu Oni Logan. Conta com um cover de “Tie Your Mother Down”, do Queen.

-> Há 26 anos, em 28 de abril de 1998, a Dave Matthews Band lançava “Before These Crowded Streets”, seu 3º disco de estúdio. Último produzido por Steve Lillywhite até 2012, traz músicas como “Don’t Drink the Water”, “Stay (Wasting Time)” e “Crush”.

-> Há 15 anos, em 28 de abril de 2009, o Halestorm lançava “Halestorm”, seu disco de estreia. Não chegou a fazer sucesso como os seguintes, embora o single “I Get Off” tenha obtido certo destaque. “Innocence” foi composta em parceria com Ben Moody, do Evanescence.

-> Há 44 anos, em 28 de abril de 1980, Alice Cooper lançava “Flush the Fashion”, seu 12º disco de estúdio. O álbum representa uma mudança drástica na carreira do cantor – tanto musicalmente, agora mais próximo da new wave, como também no aspecto visual.

-> Há 24 anos, em 28 de abril de 2000, o Apocalyptica lançava “Cult”, seu 3º disco de estúdio. Foi o primeiro trabalho da banda a focar mais nas composições autorais, em vez dos célebres covers dos álbuns anteriores. A música “Path” saiu como single.

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No Summer Breeze, Mr. Big faz de sua despedida uma linda celebração

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Em 2011, o Mr. Big veio ao Brasil pela segunda vez. A visita inaugural havia ocorrido em 1994, exclusivamente para um festival em Santos. Nas duas apresentações realizadas 13 anos atrás, em São Paulo e Porto Alegre, havia um sentimento celebratório provocado pelo retorno do grupo — sacramentado em 2009, sete anos depois de um encerramento nada amigável.

A empolgação era inevitável. Tais eventos marcariam o início de uma bela história de retomada. Não era nada absurdo sonhar com novas turnês nacionais, já que a banda desenvolveu incomum popularidade por aqui; não como no Japão, é verdade, mas sempre tiveram bastante público no Brasil.

Elas até aconteceram, em 2015 e 2017, mas sob um contexto nada agradável: o baterista Pat Torpey, imprescindível para a sonoridade do quarteto, ocupava apenas uma função figurativa, na percussão, devido a um diagnóstico de Parkinson. Matt Starr (Ace Frehley, Joe Lynn Turner, Beautiful Creatures, etc) assumiu as baquetas principais e, competência técnica à parte, não encaixou tão bem. Os próprios colegas — Eric Martin (voz), Paul Gilbert (guitarra) e Billy Sheehan (baixo) — admitiriam isso futuramente, alegando que o instrumentista não contribuía devidamente com as harmonias vocais.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Complicações provocadas por sua doença levaram Torpey à morte em 2018. Antes disso, claro, já se sabia: depois de 2011, nunca mais os fãs brasileiros veriam o Mr. Big original ao vivo novamente. Extraoficialmente, a banda, tomada pelo luto, foi encerrada mais uma vez. As atividades só foram retomadas ano passado, para uma turnê de despedida — a segunda da carreira —, com Nick D’Virgilio (Big Big Train, Spock’s Beard) no posto que antes era de Starr.

Esta tour chegou ao Brasil em duas datas: em São Paulo, no primeiro dia do festival Summer Breeze 2024, última sexta-feira (26); e no Rio de Janeiro, em performance conjunta com Sebastian Bach no Vivo Rio, domingo (28) — ingressos aqui. E a melhor forma de iniciar a crônica deste show é: se você pode ir à apresentação na capital fluminense, vá. Faça este favor a si mesmo.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Um grand finale de classe

Quem pôde assistir a Martin, Gilbert, Sheehan e D’Virgilio na megalópole paulista, testemunhou uma despedida digna do nome da atual turnê: “The Big Finish”, o grand finale. Incrível, como praticamente tudo feito por esta banda que nasceu como um supergrupo montado por músicos que sequer eram amigos, mas, de alguma forma, desenvolveram um forte vínculo.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Fica fácil perceber a química entre os envolvidos, especialmente os três originais, já nos primeiros segundos da música que abre o repertório, “Addicted to That Rush”. Especialmente nesta canção, primeiro single do álbum de estreia homônimo (1989), Paul e Billy transformam virtuose em algo divertido, nada exibicionista. Eric, carisma em pessoa, reforça ainda mais o tom leve. É entretenimento puro, a ponto de você não saber para quem olha no palco. Precisa-se de uma conexão muito além de meros objetivos artísticos ou de trabalho para chegar a tal resultado.

Como não poderia deixar de ser, o público também não demora a perceber que está diante de senhores. Martin, 63 anos, é cantor e naturalmente foi quem mais sofreu com os efeitos da idade. Mas tudo é feito com tamanho bom gosto que somos lembrados, também, de que envelhecer também pode ser algo belo. Não apenas pertence ao processo da vida: ganhar idade é uma conquista. Só é necessário se adaptar — e seria estranhíssimo se um grupo tão talentoso não o fizesse da melhor forma possível.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Para tal, Sheehan (que tem 71 anos, mas a disposição de um garoto) e especialmente Gilbert adotaram timbragens menos agudas e alteraram a tonalidade de praticamente todo o repertório, mas não de modo uniforme. Há canções reduzidas em meio tom, um tom e até mais do que isso — depende da voz do frontman. Exemplos residem nas complexas “Never Say Never” e “CDFF: Lucky This Time” (original de Jeff Paris), ambas bem mais graves do que nas versões de 33 anos atrás. Paul troca de guitarra diversas vezes, enquanto Billy, para facilitar a dinâmica de palco, utiliza em boa parte da noite um baixo doubleneck com duas afinações diferentes. Um envolvimento completo de todos os integrantes, tal qual sugerido pelo título traduzido de seu álbum mais famoso, “Lean Into It” (1991).

Foto: André Tedim @andretedimphotography

O substituto e o repertório

Se há um grande esforço por parte de Eric Martin, Paul Gilbert e Billy Sheehan para rearranjar seu trabalho de modo a condicionar os vocais principais da melhor forma possível, Nick D’Virgilio tem missão oposta, mas igualmente complexa: reproduzir fielmente as linhas de bateria — e de apoio vocal — de Pat Torpey. A conquista é obtida com êxito. O músico, que fez carreira no rock progressivo, oferece exatamente aquilo que o levou a entrar na banda, sem tirar nem pôr.

E diferentemente de Matt Starr, não parece ter sentido dificuldades para se integrar. Não apenas por executar o trabalho conforme solicitado, mas também por deixar a impressão de que tem a mesma origem artística dos colegas. Fora que o habilidoso multi-instrumentista passava a sensação de estar se divertindo. A tal química outrora destacada. Até a camiseta do The Who usada por ele fez sentido, já que o Mr. Big toca há anos uma versão de “Baba O’Riley” — presente no repertório de sexta (26) — no encerramento dos shows.

Foto: André Tedim @andretedimphotography

Por falar em setlist, sabe-se que a tour atual promete a execução integral do já mencionado disco “Lean Into It”. Por conta do tempo ligeiramente reduzido para sua apresentação no Summer Breeze, três canções foram cortadas: “Voodoo Kiss”, “A Little Too Loose” e “Road to Ruin”. Não fizeram falta e daria até para tirar “Never Say Never”, talvez a mais afetada pelos rearranjos, para privilegiar alguma faixa de outro álbum. “Price You Gotta Pay”, tocada em outros países e sacrificada neste contexto, poderia ter aparecido. A gaita de Sheehan estava até pendurada em seu pedestal.

Mas as escolhas de repertório não comprometeram em nada. “Take Cover”, tocada entre “Addicted” e a performance quase integral de “Lean Into It”, foi dedicada a Pat Torpey e representou um dos momentos mais emocionantes do set. Do album de 1991, não dá para deixar de destacar:

  • a eletrizante “Daddy, Brother, Lover, Little Boy (The Electric Drill Song)”, com o indispensável uso de furadeiras durante o solo;
  • a pulsante “Alive and Kickin’”, uma das que melhor mostra como a presença de D’Virgilio fez a diferença nos backing vocals;
  • a grudenta “Green-Tinted Sixties Mind”, com direito a uma pequenina confusão de tempo na intro — Mr. Big errando é algo tão raro que vira notícia;
  • as baladas “Just Take My Heart” e “To Be With You”, tomadas respectivamente por melancolia e felicidade, mas igualmente recebidas com inúmeros celulares para o alto.
Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

A etapa final do set tem apenas quatro músicas — a também power ballad “Wild World”, original de Cat Stevens e regravada no Brasil por Pepê & Neném; o jazz-metal furioso “Colorado Bulldog”; a frenética versão para “Shy Boy” (Talas, banda original de Billy Sheehan) e o já citado cover de “Baba O’Riley” —, além de incríveis momentos solo de Gilbert e Sheehan. O primeiro, aliás, merece menção à parte: o nerd mais carismático do segmento musical fritou incansavelmente ao mesmo tempo em que incluiu referências ao riff de “The Whole World’s Gonna Know”, melodia de “Stay Together” e solo de “Nothing But Love”. Esquentou o coração de todo fã mais dedicado ali presente.

O único problema deste show foi o fim. Não apenas porque queríamos mais: é que realmente dava para tocar mais, pois foi encerrado 13 minutos antes do previsto. Caberiam pelo menos outras duas canções sem comprometer o discurso final de Sheehan, onde o criador da p*rra toda comete perdoável confusão ao afirmar que a primeira visita do Mr. Big ao país ocorreu em 1992 — sendo que na verdade foi em 1994, como dito lá no começo do texto —, expressa enorme gratidão pela devoção do público ao longo de tanto tempo e diz que jamais se esquecerá daquela noite de 26 de abril de 2024. Você não é o único.

Foto: André Tedim @andretedimphotography

**Este conteúdo faz parte da cobertura Summer Breeze Brasil 2024. Algumas atrações terão resenhas + fotos publicadas primeiro. A cobertura completa, de (quase) todas as atrações, sairá nos próximos dias.

Mr. Big — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. Addicted to That Rush
  2. Take Cover
  3. Daddy, Brother, Lover, Little Boy (The Electric Drill Song)
  4. Alive and Kickin’
  5. Green-Tinted Sixties Mind
  6. CDFF-Lucky This Time (original de Jeff Paris)
  7. Never Say Never
  8. Just Take My Heart
  9. My Kinda Woman
  10. To Be With You
  11. Wild World (original de Cat Stevens)
  12. Solo de guitarra + Colorado Bulldog
  13. Solo de baixo + Shy Boy (original do Talas)
  14. Baba O’Riley (solo do The Who)
Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show
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Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show
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Greyson Nekrutman sofre lesão nos dedos e termina show do Sepultura ensanguentado

Ninguém pode dizer que Greyson Nekrutman não está dando o sangue na turnê de despedida do Sepultura. O baterista que assumiu a função após a saída de Eloy Casagrande finalizou um show recente se esvaindo, após sofrer uma lesão logo no início do setlist.

O momento aconteceu dia 12 de abril, durante apresentação no Centro De Convenciones Vasco Nuñez De Balboa, em Cidade do Panamá, capital do Panamá. Foi a primeira data da segunda perna da Celebrating Life Through Death Tour, destinada à América Latina.

Em seu Instagram, junto a um vídeo da performance em “Roots Bloody Roots” (mais apropriado impossível), o instrumentista publicou a seguinte mensagem:

“Para todos vocês que estão se perguntando por que tive que terminar a turnê usando uma luva. Após três músicas do nosso primeiro show da turnê, eu cortei meus dedos em minhas porcelanas. Estou usando dois Pratos China neste kit e, sendo estúpido, mudei minha pegada no último segundo e cortei um bom pedaço da parte interna dos meus dedos. Este foi o fim do set quase 2 horas mais tarde. Obrigado @brunosantin @leandroazeitona @gabweinberg por me salvarem depois haha.”

Greyson Nekrutman e a despedida do Sepultura

Em entrevista a Felipe Ernani para o Tenho Mais Discos Que Amigos, Nekrutman falou sobre a “correria” dos últimos tempos. Ele afirmou que precisou aprender o set da turnê “Celebrating Life Through Death” em cerca de uma semana, procurando sempre respeitar o trabalho dos bateristas anteriores do Sepultura — Casagrande, Jean Dolabella e o membro fundador Iggor Cavalera.

Perguntado sobre a dificuldade das músicas, o músico citou algumas das mais fáceis e também das mais difíceis. Começando pelas “tranquilas”, ele destacou:

“Acho que, pra mim, as mais fáceis foram ‘False’, ‘Mind War’ e ‘Territory’. Tipo, as que eram um pouco mais ‘retas’ na minha cabeça e que eu podia lembrar das partes. ‘Choke’ também.”

Em seguida, as desafiadoras — oriundas dos dois álbuns mais recentes — foram mencionadas. O músico declarou:

“As mais complicadas foram ‘Phantom Self’ e ‘Means to an End’. Simplesmente porque têm tantas partes! São tantas mudanças dentro da música e eu fico tipo: ‘Espera aí, essa é aquela parte ou outra?’. E, novamente, tive pouco mais de uma semana pra decorar isso e a ordem me deixou mentalmente frito! (risos)”

Greyson Nekrutman nasceu em 2002, sendo, portanto, mais novo do que boa parte da discografia do Sepultura. Antes de ser chamado para integrar o grupo brasileiro, fez parte do Suicidal Tendencies. Sua formação como baterista vem do jazz, priorizando muito a técnica e o groove, o que provavelmente lhe ajudou a conseguir o emprego atual.

A partir de setembro, o quarteto faz mais algumas datas pelo Brasil antes de seguir para a Europa, onde fica até o fim de novembro. A turnê de despedida deve durar cerca de um ano e meio, com mais datas a serem anunciadas em breve.

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O álbum que melhor representa o The Doors, segundo Robby Krieger

O The Doors gravou nove álbuns de estúdio durante a carreira. Os seis primeiros contavam com Jim Morrison nos vocais.

Após a morte do cantor, os remanescentes ainda disponibilizaram um par de trabalhos quase “secretos”. Com o encerramento das atividades, ainda houve espaço para o póstumo “An American Prayer”, em 1978.

No total, o grupo vendeu mais de 100 milhões de cópias em todo o mundo. Ainda assim, sempre há alguém se aventurando pela primeira vez na discografia de um artista.

Em entrevista ao site IgorMiranda.com.br, o guitarrista Robby Krieger foi questionado sobre qual registro indicaria para ouvintes de primeira viagem.

Após titubear entre “The Doors” (1967) e “L.A. Woman” (1971), o instrumentista se decidiu pela estreia homônima. Ele disse:

“Acho que são os melhores. São os meus favoritos. Mas para alguém que nunca nos ouviu, provavelmente o primeiro álbum, porque trabalhamos nessas músicas por dois anos antes de gravá-las. Elas realmente incorporam o espírito do The Doors.”

Simples e direto

Em depoimento ao episódio do disco para a série “Classic Albums”, o tecladista Ray Manzarek também destacou o fato de o registro ter sido feito de forma simples e direta, representando o que a banda era nos palcos.

“O primeiro álbum era basicamente o The Doors ao vivo. Pouquíssimos overdubs foram feitos. É como ‘The Doors ao vivo no Whisky a Go Go’… exceto que era em um estúdio de gravação.”

O produtor Paul A. Rothchild e o engenheiro de som Bruce Botnick ajudaram o grupo no processo. O baixo, instrumento ausente na formação, foi registrado por Larry Knechtel, da Wrecking Crew, que não recebeu créditos no encarte original.

“The Doors”, o álbum

Disponibilizado em 4 de janeiro de 1967, o trabalho homônimo do The Doors vendeu mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo. Emplacou os singles “Break On Through (To the Other Side)” e “Light My Fire”. A segunda se tornou uma das únicas do grupo a alcançar o topo nos Estados Unidos – a outra foi “Hello, I Love You”, de “Waiting for the Sun” (1968).

As sessões aconteceram em apenas seis dias do ano anterior ao lançamento no Sunset Sound Recorders, estúdio em Hollywood. Em 2015, o disco foi selecionado pela Livraria do Congresso Norte-Americano para inclusão nos registros nacionais, baseado em seu valor artístico, histórico e cultural.

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Quem é a Mama de “Mama I’m Coming Home”, segundo Ozzy Osbourne

Presente no álbum “No More Tears” (1991), a balada “Mama, I’m Coming Home” é o maior sucesso solo de Ozzy Osbourne nos Estados Unidos. Escrita em parceria com Lemmy Kilmister (Motörhead) e Zakk Wylde, a música alcançou o 28º lugar no Billboard Hot 100, principal chart de singles do país.

Mas quem seria Mama? A expressão pode ser uma alusão à mãe, mas também a uma pessoa querida de modo geral. A resposta é a mais simples possível e não surpreende ninguém. A figura celebrada na letra é Sharon, esposa e empresária do Madman.

A despeito de críticas por parte dos fãs, ninguém aguentou tanto de Ozzy quanto a manager. De traições a agressões, chegando até mesmo a uma tentativa de assassinato, Sharon suportou de tudo. Ciente disso, Ozzy estava em mais uma das várias tentativas de desintoxicação quando escreveu a faixa.

Nas notas de rodapé da coletânea “The Ozzman Cometh”, disponibilizada em 1997, Osbourne entrou em maiores detalhes. Conforme resgate do American Songwriter (via RockBizz), ele enfatizou:

“Eu andava por aí com a melodia na cabeça há alguns anos, mas nunca tive a chance de terminá-la até trabalhar com Zakk no álbum ‘No More Tears’. Naquela época, compúnhamos muito ao piano. ‘Mama, I’m Coming Home’ era algo que sempre dizia à minha esposa no telefone quando estava se aproximando o final de uma turnê.”

A importância de Lemmy

Em 2017, durante entrevista ao Jonesy’s Jukebox, da rádio americana 95.5 KLOS, Ozzy falou sobre como Lemmy contribuiu diretamente para o sucesso da música – que também foi seu maior hit comercial de longe.

“Lemmy sempre me dava ótimas letras. Eu estava gravando um dos meus álbuns, fui até a casa dele e perguntei: ‘Você gostaria de fazer algumas letras?’ Ele respondeu: ‘Sim, volte em algumas horas’. E eu voltei e ele disse: ‘Gosta disso?’ Ele me deu cinco conjuntos diferentes de letras e todas eram ótimas!”

Lemmy ainda assinaria mais três músicas em “No More Tears”: “I Don’t Want to Change the World”, “Desire” e “Hellraiser” – esta última também registrada pelo Motörhead. Em “Ozzmosis” (1995) escreveu “See You on the Other Side”.

Ozzy Osbourne e “No More Tears”

Sexto álbum solo de estúdio de Ozzy Osbourne, “No More Tears” marcou a retomada da carreira do Madman após momentos polêmicos, incluindo uma prisão por tentativa de assassinato de sua esposa. O cantor vendia a imagem de uma pessoa sóbria, embora a realidade fosse outra nos bastidores.

Foi o último a contar com o baixista Bob Daisley – Mike Inez aparece no material promocional como membro da banda – e o baterista Randy Castillo. Vendeu mais de 6 milhões de cópias em todo o planeta.

A turnê de divulgação, apropriadamente chamada de “No More Tours”, marcou a primeira despedida dos palcos do cantor. Obviamente, não demorou muito para ele mudar de ideia.

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Summer Breeze: Biohazard e Brasil, feitos um para o outro

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

O Philips Monsters of Rock de 1996 para o Biohazard foi o início de uma relação próxima com o Brasil. Antes de tocar “Down for Life” no Summer Breeze Brasil 2024, ali pelo meio do set, o baixista e vocalista Evan Seinfeld, lembrou que a Polícia Federal não queria que eles voltassem nunca mais ao país. A derradeira apresentação do Sun Stage na sexta-feira (26), parte de sua oitava passagem nestas terras, mostrou o comprometimento dos fãs com a banda — apesar da recomendação das autoridades.

A turnê atual do Biohazard marca o retorno de Seinfeld à banda após onze anos, com a reunião de sua formação clássica dos anos 90. O repertório apresentado não chegou nem a esbarrar em “Mata Leão” (1996), disco que a banda promovia naquele entardecer no Pacaembu quase trinta anos atrás. Nenhum mísero segundo foi desperdiçado. Quem deixou Gene Simmons de lado viu um rolo compressor no Sun Stage.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Ao longo da noite, a pista se tornou uma pancadaria incessante, alternando momentos em que o público pulava acompanhando a levada de bateria com mais groove, como em “Tales from the Hard Side”, ou em rodas cada vez maiores, quando as músicas aceleravam, atingindo o seu ápice no cover da primeira música do primeiro disco do Bad Religion, “We’re Only Gonna Die” e “How Could Hell Be Any Worse?” (1982), respectivamente.

Não é como se Seinfeld e Billy Graziadei, guitarrista e vocalista casado com uma brasileira, não tivessem estimulado, de forma até bilíngue, seus fãs a tocar o terror na pista do Sun Stage. Com um repertório formado apenas por clássicos de seus primeiros álbuns, era meio inevitável, ainda mais para um público não tão cansado em um dia de poucas apresentações de tendências mais pesadas.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Se o volume do Summer Breeze este ano não foi tão intenso para abalar nas estruturas dos prédios no bairro, o povo pulando a cada breakdown do hardcore nova-iorquino do Biohazard no palco talvez tenha sido suficiente. Quem sabe descarrilar algum trem, já que estávamos a menos de cinco quadras do metrô.

**Este conteúdo faz parte da cobertura Summer Breeze Brasil 2024. Algumas atrações terão resenhas + fotos publicadas primeiro. A cobertura completa, de (quase) todas as atrações, sairá nos próximos dias.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Biohazard — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. Urban Discipline
  2. Shades of Grey
  3. Tales from the hard side
  4. Wrong side of the tracks
  5. Black and white and red All Over
  6. Retritibution
  7. Five Blocks to the Subway
  8. How it is
  9. Down for Life
  10. Victory
  11. Love Denied (sem intro)
  12. We’re only Gonna die
  13. Punishment
  14. Hold My Own
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

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A banda que fez Kirk Hammett se apaixonar por heavy metal

Foto: Ben Houdijk / Depositphotos

Quem acompanha a carreira de Kirk Hammett com maior afinco, sabe que uma de suas principais referências é Michael Schenker. A sonoridade do guitarrista influenciou diretamente a sua em vários aspectos, incluindo aquela que parte do público considera exagerada, que é o uso do wah-wah em propulsão – algo que o próprio admite vir tentando controlar.

Sendo assim, não surpreende que o integrante do Metallica tenha uma das bandas do instrumentista em seu mais alto conceito. Não estamos falando do Scorpions, que o alemão ajudou a fundar nos anos 1960, participou do álbum de estreia e retornou brevemente anos mais tarde.

Disse o americano ao canal da Gibson no YouTube, conforme resgate do Far Out Magazine:

“Escutei o UFO pela primeira vez lá por 1979 e, de repente, encontrei algo que estava procurando musicalmente. Era mais pesado e um pouco mais extremo, mais agressivo do que qualquer coisa que tinha na América. Aí descobri uma série de outras bandas que estavam surgindo na Europa.”

Curiosamente, Michael Schenker sairia pela primeira vez do UFO na mesma época. Entre idas e vindas, participou da banda em outras duas ocasiões.

Michael Schenker reconhece influência

Em 2018, Kirk participou do álbum “Resurrection”, lançado pelo Michael Schenker Fest. Ele tocou na faixa de abertura do tracklist, “Heart and Soul”. À época, o alemão falou sobre o pupilo à Total Guitar:

“Kirk Hammett possui o vibrato bastante parecido ao meu em ‘Lonesome Crow’, estreia do Scorpions. Não sei se ele faz de propósito. Quando tocamos juntos, eu ouvi e soou muito parecido. Pode ser coincidência ou talvez meu jeito de tocar naquele disco o impressionou, não sei! Quando o escuto, soa como o início de meu desenvolvimento.”

Sobre Kirk Hammett

Nascido em San Francisco, Califórnia, Kirk Lee Hammett foi membro fundador do Exodus, a primeira banda thrash a existir – embora não tenha sido a primeira a lançar álbuns. Permaneceu no grupo entre 1979 e 1983.

Foi convidado a integrar o Metallica, substituindo Dave Mustaine pouco antes das gravações do trabalho de estreia, Kill ‘Em All. Segue na banda até hoje. Em 2022 lançou seu primeiro trabalho solo, o EP “Portals”.

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Exodus dá aula de violência sonora no Summer Breeze Brasil

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

“Talvez devêssemos ter composto baladas!”, foi a resposta do baterista Tom Hunting a este jornalista, em janeiro de 2022, ao ser perguntado sobre o porquê do Exodus, banda da qual foi fundador em 1979, nunca ter subido ao patamar de conterrâneos thrash metal como Metallica ou mesmo Megadeth.

Mas essa fidelidade ao estilo do qual foi um dos arquitetos e permanece como um dos principais expoentes, ainda que os tenha prevenido de faturar milhões em vendas de discos, é orgulhosamente exibida por Hunting, Steve “Zetro” Souza (vocal), Gary Holt e Lee Altus (guitarras) e Jack Gibson (baixo) por meio de um repertório de altíssima octanagem tal qual o apresentado na última sexta-feira (26) no Summer Breeze Festival.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

O sol ainda brilhava algo inclemente quando o quinteto oriundo da Bay Area tomou posição no Ice Stage para, fazendo jus ao título de uma de suas principais canções, uma aula de violência (“A Lesson in Violence”). Na plateia — ou devo dizer classe? —, a constante foram as rodas de pogo; uma delas, inclusive, com feridos. Que esteja bem o headbanger que, aparentemente, fraturou a perna em meio ao agito porradeiro.

As escolhas para o setlist não poderiam ter sido mais certeiras ou abrangentes, com diversos álbuns da carreira — e, com isso, diferentes estágios da evolução musical da banda — comparecendo, para o agrado tanto dos fãs de antigamente quanto de uma molecada que, pela idade que aparentava, muito provavelmente descobriu o Exodus apenas no mais recente (e brutal) “Persona Non Grata” (2021).

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Mas o show teve lá seus percalços. A menos de onde este que vos escreve estava, o som parecia carecer de graves. A bateria de Hunting engoliu todos os demais instrumentos e a voz de Zetro, que não estava em bom dia, na mix.

O vocalista, aliás, reafirmou o amor do Exodus pelo Brasil ao citar nominalmente alguns célebres apoiadores de longa-data. Só faltou mencionar a nobre ocasião em que a banda tocou num puteiro não em João Pessoa, mas no Rio de Janeiro, nos anos 1990.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Por fim, teve-se novamente a impressão de que pedradas como “Piranha”, “Fabulous Disaster”, “The Toxic Waltz” e “Strike of the Beast” foram compostas com o único propósito de gerar torcicolos, zumbidos no ouvido e um dia seguinte de pura derrota metálica. Mas com sorriso de satisfação no rosto graças à certeza de ter assistido a algo que, sozinho, já valeria cada centavo do preço do ingresso.

*A página será atualizada com mais fotos em breve.

**Este conteúdo faz parte da cobertura Summer Breeze Brasil 2024. Algumas atrações terão resenhas + fotos publicadas primeiro. A cobertura completa, de (quase) todas as atrações, sairá nos próximos dias.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Exodus — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. Bonded by Blood
  2. Blood In, Blood Out
  3. And Then There Were None
  4. Piranha
  5. Brain Dead
  6. Deathamphetamine
  7. Prescribing Horror
  8. The Beatings Will Continue (Until Morale Improves)
  9. A Lesson in Violence
  10. Blacklist
  11. Fabulous Disaster
  12. The Toxic Waltz (com trecho de “Raining Blood”, do Slayer)
  13. Strike of the Beast
Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show
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A opinião de Phil Collins sobre músicas solo e do Genesis em “Psicopata Americano”

Lançado em 2000, o filme “Psicopata Americano” adapta o romance de Bret Easton Ellis, publicado em 1991. A trama se passa na Nova York de 1987.

A estrela da obra é Patrick Bateman, personagem interpretado por Christian Bale que possui uma segunda vida como um horrível assassino em série durante a noite. O roteiro se propõe a analisar os elementos psíquicos e sociais que transformam um homem em um monstro.

Tendo em vista o ano em que tudo se desenvolve, seria necessário fazer alusões ao período. Sendo assim, não se surpreende que Phil Collins seja a trilha de fundo, tanto em carreira solo quanto com o Genesis. Há até menções do protagonista ao trabalho do artista e uma música citada como sua favorita – “Sussudio”, do álbum “No Jacket Required” (1985).

Mas o que o próprio músico pensava sobre as referências? Ele sabia que seria envolvido na película?

Em 2016, o próprio respondeu ao Stereogum, conforme resgate do Rock and Roll Garage:

“Todos nós recebemos o livro quando saiu. Na época eu pensei: ‘É exatamente disso que precisamos, outro filme de serial killer’. Mas eu não li o livro. Eu estava morando na Suíça e alguém me disse: ‘Você viu Psicopata Americano? Você tem que ir ver porque eles fazem muitas coisas com a sua música.’ Então eu assisti e gostei do filme. Tenho que assistir de novo para decidir se fiquei ofendido ou não.”

Durante um webchat conduzido pelo The Guardian no mesmo ano, Collins se mostrou ainda mais entusiasmado com o tributo.

“Fiquei lisonjeado. Fui ver o musical. Em primeiro lugar, fiquei muito surpreso por eles terem feito um. Estava bom. Para ser honesto, se a minha música é considerada representativa de uma época, então isso é mais do que pensei que aconteceria comigo quando tinha 13 ou 14 anos. Achei o filme bem engraçado. Não sei se era para ser. Mas não acho que ele ser um psicopata e gostar da minha música esteja relacionado. Ela apenas era onipresente naquela época.”

Christian Bale e Phil Collins

Curiosamente, Christian Bale já disse que Phil Collins se recusou a conhecê-lo. A revelação aconteceu também em 2016, à Rolling Stone.

“Uma vez eu estava em um programa de TV na Itália em 2010 e o único outro convidado era Phil Collins. Um dos meus publicitários disse: ‘Você quer conhecê-lo?’ E eu disse: ‘Claro’. Meu publicitário volta e eu digo: ‘O que aconteceu?’ Ele diz: ‘Oh, nada, nada, nada’. Eu digo: ‘O que aconteceu?’ E ele diz: ‘Ele realmente não quer conhecer você.’”

A informação, de acordo com o astro, foi confirmada pela filha do músico.

“Então encontrei a filha dele, Lily, em uma festa há cerca de um ou dois anos. Ela me contou como adorava o filme, mas que seu pai ficou chateado com a coisa de Genesis e Phil Collins nele. Contei que ele não quis me conhecer e ela apenas riu disso.”

“Psicopata Americano” e sua trilha

“Psicopata Americano” não obteve aprovação unânime de público e crítica. Ainda assim, arrecadou mais de US$ 34 milhões em bilheteria, superando com folga os US$ 7 milhões investidos em sua produção.

O álbum contendo a trilha sonora conta com as seguintes faixas:

  1. “You Spin Me Round (Like a Record)” – Dope (Dead or Alive cover)
  2. “Monologue 1” – John Cale
  3. “Something in the Air” (American Psycho Remix) – David Bowie
  4. “Watching Me Fall” (Underdog Remix) – The Cure
  5. “True Faith” – New Order
  6. “Monologue 2” – John Cale
  7. “Trouble” – Daniel Ash
  8. “Paid in Full” (Coldcut Remix) – Eric B. & Rakim
  9. “Who Feelin’ It” (Philip’s Psycho Mix) – Tom Tom Club
  10. “Monologue 3” – M. J. Mynarski
  11. “What’s on Your Mind” (Pure Energy Mix) – Information Society
  12. “Pump Up the Volume” – M/A/R/R/S
  13. “Paid in Full” (Remix) – The Racket
  14. “Monologue 4” (hidden track)

Outras canções que aparecem no filme mas não no álbum. São elas:

  • “Walking on Sunshine” – Katrina and the Waves
  • “I Touch Roses” – Book of Love
  • “Hip to Be Square” – Huey Lewis and the News
  • “The Lady in Red” – Chris de Burgh
  • “If You Don’t Know Me by Now” – Simply Red
  • “In Too Deep” – Genesis
  • “Sussudio” – Phil Collins
  • “Secreit Nicht” – Mediæval Bæbes
  • “Red Lights” – Curiosity Killed the Cat
  • “Simply Irresistible” – Robert Palmer
  • “Greatest Love of All” – Whitney Houston (Instrumental Version)
  • “Al Mirar Tu Cara” – Santiago Jimenez Jr.
  • “Enjoy the Silence” – Depeche Mode

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