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Samuel Rosa achou que iria apanhar de Chorão após Marcelo Camelo

Segundo frontman do Skank, saudoso vocalista do Charlie Brown Jr ficou irritado com comentário feito por ele em entrevista

Samuel Rosa era próximo de Chorão. Por muitos anos, o eterno frontman do Skank e o saudoso cantor do Charlie Brown Jr cultivaram uma amizade — que quase até virou uma parceria profissional. Mas, em meio à relação amigável, os artistas tiveram um complicado desentendimento que parecia que iria acabar em uma briga física. 

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O assunto surgiu durante recente episódio do Flow Podcast. Segundo Samuel, o colega de profissão, apesar do temperamento difícil, sempre demonstrou muito carinho. Tanto que fez questão de convidá-lo para participar do Acústico MTV de sua banda, gravado em agosto de 2003. À época, a colaboração não aconteceu por conflitos de agenda. 

Conforme transcrição do site IgorMiranda.com.br, o artista relembrou: 

“Eu era amigo do Chorão, ele tinha me chamado para fazer o Acústico. Infelizmente, coincidiu com a viagem do Skank para fora. Eu falei: ‘pô, Chorão, não vou conseguir ir porque a gente está com show marcado fora’. E ele sempre foi um cara muito carinhoso comigo.”

No entanto, um comentário feito pelo mineiro deixou o amigo extremamente bravo. Isso porque, em uma entrevista, o músico brincou sobre artistas estarem cedendo e realizando campanhas para grandes marcas. Provavelmente, Chorão levou a declaração como uma indireta, já que o Charlie Brown Jr. estrelou uma promoção da Coca-Cola em 2002, como explicou: 

“Certa vez eu brinquei numa entrevista que, com o Skank, existia um patrulhamento maior de fazer coisa que hoje é praxe. Coisa que todo mundo, todo artista faz, a gente tinha muito pudor para fazer. Então, veio [propagandas] da Coca-Cola, Brahma, todo mundo queria, e a gente pensou ‘não, não, vão chamar a gente de vendido’. E depois eu vi uma galera que era mais difícil de fazer uma campanha, fazendo. E eu brinquei sobre isso. Foi uma bobagem. Mas ele não gostou. E o Chorão era um cara muito coração, ele amava e odiava. Fiquei na dúvida se foi isso ou se foi uma outra brincadeira que eu falei que ele estava grande demais, não sei se ele ficou ofendido. Alguma coisa bateu lá que ele não curtiu.”

Assim, a relação entre ambos ficou estranha. Chegou ao ponto de Samuel achar que também iria apanhar do outro vocalista — que já havia batido em Marcelo Camelo, do Los Hermanos, em 2004. Para a sua sorte, conseguiram resolver o problema na conversa, em um encontro nos bastidores de um programa. Ele contou: 

“Eu encontrei o Chorão no aeroporto um dia e ele não me cumprimentou. Falei ‘caramba, eu sou o próximo, esse cara vai….’ Ficou naquilo, a gente se cruzou depois em alguns festivais e ele sem falar comigo . Aí falaram: ‘vai ter um programa da Globo [com os artistas], vai ser um camarim para o Skank, Charlie Brown Jr’. Falei: é agora [risos], vou ter que falar com ele, perguntar ‘qual é, Chorão, não falei nada demais’. Na passagem de um camarim para o outro tinham duas portas e foi uma coincidência, porque eu abri uma porta e ele abriu outra. Fiquei olhando para ele, falei: ‘car#lho, tô fud#do’. Aí ele falou: ‘Samuel, você me sacaneia, sempre te defendi, te convidei pro meu Acústico e pisa na bola comigo’. Falei ‘não, cara, perdão, falei de forma genérica, não falei de você, não citei seu nome’. Dei um abraço nele e ficamos amigos de novo.”

O último encontro

Até hoje, Samuel Rosa lembra com carinho do último encontro que teve com Chorão. Na ocasião, os dois se viram no aeroporto de Curitiba. O vocalista do Charlie Brown Jr. chamou o amigo para assistir a um jogo do Santos e, por isso, lhe entregou seu número de telefone — que, curiosamente, era de um telefone fixo e não de um celular, como relatado:

“A última vez que eu o encontrei, ele me abraçou no aeroporto e falou: ‘vamos ver um jogo do Santos, sei que você gosta de futebol, tá aqui meu telefone’. Ele escreveu o telefone num papel e me deu. Eu olhei e não era um celular, imaginei que fosse de um escritório. Ele falou: ‘é da minha casa’. Peguei aquele papelzinho, guardei. Pensei: ‘uma hora vou ligar pro Chorão’. E aí quando ele morreu, alguém numa entrevista falou que o Chorão não usava celular. Eu fiquei super desconfiado, mas o telefone era de verdade.”

Em postagem nas redes sociais escrita para homenagear o saudoso cantor, o mineiro revelou que, até hoje, guarda o pedaço de papel recebido. Eledisse:

“Saudades de te ver irmão, naqueles mega festivais em que a gente tocava, fosse Planeta Atlântida, o da Rádio Mix FM, o da Rádio Rock, ou o escambau, fosse pra você me xingar ou me passar seu telefone pela milésima vez com um terno abraço como esse. Não deu pra fazer o Acústico pro qual você me convidou, não deu pra gente assistir a um jogo do seu amado Santos na Vila, mas guardo com carinho aquele pedacinho de papel que você me deu em Curitiba com seu número de telefone na última vez que nos encontramos. Espero que esteja bem, por certo deve estar. Saudades.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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Conforme transcrição do site IgorMiranda.com.br, o artista relembrou: 

“Eu era amigo do Chorão, ele tinha me chamado para fazer o Acústico. Infelizmente, coincidiu com a viagem do Skank para fora. Eu falei: ‘pô, Chorão, não vou conseguir ir porque a gente está com show marcado fora’. E ele sempre foi um cara muito carinhoso comigo.”

No entanto, um comentário feito pelo mineiro deixou o amigo extremamente bravo. Isso porque, em uma entrevista, o músico brincou sobre artistas estarem cedendo e realizando campanhas para grandes marcas. Provavelmente, Chorão levou a declaração como uma indireta, já que o Charlie Brown Jr. estrelou uma promoção da Coca-Cola em 2002, como explicou: 

“Certa vez eu brinquei numa entrevista que, com o Skank, existia um patrulhamento maior de fazer coisa que hoje é praxe. Coisa que todo mundo, todo artista faz, a gente tinha muito pudor para fazer. Então, veio [propagandas] da Coca-Cola, Brahma, todo mundo queria, e a gente pensou ‘não, não, vão chamar a gente de vendido’. E depois eu vi uma galera que era mais difícil de fazer uma campanha, fazendo. E eu brinquei sobre isso. Foi uma bobagem. Mas ele não gostou. E o Chorão era um cara muito coração, ele amava e odiava. Fiquei na dúvida se foi isso ou se foi uma outra brincadeira que eu falei que ele estava grande demais, não sei se ele ficou ofendido. Alguma coisa bateu lá que ele não curtiu.”

Assim, a relação entre ambos ficou estranha. Chegou ao ponto de Samuel achar que também iria apanhar do outro vocalista — que já havia batido em Marcelo Camelo, do Los Hermanos, em 2004. Para a sua sorte, conseguiram resolver o problema na conversa, em um encontro nos bastidores de um programa. Ele contou: 

“Eu encontrei o Chorão no aeroporto um dia e ele não me cumprimentou. Falei ‘caramba, eu sou o próximo, esse cara vai….’ Ficou naquilo, a gente se cruzou depois em alguns festivais e ele sem falar comigo . Aí falaram: ‘vai ter um programa da Globo [com os artistas], vai ser um camarim para o Skank, Charlie Brown Jr’. Falei: é agora [risos], vou ter que falar com ele, perguntar ‘qual é, Chorão, não falei nada demais’. Na passagem de um camarim para o outro tinham duas portas e foi uma coincidência, porque eu abri uma porta e ele abriu outra. Fiquei olhando para ele, falei: ‘car#lho, tô fud#do’. Aí ele falou: ‘Samuel, você me sacaneia, sempre te defendi, te convidei pro meu Acústico e pisa na bola comigo’. Falei ‘não, cara, perdão, falei de forma genérica, não falei de você, não citei seu nome’. Dei um abraço nele e ficamos amigos de novo.”

O último encontro

Até hoje, Samuel Rosa lembra com carinho do último encontro que teve com Chorão. Na ocasião, os dois se viram no aeroporto de Curitiba. O vocalista do Charlie Brown Jr. chamou o amigo para assistir a um jogo do Santos e, por isso, lhe entregou seu número de telefone — que, curiosamente, era de um telefone fixo e não de um celular, como relatado:

“A última vez que eu o encontrei, ele me abraçou no aeroporto e falou: ‘vamos ver um jogo do Santos, sei que você gosta de futebol, tá aqui meu telefone’. Ele escreveu o telefone num papel e me deu. Eu olhei e não era um celular, imaginei que fosse de um escritório. Ele falou: ‘é da minha casa’. Peguei aquele papelzinho, guardei. Pensei: ‘uma hora vou ligar pro Chorão’. E aí quando ele morreu, alguém numa entrevista falou que o Chorão não usava celular. Eu fiquei super desconfiado, mas o telefone era de verdade.”

Em postagem nas redes sociais escrita para homenagear o saudoso cantor, o mineiro revelou que, até hoje, guarda o pedaço de papel recebido. Eledisse:

“Saudades de te ver irmão, naqueles mega festivais em que a gente tocava, fosse Planeta Atlântida, o da Rádio Mix FM, o da Rádio Rock, ou o escambau, fosse pra você me xingar ou me passar seu telefone pela milésima vez com um terno abraço como esse. Não deu pra fazer o Acústico pro qual você me convidou, não deu pra gente assistir a um jogo do seu amado Santos na Vila, mas guardo com carinho aquele pedacinho de papel que você me deu em Curitiba com seu número de telefone na última vez que nos encontramos. Espero que esteja bem, por certo deve estar. Saudades.”

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