Por que o Engenheiros do Hawaii não voltará, segundo Humberto Gessinger

Músico agradeceu carinho do público durante entrevista de 2020, mas ressaltou que "não tem chance" de reunião acontecer num futuro próximo

O Engenheiros do Hawaii encerrou as atividades em 2008. À época, o vocalista e baixista Humberto Gessinger era o único membro remanescente da formação clássica. Augusto Licks (guitarra, violão e teclado) e Carlos Maltz (bateria) não integravam a banda desde a década de 1990.

Segundo o antigo líder, nada deve mudar, já que é improvável que uma reunião do grupo aconteça em um futuro próximo. O assunto surgiu durante conversa com o canal Alta Fidelidade em 2020, transcrita pelo Tenho Mais Discos que Amigos.

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Na ocasião, o músico disse ser muito grato pelo carinho do público, que até hoje admira o trabalho apresentado junto aos antigos colegas. Contudo, o cantor não tem boas memórias atreladas ao período em que fez parte do grupo, sobretudo por causa da exposição exagerada advinda da fama.  

Ele declarou: 

“Cara, eu fico tão feliz que as pessoas se lembrem com carinho desse momento. Mas eu não tenho muitas saudades, não por conta do Carlos e do Augusto, pelo contrário. Mas eu não me sentia muito à vontade com a exposição que a banda tinha. Às vezes eu me lembro e me dá uma sensação boa, mas de alívio também de ter passado. Não por conta do Augustinho e do Carlos, não estou falando disso, falando do momento histórico mesmo, de ter aquele grau de exposição.”

Por isso, Humberto acredita que sua carreira solo é, de certa forma, “muito mais verdadeira” e condizente com os seus atuais ideais. Ele disse:

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“É muito mais verdade eu estar fazendo o que estou fazendo agora do que aquele momento que a gente viveu. Agradeço muito o carinho, mas no futuro próximo não tem chance [de acontecer uma reunião].”

Outro argumento de Humberto Gessinger

Apesar do bate-papo em questão ter ocorrido quatro anos atrás, Humberto permanece com a mesma opinião. Durante recente participação no podcast Corredor 5, transcrita pelo Whiplash, o cantor mencionou ainda outro motivo pelo qual não tem vontade de reunir a banda novamente.

Para exemplificar, o cantor citou os Titãs. Em sua concepção, os músicos do grupo paulistano têm as condições ideais para um retorno triunfal. Já em relação ao Engenheiros do Hawaii, o contexto não é o mesmo. O próprio acredita que “morreria de sono” ao tocar as músicas do antigo grupo, principalmente devido aos arranjos. 

“Os Titãs nessa coisa do retorno é uma coisa excepcional. É a banda certa para fazer isso. Um lance maravilhoso. Eles são um coletivo. Agora, eu morreria de sono no início da minha primeira música se fosse tocar. Ou seja, não sobrevive cinco minutos minha vontade de tocar novamente os arranjos originais […]. O lance dos Titãs é maravilhoso, levaram a coisa para o ambiente de shows em arena, minha geração não tinha acesso a isso. Não é uma coisa para todo mundo, não conseguiria fazer”.

Em contrapartida, os outros dois integrantes não enxergam a situação da mesma forma. Em entrevista ao jornalista Gustavo Maiato, Carlos Maltz opinou que o problema destacado pelo antigo colega seria fácil de se resolver, visto que poderiam executar versões diferentes ao vivo e adaptar as canções.

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Licks, também a Gustavo Maiato, seguiu uma linha de raciocínio parecida. O guitarrista foi além e destacou uma contradição na fala, já que, ao longo da carreira, o Engenheiros mudou por diversas vezes a maneira de tocar as músicas.

Show especial com Augusto Licks e Carlos Maltz

De qualquer forma, Augusto Licks e Carlos Maltz realizarão um show conjunto no próximo dia 21 de abril. A apresentação acontecerá no Bar Opinião, em Porto Alegre. De acordo com nota oficial, o setlist incluirá os grandes sucessos da banda, como “Infinita Highway”, “Até o Fim” e “Refrão de Bolero”.

Sandro Trindade, fundador do grupo cover Engenheiros Sem CREA, comandará os vocais e o baixo no lugar de Gessinger. Os ingressos estão à venda no Sympla.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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