Em 12 de novembro de 2001, Paul McCartney disponibilizou o álbum “Driving Rain”. O trabalho foi um de seus menos vendidos no Reino Unido. Porém, nos Estados Unidos a coisa foi diferente, com o disco de ouro sendo alcançado logo após o lançamento.
O principal fator para o sucesso foi “Freedom”, música escrita em resposta aos atentados de 11 de setembro ocorridos no país, tendo como focos principais o World Trade Center, em Nova York e a base do Pentágono, em Washington. A faixa foi incluída no tracklist de última hora, tanto que nem aparece nos créditos oficiais da prensagem original.
Porém, após 55 execuções de acordo com o Setlist.fm, ela não é tocada ao vivo desde novembro de 2002. O motivo principal seria o “sequestro” que ela sofreu para uso de formas com as quais seu autor não compactua.
Em entrevista ao Pitchfork, resgatada pelo Far Out Magazine, Macca ressaltou:
“Achei que ela transmitia um sentimento ótimo e, imediatamente após o 11 de setembro, era o certo a se fazer. Mas acabou sendo sequestrada.”
O principal motivo para o abandono se deu por conta de uma letra associada ao sentimento popular ter passado a ser usada de forma militar.
“Tinha um significado um pouco militarista associado a isso. De repente, o Sr. Bush (George W. Bush, presidente estadunidense no período) estava a usando muito de uma forma que eu senti que alterou o significado da música.”
Paul McCartney e “Driving Rain”
Duas canções de “Driving Rain” – “Spinning On An Axis” e “Back In The Sunshine Again” – são parcerias de Paul com seu filho James. Além de “Freedom”, “From a Lover to a Friend”, “Your Loving Flame” e “Lonely Road” foram disponibilizadas como singles.
A musa inspiradora da maior parte das composições foi Heather Mills, primeiro relacionamento de McCartney após a morte de sua primeira esposa, Linda. Os dois se casariam no ano seguinte e ficariam juntos até 2008, tendo uma filha.
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