A diferença entre Bon Jovi e Guns N’ Roses, segundo Jon Bon Jovi

Vocalista refletiu sobre os caminhos que cada banda tomou após um período de exaustão muito grande

Não há como negar que Bon Jovi e Guns N’ Roses foram duas das maiores bandas de hard rock da década de 1980. E algo além une ambos os grupos: estiveram entre os poucos daquele período a continuarem fazendo sucesso nos anos 1990, quando o rock alternativo tomou conta das paradas.

Isso não quer dizer que sejam bandas semelhantes. De acordo com o vocalista Jon Bon Jovi, existe uma diferença notória entre seu projeto e o GN’R.

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O assunto foi abordado durante entrevista concedida em 2020 à GQ. A pergunta não teve nada a ver com Axl Rose e companhia: o entrevistador quis saber como Jon se mantém são e com os pés no chão mesmo após ter feito tanto sucesso.

Em resposta, inicialmente também sem citar o Guns, o vocalista destacou que nunca deixou suas origens de lado.

“Lembro de quando éramos jovens e o álbum ‘Slippery When Wet’ (1986) era como nosso ‘Thriller’ (Michael Jackson) ou nosso ‘Like a Virgin’ (Madonna). Lembro de dizermos que não mudamos. Só que todos em nosso entorno mudaram. Até nossos pais olhavam para nós em busca de respostas, pois tínhamos nos tornado famosos e era muito estranho.”

Jon, então, refletiu sobre o cansaço do Bon Jovi após o sucesso do álbum “New Jersey” (1988), que veio após “Slippery When Wet”.

“O que nos desgastou foram esses álbuns enormes em sequência e fazer turnês de 240 shows. Não culpo os empresários, agentes e advogados que nos mantiveram trabalhando, pois toda grande banda passa por isso. Ou você cai para trás e acaba a banda, ou segue em frente. Tivemos ajuda após ‘New Jersey’ e levamos alguns anos para notar que aquilo (sucesso) não era nós, aquilo era aquilo.”

Jon Bon Jovi e Guns N’ Roses

A partir daqui, é feita a menção ao Guns N’ Roses. Jon Bon Jovi buscou explicitar a diferença entre sua banda e os colegas.

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O contraste também foi feito em relação a outros artistas que, na visão dele, são dominados pela fama. Ele disse:

“A gente se reagrupou após ‘New Jersey’. Fizemos ‘Keep the Faith’ (1992) e seguimos. O Guns N’ Roses levou 25 anos para fazer um novo álbum (‘Chinese Democracy’, 2008), certo? Eles caíram no precipício. Nós seguimos adiante.”

Jon cita uma situação específica onde percebeu que não conseguiria viver como muitos de seus colegas famosos.

“Quando cogitei ter uma casa em Malibu, na Califórnia, logo pensei: ‘não dá, isso não é para mim’. Essas pessoas estavam ao meu redor e hoje estão mortas, divorciadas, viciadas em drogas ou internadas em instituições mentais, entre outras coisas. Isso não é para mim.”

Casamento duradouro

Em outras entrevistas, Jon Bon Jovi destaca que o alicerce familiar sempre foi importante para que ele mantivesse os pés no chão. E isso faz dele um dos poucos astros do rock a seguirem casados com a mesma mulher dos tempos de juventude.

O cantor oficializou sua união com Dorothea Bongiovi em 1989, mas o vínculo dos dois existe desde a adolescência, quando estudaram na mesma escola durante o ensino médio. E continuam juntos.

Em entrevista também de 2020 à People, Jon e Dorothea — que, de acordo com a reportagem, são o tipo de casal onde um completa as frases do outro — revelaram o que eles acreditam ser o segredo para manterem uma união, de forma tão estável, por tanto tempo. Além do casamento duradouro, eles têm quatro filhos juntos e lideram o restaurante comunitário JBJ Soul Kitchen, onde as pessoas podem pagar pelas refeições com trabalho em vez de dinheiro.

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Segundo o vocalista, o segredo para o vínculo não ter se rompido está no “respeito mútuo”.

“Nós crescemos juntos e evoluímos juntos. E realmente gostamos um do outro. Somos do tipo que queremos passar tempo juntos.”

A esposa complementou:

“Eu sempre disse que era boa em detectar potencial. Tenho um talento.”

Jon declarou que tanto ele quanto Dorothea trabalham muito. Porém, sempre tiram algum tempo para admirar um ao outro.

“Nunca caímos nas armadilhas relacionadas às celebridades. Vimos isso acontecer ao longo dos anos com pessoas próximas a nós e pessoas que apenas tínhamos um vínculo distante. (Estar em uma banda de rock) É apenas o que eu faço, não quem sou. Eu faço músicas. Acontece que sou muito bom em performá-las, e é isso.”

Dorothea comentou, por sua vez, que seu casamento é como “uma parceria”.

“Quando vemos pessoas sofrendo ou passando por injustiças, você quer ajudar. Somos muito abençoados e podemos fazer isso.”

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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