Por que Yngwie Malmsteen gosta de usar Pro Tools para gravar

Guitarrista foi apresentado ao controverso artifício e soube adaptá-lo às suas necessidades

Nas últimas décadas, Yngwie Malmsteen centralizou de vez o trabalho em seus discos. Não basta mais ao guitarrista sueco executar a função que o deixou famosos, se tornando uma das grandes referências mundiais do virtuosismo. Agora, ele canta, assina a produção e faz tudo mais que estiver ao alcance.

Em entrevista ao canal de Rick Beato no YouTube, transcrita pelo Blabbermouth, o músico reconheceu que nem sempre foi assim. Muito ao contrário, na verdade.

“Eu odiava ir ao estúdio. Detestava. Mesmo que não estivesse inspirado, tinha que tocar. Se cometesse um erro, não dava tempo de consertar. E quando dava, a nova versão poderia ser pior. Então, é uma coisa psicológica horrível. É terrível. Mas em 1995, decidi aproveitar um adiantamento de gravação e, em vez de ir ao Criteria [estúdios em Miami] – eu amo o Criteria; não me entenda errado -, peguei aquele dinheiro que custaria as sessões e pedi a John Arthur, Chris Tsangarides e outros amigos que projetassem um estúdio para mim e decidissem exatamente que equipamento iríamos colocar lá.

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Tendo um espaço próprio, a visão de Malmsteen mudou.

“Fez uma enorme diferença porque eu só precisava ir lá se quisesse. Não havia tempo correndo e estava sempre pronto para uso. Não era tipo, ‘Oh, você tem que configurar o equipamento e depois gravar.’ Mas a maior diferença, eu acho, foi quando percebi que quando criava algo espontaneamente, poderia gravar ali mesmo. Antes isso só aconteceria se tivesse um pequeno gravador de fita cassete ou algo assim em mãos. Isso não é propício para ser criativo.”

Mas a mudança definitiva de mentalidade aconteceu quando Yngwie foi apresentado a um polêmico artefato, que até hoje é execrado por alguns e gerou alternativas ainda mais controversas.

“Finalmente, há 15 anos ou algo assim, mudei para o Pro Tools. E não o uso como nada além de um gravador. Quando percebi que você poderia fazer qualquer coisa com ele, minha criatividade simplesmente explodiu. E ainda é um estúdio de verdade – ainda tem o piso de madeira, um grande console, tudo é real. Não estamos gravando um álbum com um mouse, como algumas pessoas fazem. Não estou criticando. Só estou dizendo que não faço isso.”

Sobre Yngwie Malmsteen

Nascido em Hässelby-Vällingby, Suécia, Lars Johan Yngve Lannerbäck foi o pioneiro do estilo neoclássico, mesclando influências de música erudita ao hard/heavy em seu modo de tocar guitarra. Despontou na cena americana ao se juntar ao Steeler, que também revelou o vocalista Ron Keel.

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Depois, participou do Alcatrazz, banda do cantor Graham Bonnet após sua saída do Rainbow. A seguir, partiu para a carreira solo que o consagrou de vez como um dos principais instrumentistas de sua geração. Ainda gravou e excursionou com G3, Generation Axe, Hear ‘N Aid, Tone Norum, Saxon, Derek Sherinian e Human Clay, entre outros.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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