Como o Metallica lidou com James Hetfield indo para reabilitação, segundo Lars

Banda se preocupou em dar todo o tempo necessário a seu frontman, sem fazer planos futuros

Em 2019, após uma recaída em hábitos não saudáveis, James Hetfield se internou em uma clínica de reabilitação. Foi a segunda vez que a situação precisou ser tratada com ênfase, após o ocorrido no início do século – e registrado no documentário “Some Kind of Monster”, lançado pelo Metallica em 2004.

Em entrevista ao “So What!” (via Metal Hammer), informativo oficial do fã-clube do grupo, o baterista Lars Ulrich contou como a banda lidou com o assunto. E deixou claro que a possibilidade de encerrar atividades não passou em nenhum momento por sua cabeça.

“Isso se enquadra nas questões do tipo ‘e se’. Não sou um grande adepto dessa mentalidade. ‘E se acontecesse isso em vez daquilo?’ Bem, não aconteceu. Seguimos em frente com a situação em que nos encontramos.”

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Arrematando, o sócio de empreitada do frontman esclareceu como o ocorrido irá refletir no futuro.

“À medida que você passa por um processo, há duas partes nele. Há o ‘passar e seguir em frente’ e há o ‘sentar e conversar sobre a questão dois ou três anos depois’ e tentar descobrir o que isso lhe acrescentou. São dois tempos diferentes. Então, para examinar cada emoção, cada alta ou baixa que aconteceu com você neste ou naquele ponto, quero dizer, não sei se tenho memória específica suficiente.”

Liberdade para James Hetfield

A preocupação dos envolvidos foi dar a Hetfield toda a liberdade para que usasse o tempo que fosse preciso visando o melhor para sua saúde.

“Tínhamos que dar a ele o espaço que precisava para dar um passo atrás. Simplesmente suspendemos tudo o que estava sobre a mesa. Precisávamos fazer isso pelo nosso amigo e pelo nosso companheiro de banda e parceiro. Então, lentamente, as peças começaram a se juntar na primavera de 2020. Até que tudo foi destruído pelos horríveis eventos da Covid e do lockdown. Percebemos que não havia necessidade de apressar nada. E ao mesmo tempo, como eu disse antes, estávamos tentando descobrir: como o Metallica faz a diferença, como a música pode fazer a diferença, o que podemos fazer?”

Para Ulrich, manter a banda em constante movimento, ainda que lenta ou metodicamente, foi a chave para garantir que o Metallica emergisse daquele período não apenas intacto, mas em um bom lugar para iniciar seu próximo capítulo.

“Ainda não consigo fugir da analogia que já disse um milhão de vezes: você está tentando manter o trem nos trilhos. Não dá para forçar 100% sua direção, apenas tentar garantir que o trem não descarrile. E quando penso em 2020, essa é uma espécie de visão geral. Era o show de teatro drive-in, ligações pelo Zoom e outras coisas do tipo. Passamos a entender em que espaço todos estavam, o que todos eram capazes e o que estavam dispostos a fazer.”

Metallica e “72 Seasons”

Após os eventos, o Metallica lançou seu 11º álbum de estúdio. “72 Seasons” alcançou o 2º lugar na Billboard 200, principal parada americana.

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Pela primeira vez em 35 anos, o Metallica não conseguiu o número 1 do chart. Mesmo assim, 146 mil cópias foram comercializadas na semana de lançamento.

Em outros países, no entanto, o trabalho chegou ao topo. O resultado foi obtido nas paradas australiana (ARIA), britânica (UK Albums), holandesa (Album Top 100), alemã (Offizielle Top 100), sueca (Sverigetopplistan), neozelandesa (RMNZ), escocesa (OCC) e irlandesa (OCC).

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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