A última vez em que Brian May esteve com Freddie Mercury

Parceiros de Queen conversaram e assistiram ao filme "Quanto Mais Idiota Melhor", que traz cena com a música "Bohemian Rhapsody"

Como foi o último encontro de Brian May com Freddie Mercury? Já sem poder levantar da cama, o vocalista do Queen, falecido em novembro de 1991 devido a complicações causadas pela Aids, recebeu uma agradável visita do guitarrista.

A ocasião foi relembrada por May em entrevista ao jornalista Felipe Branco Cruz, da Veja. Inicialmente, o músico comentou que Mercury não estava bem fisicamente — o cantor faleceu dias depois —, mas a visita levantou o astral dele. Naquele dia, os dois assistiram juntos ao filme “Quanto Mais Idiota Melhor”, que trazia uma cena épica envolvendo a música “Bohemian Rhapsody”, do Queen.

“Ele estava confinado numa cama. Mostrava-se triste por não poder se levantar e olhar o jardim pela janela. Levamos uma fita do ‘Quanto Mais Idiota Melhor’, do Mike Myers. Ele assistiu ao filme e sorriu.”

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Em seguida, Brian contou que os dois conversaram sobre vários assuntos diferentes — até que Freddie o interrompeu.

“De repente, ele disse: ‘Brian, você não precisa me entreter, você não precisa ficar conversando comigo. Estou muito feliz só por você estar aqui. Podemos aproveitar este momento. Não sinta que precisa fazer nada por mim’. Isso foi muito inspirador. Freddie sabia que não tinha muito tempo e estava feliz apenas por compartilhar os momentos de uma forma espiritual.”

O guitarrista do Queen destacou que o amigo e parceiro de banda não era do tipo que ficava deprimido ou reclamava, mesmo ciente de que estava com uma doença sem cura.

“Nunca o ouvi reclamar. Alguns dias depois recebemos o telefonema avisando que Freddie tinha morrido. Embora soubéssemos que isso aconteceria, não conseguíamos acreditar. E, de repente, era isso.”

Brian May e a repercussão da morte de Freddie Mercury

Ainda durante o bate-papo, Brian May lembrou de quando os veículos de comunicação começaram a repercutir a notícia de que Freddie Mercury havia falecido.

“Eu, John (Deacon, baixista) e Roger (Taylor, baterista) estávamos juntos e nos sentamos em uma sala e ligamos a TV. Foi simplesmente alucinante. Nosso mundo foi destruído de uma hora para outra. Embora devêssemos estar preparados, o fato é que não estávamos.”

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

2 COMENTÁRIOS

  1. Ainda lembro das poucas imagens divulgadas na TV, do funeral de Freddie em novembro/1991. Os caras pareciam chateados, mas já sabiam que era questão de tempo. Estava lá, Mary Austin, a eterna namorada de Freddie, que inclusive herdou sua bela e arborizada mansão Garden Lodge, em Londres.

    Segundo matéria do Uol 27/abril/2013, Freddie deixou essa mansão no estilo georgiano em que passou seus últimos anos em Garden Lodge (avaliada em cerca de mais de R$ 150 milhões), e metade de sua fortuna a Mary Austin, além dos futuros dividendos de direitos autorais.

    Também dividiu o testamento com seus funcionários, e o restante do patrimônio foi rachado por igual entre sua irmã Kashmira Bulsara, e os pais, que aparentemente tinham boa relação com os membros do Queen, principalmente Brian May – que é um gentleman.

    A decisão do Freddie desagradou muita gente – incluindo os membros do Queen- que não teriam gostado dos holofotes sobre Mary após a morte do colega de banda.

    O ‘amor da vida’ de Freddie: Os dois se conheceram em 1970, quando Mary Austin tinha 19 anos. A jovem era vendedora da butique Biba, então um dos lugares mais descolados de Londres.

    Freddie e Brian May sempre iam para lá observar garotas, e o cantor acabou se apaixonando por Mary. O namoro inspirou uma das músicas mais importantes do Queen: “Love of My Life”. A homenagem do Freddie para sua amada foi lançada no disco ”1975 – A Night at the Opera”, e cita a importância de Mary para ele. O disco também contém a clássica ”Bohemian Rhapsody”, e ”I’m in love with my car” cantada pelo Roger Taylor, cuja a voz, lembra muito o Rod Stewart.

    O que Mary Austin diz sobre herança?
    Com a repercussão gerada após receber parte da herança de Freddie, Mary disse ter sentido a inveja alheia.
    “Eu me peguei pensando: ‘Freddie, você me deixou tanto [dinheiro] e tantas coisas para cuidar. Ele tinha me avisado que a casa seria um desafio muito grande de lidar. E senti a inveja na mesma hora. Foi muito doloroso”, afirmou ao “Daily Mail”

    “Freddie foi muito generoso com eles [os membros do Queen] nos últimos anos de sua vida. e não acho que eles abraçaram esta generosidade. Não acho que apreciaram ou reconheceram o que Freddie deixou a eles. Ele deixou pra banda 25% dos últimos álbuns, o que ele não precisava. E nunca ouvi nada deles”, complementou a moça.

    Quando o vocalista do Queen morreu, o jornal “The Sun” citou uma declaração dada por ele alguns anos antes: ”A única amiga que tenho é Mary. Ela herdará a maior parte da minha fortuna. Ninguém mais receberá um centavo, exceto os meus gatos, Oscar e Tiffany”. disse

    Por pedido de Freddie, Mary foi a responsável por espalhar as cinzas de Freddie e nunca revelou o local onde realizou o ritual.
    “Os fãs podem ser profundamente obsessivos. Ele quis se manter em segredo e vai continuar assim”.

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