Seis anos após o último show do Rush, Alex Lifeson não cogita retornar às turnês.
Em entrevista à revista Guitar Player, o guitarrista declarou estar satisfeito com a vida doméstica enquanto trabalha com o baixista e vocalista Andy Curran (Coney Hatch) no projeto Envy of None.
“Sendo honesto, não tenho mais vontade de voltar à estrada. Se for para fazer apenas algumas apresentações, tudo bem, pode ser divertido. Mas nada além disso. Já tive o suficiente dessa experiência e adoro minha vida doméstica atual.”
O próprio músico não imaginava que se sentiria assim após quatro décadas viajando pelo mundo. Suas aparições em um palco no período se resumiram a eventos de caridade e homenagens ao Rush, recebidas em parceria com o eterno amigo e colega Geddy Lee.
“Achei que ia fazer muito mais falta. É bom tocar com outras pessoas, mas as grandes produções, toda aquela máquina gigante não me atrai mais. Foram muitos anos dormindo em quartos de hotel, não estou mais interessado.”
Envy of None
Quanto ao Envy of None, Alex Lifeson ressalta estar trabalhando para definir uma data de lançamento do disco. Capa, título e outros detalhes do álbum ainda não foram revelados.
“Já foi tudo gravado e estamos mixando. A indústria atual é muito diferente em comparação ao passado, é um verdadeiro desafio. Talvez no primeiro semestre do ano que vem possamos disponibilizar. É um material muito legal, estamos empolgados.”
O Envy of None ainda conta com a vocalista Maiah Wynne, o guitarrista Alfio Annibalini e os bateristas Tim Oxford (Arkells) e David Quinton Steinberg (Dead Boys, The Mods).
Alex Lifeson e Geddy Lee juntos?
Apesar de estar empolgado com o Envy of None, Alex Lifeson não descarta trabalhar com Geddy Lee. Em entrevista anterior ao canal de YouTube Make Weird Music, o guitarrista contou que havia intenção de retomar a parceria, mas a pandemia e os compromissos distintos do baixista provocaram o adiamento desses planos.
“Após finalizarmos a última turnê em 2015, comecei a compor sozinho e fazer algumas coisas. Geddy estava fazendo um livro. Falamos sobre nos juntarmos e tocarmos, mas ele ficou muito ocupado, mesmo após terminar o livro, pois precisava divulgar. Então, não pudemos tocar juntos. Ainda falamos sobre isso e sei que faremos algo. Claro, a pandemia atrapalhou, mas estamos ansiosos para nos reunirmos e fazermos o que fazemos desde os 14 anos.”
