A sacada de gênio que fez o Mötley Crüe lucrar o dobro com músicas deles

O empresário do Mötley Crüe, Allen Kovac, revelou que o Mötley Crüe conseguiu faturar bem mais dinheiro ao ter uma espécie de “sacada de gênio”. Uma medida relacionada ao catálogo de músicas fez com que a banda perdesse grana no momento da decisão, mas gerou lucros maiores ao longo dos anos.

Kovac destacou que a “sacada de gênio” em questão foi o rompimento com a gravadora Elektra Records, em 1998, após o álbum “Generation Swine” fracassar em vendas. Com o fim do contrato, eles adquiriram os direitos do catálogo de músicas da banda – que, antes, era controlado pela Elektra.

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Na época, era muito raro que uma banda tivesse o controle de seu próprio catálogo. Além disso, eles precisaram abrir mão de US$ 10 milhões que a Elektra devia a eles para adquirir o material em definitivo, abandonando, de vez, qualquer vínculo com a gravadora.

Embora tenha “perdido” dinheiro no início, o Mötley Crüe multiplicou seus lucros com o passar dos anos, já que toda a renda obtida com reprodução de seu catálogo ficava com a própria banda, sem intermediários. Allen Kovac, que começou a trabalhar como empresário do Crüe em 1994 e ajudou na negociação, explicou por que a mudança foi bastante benéfica.

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“Se eles têm os direitos sobre as próprias músicas, elas não precisam ser hits do momento, só precisam ser a trilha sonora da vida dos fãs. Com essa mudança, eles passaram a ganhar mais dinheiro em um ano do que em dois, quando as masters estavam com a gravadora”, afirmou o empresário, em entrevista à Forbes.

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Logo em 1999, o Mötley Crüe relançou todos os seus álbuns em edição remasterizada, em uma série chamada “Crücial Crüe”. A banda explorou seu catálogo de outras formas no futuro, incluindo no filme “The Dirt”, cinebiografia lançada em 2019 na Netflix.

O caso Taylor Swift

Kovac destacou que o debate a respeito dos artistas terem o direito sobre suas próprias obras voltou a ser discutido graças a Taylor Swift. A cantora se envolveu em uma polêmica recente com a Big Machine Records, que foi adquirida, recentemente, pelo empresário Scooter Braun – com quem ela teve desentendimentos no passado -, pelo valor de US$ 300 milhões.

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Após a aquisição da gravadora, Scooter Braun teria tentado proibir Taylor Swift de tocar suas músicas antigas no American Music Awards. Braun nega e a cantora acabou apresentando as canções no evento, mas a situação seguiu controversa, pois expôs que os artistas ficam com uma fatia bem pequena dos lucros de seu próprio trabalho.

“Aqui está: Taylor Swift, com sua influência gigantesca, em uma gravadora independente. Não está na hora de dizer: ‘fiz seis álbuns com você, posso fazer mais seis desde que você me dê metade do lucro?’. Independentemente do que se obtenha com isso, há uma negociação. Não é apenas ‘me dê metade’ ou ‘me dê esas quantia'”, disse Allen Kovac, ainda à Forbes.

O empresário continua: “Eles já são proprietários da trilha sonora da vida dela. Se ela quer participar, o que ela tem? O investimento aconteceu quando ela era adolescente. Continuou a rolar com muito sucesso. Não posso vender minha casa e, depois, quando o valor aumentar, apenas dizer: ‘me dê minha casa de volta’ ou ‘me dê metade do lucro'”.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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