Duff McKagan mergulha no country em novo álbum solo Tenderness; ouça

O baixista Duff McKagan, do Guns N’ Roses, lançou um novo álbum solo nesta sexta-feira (31). O disco, intitulado “Tenderness”, chega a público por meio da Universal Music.

“Tenderness” é uma espécie de sequência para o livro “How to Be a Man (and Other Illusions)”, de 2015. No disco, Duff McKagan é acompanhado do cantor country Shooter Jennings, que assumiu a produção e o registro de outros instrumentos, como teclados.

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“Antes de começar este projeto, me perguntaram muitas vezes se eu ia escrever um livro sobre a minha experiência de dois anos e meio na turnê do Guns N’ Roses, ‘Not In This Lifetime…'”, diz McKagan, em material de divulgação.

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“Embora, é claro, tenha sido uma experiência incrível, no final das contas decidi que as ideias que giravam na minha cabeça eram mais adequadas para um disco. O desgosto, a raiva, o medo, a confusão e a separação que vivi ao viajar por esse mundo me fizeram colocar essas palavras em canções que dizem a minha verdade. E espero que elas se espalhem e ajudem a todos nós”.

Além de seu trabalho com o Guns N’ Roses e o supergrupo Velvet Revolver, Duff McKagan lançou um disco solo, “Believe in Me”, em 1993. Ele gravou uma sequência intitulada “Beautiful Disease” em 1999, mas o álbum nunca chegou a público. Com o Duff McKagan’s Loaded, são três registros no total: “Dark Days” (2001), “Sick” (2009) e “The Taking” (2011).

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Ouça “Tenderness” no player a seguir, via Spotify:

Mais country, mais previsível – e bem decepcionante

Os trabalhos solo de Duff McKagan não me criam expectativa. Com exceção do bom “Sick”, lançado com o Loaded, o músico nunca conseguiu se sair bem fora de suas principais bandas, que são o Guns N’ Roses e o já encerrado Velvet Revolver.

“Tenderness”, infelizmente, não foge à regra dos álbuns solo de Duff McKagan: fica muito aquém das produções mais aclamadas da carreira do músico.

O problema está longe de ser a proposta artística em si. Foi até interessante ter Duff McKagan se dedicando mais ao soft rock e até ao country, ao invés do som mais pesado de suas bandas originais e do punk rock dos outros trabalhos solo. A influência de Shooter Jennings fica bem aparente, o que até tira a impressão de um registro “solo”, propriamente dito.

Porém, dois pontos me desagradaram em “Tenderness”. O primeiro é a própria execução, especialmente dos vocais de Duff McKagan.

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Por ser um cantor bem abaixo da média, o eterno baixista do Guns N’ Roses poderia buscar outros recursos: mais backing vocals, linhas que privilegiassem um pouco mais o seu timbre enjoativo ou até mesmo participações especiais, para assumir o microfone em algumas músicas. Não é o que acontece: Duff canta em todas as faixas e deixa o registro bem enjoativo.

O segundo é a previsibilidade do repertório. Mais arrastadas e priorizando as letras, as músicas parecem obedecer a padrões muito rígidos e específicos do country quando, na verdade, o ideal seria trabalhar de forma um pouco mais inventiva. Ao ouvir cada faixa de “Tenderness”, eu conseguia prever todas as vezes em que entrava o piano ou os fraseados de slide guitar, por exemplo. E quando o ouvinte pode antecipar o que vem em uma canção, o diagnóstico é sempre preciso: falta de criatividade.

Havia potencial para “Tenderness” ser, pelo menos, um álbum interessante. Infelizmente, o novo disco solo de Duff McKagan não cumpre essa função.

Confira, abaixo, a capa e a tracklist de “Tenderness”:

01. Tenderness
02. It’s Not Too Late
03. Wasted Heart
04. Falling Down
05. Last September
06. Chip Away
07. Cold Outside
08. Feel
09. Breaking Rocks
10. Parkland
11. Don’t Look Behind You

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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