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Lucas Silveira (Fresno) anuncia live para ajudar vítimas de enchentes no RS

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Nos últimos dias, inúmeras cidades no Rio Grande do Sul foram atingidas por fortes temporais e acabaram tomadas por enchentes. Devido à catástrofe, até o momento, pelo menos 78 pessoas morreram, enquanto outras centenas permanecem desaparecidas, feridas ou desabrigadas.

Como forma de ajudar as vítimas, Lucas Silveira decidiu organizar uma live. O vocalista e guitarrista da Fresno anunciou que realizará uma transmissão nesta terça-feira (7), às 14h, no canal do podcast Podpah e com apoio de outros artistas, como Dinho Ouro Preto (Capital Inicial), Lucas Inutilismo e mais.

O intuito é chamar atenção para a tragédia e conseguir doações para o local por meio da chave Pix [email protected].

No X/Twitter, o cantor também levantou a possibilidade de arrecadar dinheiro por outros meios, como o PayPal e patrocínio de marcas. Ainda, destacou que tudo foi decidido às pressas por questões relacionadas ao tempo, mas que o importante é que aconteça o mais rápido possível. 

“Gente, eu vou chamar todo mundo, relaxem quanto a isso. E tenho certeza de que todos vão aderir ao bagulho da maneira que der. Horário, lugar, convidados, tudo é o máximo que pode ser feito dentro das limitações físicas e de tempo. E pra mim o mais importante é que seja agora e que seja grande.”

Fresno e “Quarentemo”

Em abril de 2020, a Fresno organizou a transmissão “QuarentEmo”, com o intuito de ajudar quem passava necessidade por consequência da pandemia. Durante uma live de quatro horas, Lucas Silveira cantou músicas de sua banda, como também de Pabllo Vittar, NX Zero, My Chemical Romance, entre outros. Nomes como o jornalista Glenn Greenwald e Esteban Tavares, ex-integrante da Fresno, também participaram (via Tenho Mais Discos Que Amigos).

Segundo os músicos, 11 mil cestas básicas foram arrecadadas com a iniciativa. Assim, em agosto daquele ano, uma segunda edição foi realizada, para levantar fundos e ajudar os profissionais do mercado de shows à época estagnado.

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Baixista não virá com Rhapsody of Fire ao Brasil devido a trabalho como físico

O Rhapsody of Fire fará, nesta quinta-feira (9), show único no Brasil, mais especificamente no Carioca Club, em São Paulo. Porém, o grupo virá com um desfalque.

Alessandro Sala (na foto acima, primeiro da esquerda para a direita) não fará a turnê pela América do Sul devido a compromissos com sua outra profissão. Fora da música, o baixista atua como físico experimental.

Uma mensagem foi escrita pelo próprio no Facebook oficial do Rhapsody of Fire (via Whiplash), onde explicou as razões de sua ausência na excursão. O músico também anunciou seu substituto: Danilo Arisi será o responsável por cobrir a falta de Alessandro ao lado de Giacomo Voli (voz), Roberto De Micheli (guitarra), Alex Staropoli (teclados) e Paolo Machesich (bateria).

Confira a nota completa:

“Queridos Rapsódios, como muitos de vocês já sabem, minha vida pessoal gira em torno de dois sóis maravilhosos: a música e a ciência. Na época em que não lido com baixas frequências para o Rhapsody of Fire, trabalho como físico experimental em laboratório, tentando criar novos materiais que me intrigam e possam ser úteis para o avanço tecnológico de nossa sociedade.

Como você pode imaginar, esta situação – e 2024 em particular – exige compromissos profissionais de ambos os lados. Por esta razão, não poderei fazer uma turnê pela América do Sul com meus companheiros de banda e tocar minhas músicas queridas na frente de todos vocês.

Alex, Roby, Paolo e Giacomo entendem essa situação única e me apoiam em tudo que faço, e por isso sou eternamente grato. Felizmente, as frequências graves não ficarão descuidadas: nosso amigo Danilo Arisi me substituirá temporariamente e levantará seu baixo no palco gritando ‘GLORIA PERPETUA’. E não se preocupe muito comigo, estarei de volta ao Rhapsody of Fire bem a tempo para os shows de verão!”

Rhapsody of Fire no Brasil

O show do Rhapsody of Fire em São Paulo será o terceiro e penúltimo de uma curta passagem pela América Latina. Antes, o grupo também visitará Cidade do México (México) e Bogotá (Colômbia), respectivamente em 5 e 7 de maio. O destino final é Santiago (Chile), no dia 10.

A turnê é produzida pela Dark Dimensions e Nine Lives. Os ingressos estão à venda no siite Clube do Ingresso, nos valores de R$ 130 pista (meia ou solidário) e R$ 200 camarote (meia ou solidário) em 1º lote. Qualquer pessoa pode adquirir a entrada solidária mediante doação de 1 kg de alimento não perecível.

“Challenge the Wind”

No início deste mês, o Rhapsody of Fire lançou um novo álbum de estúdio, seu 14º, intitulado “Challenge the Wind”, via AFM Records. Também é o 5º desde a separação com o guitarrista Luca Turilli, deixando o tecladista Alex Staropoli como líder e único membro original.

O disco representa a terceira e última parte da saga “The Nephilim’s Empire”, iniciada em “The Eighth Mountain” (2019) e prosseguida com “Glory for Salvation” (2021).

Sobre a banda

Quase três décadas já se passaram desde que o Rhapsody, hoje Rhapsody of Fire, despontou na cena power metal como um sopro de novidade. Inspirado pelos gigantes do gênero, além de trilhas cinematográficas, o grupo italiano chamou a atenção por seu estilo elaborado – o que os fez demorar alguns anos para passar a tocar ao vivo – e climático, angariando uma base de fãs fiel pelo planeta.

O tempo passou até que chegou o momento de os criadores do projeto, o guitarrista Luca Turilli e o tecladista Alex Staropoli, seguirem caminhos diferentes. Assim, a banda se separou em diferentes identidades: o primeiro formou o Turilli/Lione Rhapsody com o vocalista Fabio Lione (atual frontman do Angra), enquanto o segundo manteve o nome, à época já alterado para Rhapsody of Fire.

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Após 60 anos, Paul McCartney responde fã que declarou amá-lo na TV

Quando os Beatles visitaram os Estados Unidos pela primeira vez, em 1964, a emissora americana CBS News conversou com uma ávida fã. Na ocasião, a menina, apresentada como Adrienne do Brooklyn, declarou com entusiasmo o seu amor por Paul McCartney em rede nacional. Agora, 60 anos depois, o cantor finalmente respondeu a admiradora. 

No depoimento concedido à TV à época, a garota expressou a paixão tanto pelo Fab Four, quanto, especificamente, por Macca (via Rolling Stone). Em 2016, a declaração recebeu destaque no documentário “Eight Days a Week — The Touring Years”, dirigido por Ron Howard, e, desde o ano passado, começou a fazer sucesso no TikTok.

Diz o registro:

“Eu não me importo com o que pensam. Vou amar os Beatles para sempre. Mesmo quando eu tiver 105 anos e seja uma avó velha, vou amá-los. E Paul McCartney, se você está ouvindo, Adrienne do Brooklyn te ama de todo o coração. Eu te amo, Paul. Por favor, venha até a janela para que eu possa vê-lo. Eu vi você fumando antes e beijei a limusine da qual você saiu. Mas eu te amo e te quero, Paul.”

Como forma de divulgar sua exposição de fotografias “‘Paul McCartney Photographs 1963-64: Eyes of the Storm”, em cartaz no Brooklyn Museum até o dia 18 de agosto, o cantor gravou um vídeo com uma mensagem especial para a mulher em questão. Publicado nas redes sociais, o recado afirma:

“Oi, Adrienne, é o Paul. Olha, eu vi o seu vídeo e estou no Brooklyn agora, estou em Nova York. Eu finalmente vim para cá, estamos com uma exposição de fotos, venha conhecer.”

Quem é Adrienne do Brooklyn?

Conforme apuração da Rolling Stone, possivelmente, a fervorosa fã é Adrienne D’Onofrio. Nascida em julho de 1951, ela passou a vida inteira no Brooklyn, onde casou-se e teve seus quatro filhos.

Em 1992, recebeu o diagnóstico de linfoma em estágio 4, o mais avançado, e, infelizmente, não resistiu. Ela morreu pouco tempo depois, aos 44 anos de idade.

Nicole D’Onofrio, uma de suas filhas, reconheceu a mãe nas postagens que viralizaram no TikTok e revelou a identidade ao veículo.

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A banda pop punk que Kerry King adora, mas discorda do rótulo

Foto: Andrew Stuart

Prestes a lançar o álbum “From Hell I Rise”, Kerry King prepara seu retorno aos palcos após meia década. O guitarrista possui shows marcados tanto com seu grupo solo quanto com o Slayer, que retomou atividades para apresentações esporádicas.

Outra situação pela qual o músico se declarou ansioso é o reencontro com amigos no circuito de festivais. Há uma banda em específico que ele confessa se sentir ansioso para rever.

Disse o artista à Metal Hammer:

“Amo o Offspring e mal posso esperar para encontrá-los nos festivais. Estarei os assistindo do lado do palco. Dexter (Holland, vocalista) possui uma ótima voz.”

O desejo pode surpreender algumas pessoas, mas Kerry realmente aprecia o som do grupo. Por outro lado, ele discorda de uma coisa em relação aos colegas.

“Fico p*to quando dizem que eles são punk!”

Kerry King: “o punk não evolui”

Embora admita que sua opinião pode ter sido influenciada pelos rótulos impostos pela mídia, Kerry tem argumentos para justificar o que pensa.

“O punk não evolui. É verdade! Lembro que as pessoas tentaram dizer que Offspring, Green Day e tudo o mais eram punk. Não quero desrespeitar nenhum deles, mas não são. Eles meio que começaram seu próprio gênero, que é ‘pop punk’, falando de forma irônica. Nos anos 90, quando essas bandas eram chamadas de punk, isso me fez não gostar delas.”

Para se explicar, King usa como exemplo o próprio estilo, assim como uma das bandas mais icônicas da história.

“Não tenho certeza se o thrash metal irá evoluir um dia – se pudesse, já não teria feito isso? Punk é o que é. Por isso que gostamos dele. AC/DC é AC/DC porque é assim que gostamos deles – é por isso que eles podem lotar qualquer local do planeta. Então, thrash é isso, é clássico! O que não foi feito no thrash que deveria ser feito? Essa é a questão!”

The Offspring em 2024

Paralelamente aos shows que vem realizando – incluindo a recente passagem pelo Brasil no Lollapalooza –, o Offspring está trabalhando em seu próximo álbum. Assim como no antecessor, “Let the Bad Times Roll” (2021), o grupo trabalha com o renomado produtor Bob Rock (Metallica, Mötley Crüe, The Cult, etc…).

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Público de Madonna no Rio superou Rolling Stones? Descubra

A apresentação de Madonna no último sábado (4) em Copacabana entrou para a história de forma definitiva. Não apenas pelo significado simbólico, mas também pelos números efetivos. Mais de 1,6 milhão de pessoas compareceram à praia de Copacabana para presenciar o espetáculo.

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O número, de acordo com apuração da Riotur e repercussão do jornal O Globo, supera o alcançado pelos Rolling Stones em 2006, no mesmo local. A banda de Mick Jagger e Keith Richards arrastou um público próximo, de 1,5 milhão.

A estimativa coloca a cantora com a quinta maior marca da história de concertos musicais, empatada com o Monsters of Rock 1991, realizado em Moscou, Rússia, com a presença de AC/DC, Metallica, The Black Crowes e Pantera.

Os maiores shows de todos os tempos

A maior marca segue pertencendo a Rod Stewart, que performou diante de 3,5 milhões de pessoas na mesma Copacabana em 31 de dezembro de 1994 – estimativas apontam uma multidão ainda maior, como a do Guinness Book, que menciona 4,2 milhões.

Eis o Top 7, de acordo com O Globo:

  1. Rod Stewart, no Brasil (1994) – entre 3,5 e 4,2 milhões
  2. Jean-Michel Jarre, na Rússia (1997) – 3,5 milhões
  3. Jorge Ben Jor, no Brasil (1993) – 3 milhões
  4. Jean-Michel Jarre, na França (1990) – 2,5 milhões
  5. Madonna, no Brasil (2024) + Monsters of Rock, na Rússia (1991) – 1,6 milhão
  6. Rolling Stones, no Brasil (2006) – 1,5 milhão

Madonna no Brasil

O show de Madonna no Rio de Janeiro foi única performance da artista em sua visita à América do Sul. Serviu como conclusão para a sua turnê “The Celebration”, onde a artista comemorou quatro décadas de carreira.

Foi a quarta visita da cantora ao país para concertos. Antes, ela veio em 1993, 2008 e 2012. Na ocasião anterior, realizou quatro performances: uma no Rio de Janeiro, duas em São Paulo e uma em Porto Alegre.

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Roxette anuncia volta com nova cantora e espetáculo “In Concert”

Foto: reprodução / Instagram @realroxette / autoria não publicada

Com a morte da vocalista Marie Fredriksson em 2019, o Roxette encerrou definitivamente as atividades no palco. Devido à saúde fragilizada da artista, diagnosticada com um câncer no cérebro, a banda havia realizado os últimos shows da carreira ainda em 2016, como parte da turnê comemorativa de 30 anos de carreira.

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Per Gessle, vocalista, guitarrista e compositor principal, continuou com seus trabalhos solo. Em 2022, montou um novo grupo chamado PG Roxette, com participação das cantoras Helena Josefsson e Dea Norberg, como forma de manter “vivo o legado do Roxette”. Agora, anunciou a volta da banda sob o nome original para 2025, com uma nova integrante, além de um espetáculo ao vivo.

Nesta nova fase, a sueca Lena Philipsson, que participou do Festival Eurovisão da Canção em 2004, ficará encarregada dos vocais. Clarence Öfwerman, produtor e tecladista do duo no passado, e Jonas Isacsson, guitarrista, retomarão seus postos. 

Completarão a formação Christoffer Lundquist (baixo), Magnus Börjeson (baixo), Magnus “Norpan” Eriksson (bateria) e a já mencionada Dea Norberg (vocais de apoio). Todos trabalharam com Gessle ou o próprio Roxette no passado. 

Comunicado nas redes sociais

A banda compartilhou nas redes sociais um comunicado a respeito. Conforme o texto, o maior intuito é celebrar a trajetória do duo e suas músicas, compostas sobretudo pelo guitarrista, que sobreviveram ao tempo.

Diz a nota:  

“Em 2016, o Roxette fez o que acreditávamos ser os últimos shows de todos os tempos. Agora, o vocalista, compositor e fundador da dupla, Per Gessle, continua o legado e leva esses sucessos mundiais para a estrada novamente. Já se passaram quase cinco anos desde que o Roxette perdeu Marie Fredriksson devido ao câncer. Uma perda devastadora, que deixou familiares, amigos e fãs em luto. Seu legado de músicas continuou a prosperar, sendo constantemente transmitido, tocado e apreciado por antigos e novos fãs em todo o mundo. 2025 contará com um renascimento ao vivo deste catálogo, todo composto por Per Gessle, quando o guitarrista levar a banda Roxette de volta ao palco para fazer o que mais ama: apresentar suas músicas ao vivo para um público fiel.”

Por fim, o próprio Per destaca que Marie é insubstituível e que o foco estará no repertório:

“Essa volta é sobre minhas músicas do Roxette, essa grande quantidade de músicas e letras que venho compondo há mais de três décadas. Não estou começando uma nova dupla. Marie sempre será insubstituível. No entanto, tenho muita sorte de ter encontrado uma voz incrível e uma intérprete brilhante em Lena Philipsson. Eu co-compus o primeiro grande sucesso de Lena em 1986 [‘Kärleken är evig’] e ela é uma das estrelas mais brilhantes que da Suécia. Estou extremamente orgulhoso de que ela queira se juntar a mim em minha jornada para manter vivo o legado do Roxette.”

Alguns shows já foram anunciados, sob o título do espetáculo “Roxette In Concert”. O primeiro deles acontece no dia 25 de fevereiro de 2025, na Cidade do Cabo, na África do Sul, enquanto o segundo está marcado para Pretória, no mesmo país. As escolhas apresentam certo simbolismo, visto que os performances finais do Roxette anos atrás deram-se justamente no local.

Em seguida, o grupo irá para a Austrália, onde tem uma série de compromissos em março. Segundo postagem do fã-clube Roxette Blog, Per Gessle contou no programa Efter Fem que as primeiras datas funcionarão como “testes”. Caso deem certo, outros destinos serão adicionados à agenda.

Vale destacar que, no último dia 3 de maio, Per lançou uma parceria com Lena. Chamada “Sällskapssjuk”, a faixa integrará o próximo disco do artista, que deve sair ainda este ano.

Sobre o Roxette

O Roxette encerrou as atividades oficialmente em 2019, com a morte da cantora Marie Fredriksson devido a um tumor no cérebro. A última apresentação da dupla clássica ocorreu anos antes, na Cidade do Cabo, na África do Sul, em 8 de fevereiro de 2016, como parte de uma comemoração aos 30 anos de carreira.

Mais shows estavam na agenda, mas acabaram cancelados por causa dos problemas de saúde da vocalista. A última passagem do duo pelo Brasil ocorreu em 2012 com a “Charm School World Tour”, que incluiu performances em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Curitiba e Brasília.

Desde então, Per Gessle seguiu com sua carreira solo, iniciada ainda em 1983, com um disco homônimo. Até o momento, “Pop-Up Dynamo!” (2022) é o seu trabalho de inéditas mais recente.

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A música dos primórdios que deu direção ao Pink Floyd, segundo David Gilmour

O Pink Floyd é um dos exemplos mais conhecidos de uma banda que sofreu metamorfoses sonoras. O grupo psicodélico dos primórdios adquiriu tons progressivos e chegou ao ponto de estabelecer um estilo tão próprio que superou qualquer tipo de rotulação por parte do público e crítica.

David Gilmour possuía um exemplo perfeito de músicas onde sentiu que as coisas estavam mudando. Ela foi feita logo após sua entrada e se tornou a canção que deu nome ao segundo álbum do conjunto, disponibilizado em 29 de junho de 1968.

Disse o guitarrista e vocalista em 1993 à revista Guitar World, conforme resgate do Far Out Magazine:

‘A Saucerful of Secrets’ foi uma faixa muito importante. Ela nos deu nossa direção adiante. Se você pegar as músicas ‘A Saucerful of Secrets’, ‘Atom Heart Mother’ e ‘Echoes’ – todos levam logicamente ao ‘Dark Side of the Moon’. ‘A Saucerful…’ foi inspirada em quando Roger (Waters, baixista e vocalista) e Nick (Mason, baterista) começaram a desenhar formas estranhas em um pedaço de papel. Em seguida, compusemos uma música baseada na estrutura do desenho.”

Diferentes tonalidades e experimentos

A faixa ficou muito conhecida por seus timbres diferentes de guitarra em comparação ao habitual. Sobre isso, Gilmour explicou:

“Bem, na seção intermediária de ‘A Saucerful of Secrets’, na maior parte do tempo a guitarra ficou no chão do estúdio. Desparafusei uma das pernas de um pedestal de microfone… Você sabe como os pedestais de microfone têm três pernas de aço com cerca de trinta centímetros de comprimento? Eu apenas passei um desses para cima e para baixo no pescoço do instrumento – não muito sutilmente.”

Outro artifício acabou antecipando um artefato que se tornaria popular posteriormente.

“Outra técnica, que surgiu um pouco mais tarde era pegar um pequeno pedaço de aço e esfregá-lo de um lado para o outro nas cordas. Basta movê-lo e pará-lo em lugares que pareçam bons. É algo como um Ebow.”

O Ebow é um aparelho eletrônico portátil para guitarra, que simula um arco como o que se usa em instrumentos como violino ou violoncelo. Substitui a palheta e ajuda a criar uma sonoridade que pode simular instrumentos de sopro, assim como outros de cordas.

Pink Floyd e “A Saucerful of Secrets”

Segundo disco do Pink Floyd, “A Saucerful of Secrets” foi registrado antes e após o período em que Syd Barrett saiu, incluindo o curto espaço de tempo em que o grupo foi um quinteto. Música mais conhecida do trabalho, “Set The Controls For The Heart Of The Sun” foi a única em que os cinco tocaram na gravação.

O produtor Norman Smith registrou a bateria em “Remember A Day”, A Stanley Myers Orchestra participou de “Corporal Clegg” e a International Staff Band, sessão de metais do Exército da Salvação, tocou em “Jugband Blues”.

A capa foi a primeira feita pela Hipgnosis, iniciando icônica parceria. Antes, os Beatles haviam sido a única banda da gravadora EMI a conseguir permissão para usar artistas externos no processo. O trabalho chegou ao 9º lugar da parada britânica, onde conquistou disco de prata.

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Amigos de Roberto Medina também o incomodam por Rock in Rio estar “menos rock”

A principal reclamação a cada nova edição do Rock in Rio reside no fato de que, devido ao seu nome, parte do público entende que o evento deveria ser restrito ao rock and roll e suas vertentes – embora o Festival de Jazz de Montreux tenha rock e o Monsters of Rock conte com seres humanos.

É sabido que desde 1985, quando estreou, a festa foi aberta a diferentes gêneros musicais. A coisa ficou ainda mais ampla para sua próxima edição, que acontece ainda este ano. Em entrevista ao jornal O Globo, Roberto Medina falou sobre a adição do sertanejo e da bossa nova ao caldeira sonoro.

Disse o empresário e idealizador do RIR:

“Peguei Luan Santana, Ana Castela, Chitãozinho e Xororó. Chamei o (Roberto) Menescal para uma homenagem à bossa nova, que foi a cara do Brasil e está esquecida. Não há um espaço dedicado ao gênero. Quando se faz um trabalho democrático, tem que ser democrático de verdade. A gente foi avançando no funk, no trap e estava faltando essa parte. Há toda uma geração cantando música sertaneja, ganhou uma dimensão enorme. Dei aquele passo de chamar o Luan Santana para assistir ao The Town e gostei muito dele. Acho que é o início de uma caminhada, para desespero dos meus amigos roqueiros (risos).”

A última frase evidencia que o leitor não é solitário entre os reclamões. Sim, o próprio Medina ouve umas “cornetas”.

“Ficam loucos comigo, querem me matar (risos). Quando anuncio o pop, é a mesma coisa. Eles são barulhentos, fazem confusão e grita pelas redes, mas faz parte.”

Elogios ao metal e seu público

Apesar de tudo, Roberto garante possuir apreço pelo lado mais pesado, presente desde o primeiro Rock in Rio. Não faltam elogios ao público.

“Quando fiz o primeiro dia do metal e olhei as pessoas de preto com aqueles cruzes… Mas sabe que é o público mais tranquilo e o que mais consome? São do bem total. Não tem confusão no dia do metal, é muito mais uma questão da vestimenta…”

Sobre o Rock in Rio 2024

O Rock in Rio 2024 acontece nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro, na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro. A edição marca os 40 anos de história do festival, terá sua venda geral pelo site da Ticketmaster no dia 23 de maio.

Pela primeira vez, o Palco Sunset terá a mesma boca de cena que o Palco Mundo. Este, por sua vez, contará com megaestrutura de 104m de frente e 30m de altura.

A Cidade do Rock também contará com uma nova área: o Global Village. Esse novo espaço de entretenimento deve ocupar 7.500 m² da Cidade do Rock e, além de shows do Clube do Samba + convidados, contará com cenografia inspirada em ícones arquitetônicos de todo o mundo — onde as pessoas poderão andar por uma longa via, entrar em lojas e experimentar pratos de diversos países.

Confira o lineup oficial até o momento.

13/09:

  • Palco Mundo: Travis Scott | 21 Savage | Matuê com part. Wiu e Teto | Ludmilla
  • Palco Sunset: MC Cabelinho + Coral das Favelas | Orochi + Chefin + convidado a ser anunciado | Veigh + Kayblack | Funk Orquestra convida MC Daniel, Rebecca e MC Soffia.
  • New Dance Order: Deadmau5

14/09:

  • Palco Mundo: Imagine Dragons | OneRepublic | Zara Larsson | Lulu Santos
  • Palco Sunset: NX Zero | James | Christone “Kingfish” Ingram” | Penélope + Pato Fu
  • New Dance Order: DJ Snake
  • Espaço Favela: Dennis DJ

15/09:

  • Palco Mundo: Avenged Sevenfold | Evanescence | Journey | Os Paralamas do Sucesso
  • Palco Sunset: Deep Purple | Incubus | Planet Hemp + Pitty | Barão Vermelho

19/09:

  • Palco Mundo: Ed Sheeran | Charlie Puth | Joss Stone | Jão
  • Palco Sunset: Gloria Groove
  • Espaço Favela: Xande de Pilares

20/09:

  • Palco Mundo: Katy Perry | Karol G | Cyndi Lauper | Ivete Sangalo
  • Palco Sunset: Iza | Gloria Gaynor | Tyla | Luedji Luna convida Tássia Reis e Xênia França
  • New Dance Order: Alison Wonderland
  • Espaço Favela: Pocah
  • Global Village: Angélique Kidjo

21/09:

  • Palco Mundo: Para Sempre: Rock (Capital Inicial, Detonautas, NX Zero, Pitty, Rogério Flausino e Toni Garrido) | Para Sempre: Sertanejo (Chitãozinho & Xororó e Orquestra Heliópolis convidam Ana Castela, Junior, Luan Santana e Simone Mendes) | Para Sempre: MPB (Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Majur, BaianaSystem, Ney Matogrosso e Margareth Menezes) | Para Sempre: Trap (MC Cabelinho, Kayblack, Matuê, Orochi, Filipe Ret, MC Ryan SP e Veigh)
  • Palco Sunset: Para Sempre: POP (Duda Beat, Gloria Groove, Jão, Ludmilla, Lulu Santos e Luísa Sonza) | Para Sempre: Samba (Zeca Pagodinho convidam Alcione, Diogo Nogueira, Jorge Aragão, Maria Rita e Xande De Pilares) | Para Sempre: Rap (Criolo, Djonga, Karol Conká, Marcelo D2 e Rael)
  • Global Village: Para Sempre: Bossa Nova (Bossacucanova com participação de Cris Delanno, Leila Pinheiro, Roberto Menescal e Wanda Sá) | Para Sempre: Soul (Banda Black Rio, Claudio Zoli e Hyldon) | Para Sempre: Jazz (Leo Gandelman, Jonathan Ferr, Antônio Adolpho e Joabe Reis)
  • Espaço Favela: Para Sempre: Funk (MC Don Juan, MC Hariel, MC IG, MC Livinho, MC Dricka, MC Ph) | Para Sempre: Música Clássica (Nathan Amaral e Orquestra Jovem Da Sinfônica Brasileira) | Para Sempre: Baile Funk (Buchecha, Funk Orquestra, MC Carol, Tati Quebra Barraco, Cidinho E Doca e Kevin O Chris)
  • New Dance Order: Para Sempre: Eletrônica (DJs Mochakk, Beltran X Classmatic, Eli Iwasa X Ratier e Maz X Antdot).

22/09:

  • Palco Mundo: Shawn Mendes | Akon | Ne-Yo
  • Palco Sunset: Mariah Carey
  • Espaço Favela: Belo

Sem data:
Luísa Sonza

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Audioslave tocou em Cuba há 19 anos; veja outros fatos da música em 6 de maio

Há 19 anos, em 6 de maio de 2005, o Audioslave se apresentava em Cuba. Cerca de 50 mil pessoas assistiram ao show gratuito na Tribuna Antiimperialista José Martí em Havana. Com um setlist de 26 músicas, a banda se tornou a primeira de origem americana a fazer uma performance aberta no país em décadas.

Confira outros acontecimentos no mundo da música, especialmente no rock, em dias 6 de maio de outros anos:

-> Há 56 anos, em 6 de maio de 1968, Johnny Cash lançava o disco ao vivo “At Folsom Prison”. Foi gravado durante show na prisão estadual de Folsom, na Califórnia. O cantor queria gravar um show por lá desde 1955, quando lançou a música “Folsom Prison Blues”.

-> Há 21 anos, em 6 de maio de 2003, o Anthrax lançava “We’ve Come For You All”, seu 9º disco de estúdio. Marcou a estreia do guitarrista Rob Caggiano, além de ser o último com o vocalista John Bush. Teve participações de Dimebag Darrell e Roger Daltrey.

-> Hoje, Bob Seger faz 79 anos. Um dos ícones do chamado heartland rock, o cantor, que nasceu em 6 de maio de 1945, vendeu mais de 75 milhões de discos ao longo de sua carreira, iniciada ainda nos anos 1960.

-> Hoje, Chris Shiflett faz 53 anos. O guitarrista, que nasceu em 6 de maio de 1971, entrou para o Foo Fighters em 1999. Também trabalhou em carreira solo e em paralelos como o No Use For a Name e o Me First and the Gimme Gimmes, onde toca com o irmão, Scott Shiflett.

-> Há 4 anos, Brian Howe nos deixava. O vocalista morreu em 6 de maio de 2020, aos 66 anos, de ataque cardíaco. É lembrado por ter substituído Paul Rodgers no Bad Company, além de ter cantado com a banda de Ted Nugent.

-> Hoje, Davey Johnstone faz 73 anos. O guitarrista, que nasceu em 6 de maio de 1951, entrou para a banda de Elton John no início dos anos 1970, chegando em 2009 à marca de 2 mil shows com o cantor. Tocou ainda com Alice Cooper, Stevie Nicks, B.B. King, entre outros.

-> Há 21 anos, em 6 de maio de 2003, o Lamb of God lançava “As The Palaces Burn”, seu 3º disco de estúdio. Primeiro do grupo a obter boa repercussão comercial, foi produzido pela própria banda em parceria com o multi-instrumentista Devin Townsend.

-> Há 10 anos, em 6 de maio de 2014, o Black Stone Cherry lançava “Magic Mountain”, seu 4º disco de estúdio. O álbum chegou ao primeiro lugar das paradas especializadas em hard rock nos Estados Unidos, no embalo dos singles “Me and Mary Jane” e “Remember Me”.

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Bruce Dickinson brilha em São Paulo ao concluir turnê pelo Brasil

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

O Brasil teve o privilégio de receber, com exclusividade em relação aos outros países da América do Sul, na mesma noite de sábado (4), dois artistas que são referência em seus respectivos estilos e são incontornáveis para que se possa contar a história da música no século 20 e 21.

No Rio de Janeiro, um show gratuito da Madonna reuniu algo em torno de 1,6 milhões de pessoas na Praia de Copacabana. Em São Paulo, Bruce Dickinson encerrou a turnê brasileira de sete datas que divulga seu disco mais recente, “The Mandrake Project”, mas em uma casa fechada e com ingressos a preços exorbitantes. Isso talvez explique o saldão feito pelos cambistas nas proximidades do Vibra – era possível encontrar entradas para a pista (comum, não havia premium) por R$ 200, 75% a menos em relação ao preço inteira.

Ainda assim, era um evento concorrido. Em que pese a constância com que Bruce vem ao Brasil — não raramente mais de uma vez por ano e nem sempre para cantar —, havia 25 anos recém completos que não se apresentava por aqui como artista solo. Foi naquela ocasião, em duas noites no finado Via Funchal, que ele gravou o disco ao vivo “Scream For Me Brazil”. Nesse ínterim, ele lançou um dos mais potentes discos de sua discografia: “Tyranny of Souls” (2005), o único que não teve turnê para divulgá-lo dados os compromissos do cantor com sua banda principal, o Iron Maiden.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Noturnall

O público ainda chegava quando, pontualmente às 20h45, o Noturnall subiu ao palco do Vibra. Liderada pelo vocalista Thiago Bianchi, a banda, composta por Saulo Xakol (baixo) e Henrique Pucci (bateria), estava acompanhada pelo jovem e soberbo guitarrista Victor Franco. Ele já havia sido reverenciado em palco pelo Edu Falaschi, no show mais recente de São Paulo (veja aqui) por ter conseguido dominar o complexo repertório do ex-Angra, tanto novo quanto antigo, em poucos dias.

As condições adversas, aparentemente, se repetiram. A formação que assumiu a abertura dos três últimos shows dessa turnê, devido a questões de saúde que impediram a continuidade do Clash Bulldog’s neste posto, sequer havia ensaiado até subirem ao palco no Rio de Janeiro.

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O entrosamento foi total e show foi muito bem recebido. Bianchi ocupou todos os espaços do palco, desceu à grade para interagir com a plateia e saudou a equipe técnica que tornou o show possível. Xakol e Pucci tocaram a cozinha sem olhar para o lado, sem limites e sem dó. Franco foi seguro e preciso como se tocasse esse repertório há décadas. Se havia algum resquício de insegurança ali, ninguém demonstrou.

O Noturnall faz um prog metal pesado e com muitas notas. Mas não se deve esconder que é uma banda sem medo de ousar. Durante a música “Fight the System”, Thiago citou “Capítulo 4, versículo 3” e “Diário de um Detento”, ambas do clássico “Sobrevivendo no Inferno” (1997), do Racionais Mc’s. Não é só na cena metálica brasileira que esse tipo de surpresa tem feito falta.

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Repertório — Noturnall:

  1. Try Harder
  2. No Turn At All
  3. Fight the System
  4. Cosmic Redemption
  5. Wake Up!
  6. Reset the Game
  7. Nocturnal Human Side

Sem telão, com confusão

A falta dos telões laterais estarem ligados fez com que o palco do Noturnall estivesse escuro em demasia, só salvo do breu completo por um telão em que era projetado o nome da banda, mas era pequeno, mal ocupava metade da parede de fundo. Um pouco depois das 22h, pôde-se constatar que não era uma restrição aplicada pelo artista principal, como costuma ser.

Bruce Dickinson foi último a subir ao palco, após Dave Moreno (bateria), Mistheria (teclados), Tanya O’Callaghan (baixo), Philip Naslund (guitarra) e Chris Declercq (guitarra). As duas primeiras músicas formaram uma sequência matadora. “Accident of Birth”, cujo refrão saúda “bem-vindo ao lar, faz tempo, sentimos a sua falta”, e “Abduction”, têm o peso e tem melodias boas para se cantar aos gritos. Tanto o povo, que tinha noção o quão era raro aquele show, quanto por Bruce, que sabia o quanto aquele momento era aguardado, mereciam essa oportunidade catártica.

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O que nem um, nem outro mereciam era a pobreza da produção. A qualidade do som mal beirou o satisfatório, com ecos e chiados além do aceitável. O mini telão de fundo parecia improvisado, não só pelo tamanho, mas como pelas projeções; não poucas vezes ele projetou a si mesmo infinitamente, de um jeito que mais parecia erro do que opção estética.

A dispensa aos telões laterais foi um problema à parte. A casa dispõe deste recurso, visto em outras apresentações com cobertura realizada pelo site. Porém, Bruce chegou a indicar em entrevistas que não utilizaria essa e outras funcionalidades, visando um show “como se estivéssemos em 1972”.

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Uma coisa é, em um espaço menor, não existir essa opção; como no Terra SP, durante apresentação do Black Veil Brides. O público saudou a banda no nível de histeria, mas era possível ver o palco satisfatoriamente de diversos pontos da casa.

Em um espaço que pode receber até 6,5 mil pessoas, no qual se apresenta um artista idolatrado do nível do Dickinson, abdicar dos telões se torna uma questão de segurança, principalmente na pista. Muita gente quer vê-lo de perto e se esforça para isso. Assim se instala a lei do mais forte e está dada a receita do empurra-empurra.

Houve princípio de briga perto do palco, ao lado direito, e dois seguranças tiveram de intervir. Sem falar no caso das pessoas de menor estatura, abandonadas à própria sorte. Uma configuração indigna da casa, do artista e, principalmente, do público, que recebeu muito menos pelo que pagou em questão de estrutura.

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O show

Quanto à apresentação em si, não houve miséria. “Laughing in the Hiding Bush” foi a terceira música, cantada em uníssono. Quem esperava que isso acontecesse somente em “Tears of the Dragon” ou “Chemical Wedding” teve o mesmo sucesso de quem esperava que ele tocasse músicas que ele escreveu para o Maiden, como “The Evil That Men Do” ou “Bring Your Daughter… to the Slaughter”:  nenhum.

No primeiro dia do festival Summer Breeze, Gene Simmons foi bem-sucedido ao provar que a música do Kiss sobrevive bem sem os aparatos típicos, como fogos, maquiagem, tirolesa, plataforma voadora e tudo o mais. Nessa turnê inaugural, Bruce Dickinson mostrou, por sua vez, que é uma entidade com vida própria, independente do Maiden. Esse desprendimento ao projeto mais popular é feito para poucos. Um dos que conseguiu isso é Dave Grohl, que conseguiu construir uma carreira que dispensa qualquer associação ao Nirvana para vender discos e ingressos.

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Ciente e seguro disso, Bruce não tem problema em deixar a banda que o apoia livre. Philip Naslund corre pelo palco, joga palheta a todo momento, interage testa a testa com Tanya. Mistheria, o tecladista que lembra muito Tuomas Holopainen (Nightwish), corre por todo palco com seu instrumento portátil, muito usado pelo Roupa Nova aqui no Brasil.

O incrível baterista Dave Moreno teve direito a um excelente solo, curto, que anuncia “Frankestein”, cover de The Edgar Winter Group. É uma música instrumental e vira a hora do recreio para a turma: além do kit de percussão no qual o Bruce já havia tocado em “Rain on the Graves”, ele também faz um solo de teremim e, aos poucos, o restante da banda se junta para a festa.

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Após “Darkside of Aquarius”, uma das músicas mais celebradas da noite, houve o bis. Bruce foi o primeiro a voltar ao palco. Fez um discurso em solidariedade a Porto Alegre, lamentou a tragédia climática que ocorre em território gaúcho e dedicou a eles “Navigate the Seas of the Sun”.

Apresenta nominalmente a banda antes de “The Tower” e promete voltar não apenas com o Maiden ainda em 2024, mas com a banda solo em 2025. Tomara que com um Rio Grande do Sul recuperado da situação que se encontra e tanto Bruce quanto público com um tratamento à altura do que merecem.

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Bruce Dickinson — ao vivo em São Paulo

  • Local: Vibra
  • Data: 4 de maio de 2024
  • Turnê: The Mandrake Projet
  • Produção: MCA Concerts

Repertório:

  1. Accident of Birth
  2. Abduction
  3. Laughing in the Hiding Bush
  4. Afterglow of Ragnarok
  5. Chemical Wedding
  6. Many Doors to Hell
  7. Gates of Urizen
  8. Resurrection Men
  9. Rain on the Graves
  10. Frankenstein (cover do The Edgar Winter Group)
  11. The Alchemist
  12. Tears of the Dragon
  13. Darkside of Aquarius

Bis:

  1. Navigate the Seas of the Sun
  2. Book of Thel
  3. The Tower

Noturnall:

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Bruce Dickinson:

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