...

A resposta de Andreas Kisser à crítica de Max Cavalera sobre Sepultura não ser mais o mesmo

"E quem se importa? Quem liga para o que ele diz sobre a gente?", pontuou guitarrista sobre declaração do antigo colega de banda

Apesar de não integrar o Sepultura desde 1997, Max Cavalera voltou a opinar a respeito da banda e de sua atual turnê de despedida “Celebrating Life Through Death”. Durante recente entrevista, o atual líder do Soulfly disparou que o grupo “não é o mesmo de antes e nunca vai ser”. Como esperado, não demorou para que o comentário chegasse até o antigo colega Andreas Kisser, que resolveu responder diretamente à crítica.  

Tudo começou em abril, quando o ex-vocalista e guitarrista do Sepultura afirmou em entrevista ao Full Metal Jackie que a formação atual, com Andreas Kisser (guitarra), Paulo Xisto (baixo), Derrick Green (vocais) e Greyson Nekrutman (bateria), não pode ser considerada nem mesmo uma versão do que foi a banda no passado – já que não conta mais com ele nem com seu irmão, Iggor Cavalera, ausente desde 2006. O músico disse:

- Advertisement -

“Para mim, eu sinto… e não digo isso só por mim. Eu acho que muitos fãs sentem que eu e Iggor meio que carregamos o espírito do Sepultura conosco em tudo o que fazemos. E eu não sei… eles ainda se chamam de Sepultura, mas todo mundo sabe que essa não é a mesma banda e nunca vai ser. E eu não tenho nada a ver com o que eles estão fazendo, com o fim da banda.”

Conversando com Cassius Morris, Andreas acabou questionado sobre a declaração de Max. E deixou claro que não se incomodou – muito pelo contrário. Conforme transcrição do Blabbermouth, o guitarrista ressaltou que ninguém permanece o mesmo com o passar do tempo e que não se preocupa com a opinião alheia: 

“Espero que não seja mesmo a mesma banda [risos]. Quem é o mesmo? Me diga alguém que seja o mesmo de dez anos atrás ou de ontem. E quem se importa? Quem liga para o que ele diz [sobre] a gente? Isso simplesmente não faz parte do que eu sou, do que eu vivo ou do que eu faço. As opiniões estão por aí. Você tem uma opinião, ele tem uma opinião, meu filho tem uma opinião. Tanto faz. Se você tem uma opinião, diga. Você é livre para se expressar. Então aproveite [risos].”

Independentemente disso, o membro mantém a posição de reunir todos os ex-integrantes do Sepultura no show final. Ainda não há data confirmada, mas, segundo o próprio, a apresentação deve ocorrer no ano que vem, em um estádio, em São Paulo, numa grande celebração: 

“A ideia é convidar todos que fizeram parte do Sepultura como músicos, todos mesmo, até roadies, pessoas que foram extremamente importantes em momentos específicos da nossa carreira e história e que contribuíram para que a banda chegasse até aqui. E, claro, isso inclui os irmãos Cavalera, o que seria incrível, caso topassem participar de uma jam. Não estou interessado em discutir quem está certo ou errado. Isso é totalmente irrelevante. Seria incrível simplesmente subir ao palco, fazer uma jam entre nós, para nossas famílias e, principalmente, para os nossos fãs, e celebrar um último show juntos. E só isso. Espero que isso aconteça. E não só com os irmãos Cavalera, mas também com [outros ex-integrantes], Jairo [Guedz], Jean Dolabella, Eloy Casagrande, Roy Mayorga e tantos outros músicos que foram tão importantes na nossa história.”

Sepultura e a chance de participação dos Cavalera

De início, Andreas Kisser parecia contrário à ideia de chamar Max e Iggor Cavalera para o show final do Sepultura. Quando perguntado pela Billboard a respeito da participação dos ex-integrantes no giro, apenas respondeu: “para quê estragar uma festa tão bonita?”.

Porém, as coisas mudaram. Em entrevista ao canal Rockast em fevereiro do ano passado, o guitarrista afirmou que “seria interessante ter todo mundo” na apresentação derradeira. Depois, em uma sessão de perguntas e respostas com fãs em junho para a Metal Hammer, o músico disse novamente que “seria incrível” contar com os ex-colegas na última performance.

No entanto, há uma condição para isso acontecer: os envolvidos devem apenas celebrar a história do Sepultura e não retomar brigas do passado. Ele explicou:

“Não vou negar que seria incrível ter um último show com a participação deles. Mas precisa ser incrível. As pessoas que estão ali devem comemorar e não tentar discutir quem estava certo ou errado em decisões do passado. No final, estamos comemorando agora como o Sepultura de hoje. Se eles quiserem fazer parte disso, seria maravilhoso.”

Por fim, mais recentemente, em setembro, o músico mostrou novamente um olhar positivo acerca do tema, apesar de tratar a “reunião” apenas como uma hipótese. Ao canal 69 Faces of Rock, afirmou:

“Espero que possamos fazer isso acontecer. Sim, seria ótimo. Estamos trabalhando nisso. E acho que temos o plano de seguir até 2026. Gostaríamos de ir a todos os lugares, realmente explorar todas as coisas que pudermos neste último adeus. E espero que no último show, que será no Brasil, tenhamos a participação de todos os ex-membros, incluindo os irmãos, é claro. Isso seria ótimo para os fãs e para todos os envolvidos. Espero que possamos celebrar juntos esta história incrível.”

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioNotíciasA resposta de Andreas Kisser à crítica de Max Cavalera sobre Sepultura...
Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades