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O álbum de rock com o melhor som na opinião de Rick Rubin

Para o lendário produtor, disco em questão lançado no fim da década de 1970 é "atemporal" e referência para os seus trabalhos

Rick Rubin trabalhou com inúmeras lendas da música, a exemplo de Black Sabbath, Metallica, Linkin Park, System of a Down e Slayer. E independente da banda com a qual colabora, o produtor sempre mantém um álbum em específico como referência. 

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“Highway to Hell” (1979), sexto trabalho de estúdio do AC/DC, é em sua opinião “atemporal” e o “álbum de rock mais natural” que já ouviu. Não só isso, como também um dos mais poderosos do gênero. 

O produtor abordou o assunto em 2005, durante declaração à Rolling Stone. A edição 972 da revista tinha como matéria de capa os 100 maiores artistas de todos os tempos, chamados de “The Immortals”. 

Primeiramente, ele opinou:

“‘Highway to Hell’ é provavelmente o álbum de rock mais natural que já ouvi. Praticamente não há exageros. Nada atrapalha a dinâmica de ‘vai e vem’ entre os guitarristas Angus e Malcolm Young, o baixista Cliff Williams e o baterista Phil Rudd. Para mim, é a personificação do rock & roll.”

Em seguida, Rubin explicou como aplica as técnicas do projeto em seus próprios materiais, citando, em seguida, a dificuldade de “copiar” a mesma dinâmica do AC/DC: 

“Quando produzo uma banda de rock, tento criar álbuns que soem tão poderosos quanto ‘Highway to Hell’. Seja com o The Cult ou o Red Hot Chili Peppers, aplico a mesma fórmula básica: mantenha tudo simples. Torne as partes de guitarra mais rítmicas. Parece simples, mas o que o AC/DC fez é quase impossível de replicar. Uma grande banda como o Metallica poderia tocar uma música do AC/DC nota por nota e ainda assim não capturaria a intensidade e, depois, o alívio que impulsionam essa música. Não há nada igual.”

Rick Rubin e AC/DC

Conversando com a Music Radar em novembro do ano passado, Rick Rubin fez questão de enaltecer Robert John “Mutt” Lange, conhecido por produzir justamente “Highway to Hell” (1979), assim como “Back in Black” (1980), além de “Pyromania” (1983) e “Hysteria” (1987), do Def Leppard, entre outros clássicos. Ao seu ver, o colega de profissão sul-africano acabou tornando-se o mais bem sucedido no rock e há um motivo para isso. 

Inicialmente, Rubin destacou a função de um produtor em trabalhos de rock e hip hop. Ele comenta:

“Em um disco de rock, o trabalho do produtor está nos arranjos, em extrair a melhor performance do artista e fazer com que o som fique o melhor possível. Já em um disco de rap, o produtor muitas vezes é responsável pela criação de toda faixa.”

Na sequência, veio a menção a Mutt Lange. O americano diz:

“Além disso, a experiência de ter trabalhado com rap ou qualquer tipo de black music faz com que os discos de rock fiquem muito melhores. Foi o caso do ‘Mutt’ Lange. Quando ele produziu o AC/DC, ele só havia trabalhado com R&B antes. Ele nem gostava de rock ‘n’ roll. E desde então ele provavelmente se tornou o maior produtor de rock ‘n’ roll de todos os tempos.”

Conforme publicado pela Classic Rock, Lange começou a carreira colaborando com bandas que incorporavam elementos do R&B, como Graham Parker and the Rumour. Além do AC/DC, o produtor também ganhou fama pelos discos criados ao lado do Foreigner (“4”), Bryan Adams (como “Waking Up the Neighbours”) e sua ex-esposa Shania Twain.

Sobre “Highway to Hell”

Lançado em 27 de julho de 1979, “Highway to Hell” marcou o rompimento do AC/DC com a dupla George Young e Harry Vanda, que havia produzido toda sua obra até então. Vendeu mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo.

Foi o último trabalho com o vocalista Bon Scott, que morreria no início do ano seguinte. Ele seria substituído por Brian Johnson.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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