Yngwie Malmsteen se tornou conhecido não apenas pelo talento da guitarra, como também pela personalidade irascível. São muitos os desafetos do guitarrista no mundo da música, incluindo pessoas que passaram por sua banda.
Não é o caso de Tim “Ripper” Owens. Em entrevista ao Hear 2 Zen (via Blabbermouth), o vocalista americano destacou que não teve qualquer problema com o sueco — embora reconheça que o tratamento dele no geral não era bom
O cantor, que gravou com o guitarrista os álbuns “Perpetual Flame” (2008) e “Relentless” (2010), disse:
“Bem, Yngwie trata as pessoas muito mal como um todo, mas ele nunca me tratou mal. Eu me dei muito bem com ele. Ele brincava, foi um dos caras mais fáceis com quem já trabalhei no estúdio. Acho que ele tem seus momentos. Por favor, nunca acenda uma luz branca durante um show ou ele vai parar e gritar com o homem da luz, ou atacar o tecladista se ele fizer algo errado. Mas só o vi ir pra cima de alguém uma vez. Me dei muito bem com ele.”
Na opinião de Ripper, o que as pessoas pensam sobre Malmsteen “provavelmente é verdade”. Porém, não significa que ele seja assim com todo mundo.
“Ele estava sóbrio quando eu estava na banda. Dito isso, às vezes a banda não tinha permissão nem para ficar no camarim; tínhamos que ficar sentados em um closet. Ele parou de ter cantores desde que saí da banda, o que foi estranho. Eu sequer anunciei minha saída, apenas me afastei porque estava trabalhando solo e senti que ele precisava de outro cantor. Mas não falo mal dele. Minha experiência foi boa. Ele era muito agradável e engraçado.”
A situação também envolve expectativas. Owens disse que Malmsteen não é com os fãs “um Ronnie James Dio“, saudoso vocalista notório por dar bastante atenção ao público.
“Ele não é um Ronnie James Dio com os fãs. Ele não vai sair do ônibus para autografar algo. Ele pode nem autografar se alguém mandar o item para ele dentro do próprio o ônibus. Mas tudo bem.”
Tim “Ripper” Owens e Yngwie Malmsteen
Em entrevista de 2023 ao site IgorMiranda.com.br, Tim “Ripper” Owens já havia refletido sobre a personalidade de Yngwie Malmsteen. Na ocasião, o guitarrista sueco ameaçou cancelar um show nos Estados Unidos caso o vocalista e desafeto Jeff Scott Soto não deixasse o local.
“É bem provável que isso tenha acontecido mesmo”, comenta ele antes de lembrar de uma ocasião na qual o próprio Malmsteen foi removido do lineup de um festival a pedido de um dos headliners, o Judas Priest, grupo do qual Ripper fez parte entre 1996 e 2003.
Apesar disso, a experiência como membro de sua banda foi positiva. Ele disse:
“Foi divertido. Ele [Yngwie] foi um dos caras mais tranquilos de se trabalhar. Eu gravava um take, ia ouvir como tinha ficado e ele dizia que tinha ficado ótimo. Eu insistia que poderia fazer melhor e ele dizia: ‘não, não, está ótimo assim’. Outras vezes, ele simplesmente desaparecia do estúdio e, quando eu ia ver, tinha ido pegar uma Coca Zero na máquina de bebidas. Diversão total.”
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Igual a Dio nunca haverá ninguém