Iron Maiden rejeitou ideia que gerou “Tears of the Dragon”, revela Bruce Dickinson

Música acabou entrando no primeiro álbum do vocalista após deixar a banda e é seu maior sucesso solo

O Iron Maiden estava no topo do mundo ao encerramento da “World Slavery Tour”, que promovia o álbum “Powerslave” (1984). O giro foi um sucesso, rendendo até mesmo a primeira passagem pelo Brasil – país que se tornaria a segunda casa da banda – na edição inaugural do Rock in Rio.

Porém, a rotina agitada também cobrou um preço da saúde mental dos envolvidos. Especialmente Bruce Dickinson, que cogitou não apenas sair do grupo, mas se afastar das atividades artísticas.

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Quando se reuniu com os colegas para trabalhar no disco seguinte, estava claramente deslocado. Como resultado, nenhuma de suas ideias foi aceita para entrar no que seria “Somewhere in Time” (1986).

Porém, nem tudo se tornou um prejuízo. Em entrevista à Metal Hammer, o cantor revelou que uma das sugestões se tornaria um hit solo na década seguinte. Ele conta:

“Havia uma ideia que ofereci e se transformou em ‘Tears of the Dragon’. Mas ela acabou sendo rejeitada pela banda.”

A preferida do vocalista

Recentemente outra revista, a Revolver, colocou Bruce contra a parede em entrevista para divulgar seu novo trabalho autoral fora do grupo, “The Mandrake Project”. A questão foi simples e direta: qual seria sua melhor composição?

Disse o cantor, buscando a faixa de encerramento de “Balls to Picasso” (1994):

“Eu diria ‘Tears of the Dragon’. Até hoje não sei o que ela significa, mas significa alguma coisa. Essa música realmente afeta as pessoas. Ela me afeta.”

A seguir, tentou explicar o conceito por trás da letra, já que o título permanece um mistério.

“Eu sei do que se trata: é sobre abandono. Não sobre ser abandonado, mas abandonar-se ao universo, ao que quer que venha a seguir. Mas ainda não sei o que são ‘as lágrimas do dragão’. Nunca cheguei a uma conclusão. Funciona e significa alguma coisa, mas não sei o que é. E é por isso que é uma música ótima.”

Bruce Dickinson e “Balls to Picasso”

Segundo álbum solo de Bruce Dickinson, “Balls to Picasso” foi o primeiro lançado entre sua saída e retorno ao Iron Maiden.

O resultado que chegou às mãos dos fãs foi a terceira tentativa de um disco. A primeira, com a banda Skin e a segunda, com o produtor Keith Olsen, desagradaram. Posteriormente, algumas músicas foram disponibilizadas em coletâneas e reedições.

Inicialmente, o trabalho se chamaria “Laughing In The Hiding Bush”, nome de uma das músicas. Bruce já declarou se arrepender de não ter mantido a ideia, que veio de seu filho Austin.

A capa original, projetada pelo artista Storm Thorgerson, não foi usada após alguns desentendimentos. Ela acabou sendo aproveitada pelo Anthrax no álbum “Stomp 442”, do ano seguinte.

“Balls to Picasso” marcou o início da parceria de Bruce com o músico/produtor Roy Z e sua banda, Tribe Of Gypsies. Apesar da boa repercussão de “Tears of the Dragon”, as vendas foram consideradas apenas regulares, com o 21º lugar na parada britânica e 185º nos Estados Unidos.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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