Jeff Beck e Eric Clapton não conseguiriam tocar nos Rolling Stones, diz Ronnie Wood

Guitarristas podiam ter a técnica no instrumento, mas no caso dos Stones, é preciso ter outras habilidades para fazer parte da banda

Os Rolling Stones são mais que uma banda: eles representam um estilo de vida. Por isso, alguns dos maiores guitarristas da história do rock não seriam capazes de fazer parte do grupo. Ao menos essa é a opinião de Ronnie Wood.

O assunto foi abordado pelo guitarrista dos Stones em uma entrevista para a Mojo cujo objetivo era relembrar o saudoso Jeff Beck. Na função de baixista, ele fez parte da primeira formação do Jeff Beck Group, responsável pelos clássicos álbuns “Truth” (1968) e “Beck-Ola” (1969).

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Na ocasião, aproveitou para falar do rumor que o músico recentemente falecido quase fez parte da banda. Inicialmente, ele declarou:

“Ele não teria aguentado a agenda!”

Brincadeiras à parte, Wood falou sobre como os Stones eram o oposto da personalidade de Jeff Beck:

“Qualquer coisa relacionada aos holofotes ele ficava: ‘você toma conta disso’. Daí ele sumia. E Jeff não ficaria satisfeito com a abordagem blues e rock’n’roll mais simples – por mais que ele amasse Buddy Guy. Quando ele começou a colaborar com Jan Hammer, as coisas mais jazz experimental, foi ali que eu larguei de mão, apesar da gente ter ido pelos nossos caminhos diferentes.”

Eric Clapton nos Rolling Stones?

Jeff Beck não foi o único ex-Yardbirds a ser cogitado para entrar nos Rolling Stones. Eric Clapton chegou a ser considerado para a banda no final dos anos 60, quando Brian Jones estava se provando difícil demais de confiar devido ao seu vício. Entretanto, Wood permanece cético, contando:

“Eric Clapton uma vez disse pra mim: ‘eu poderia ter entrado pra banda’. Eu respondi: ‘sim, mas você precisaria morar com eles, Eric!’.”

Sobre Ronnie Wood

Nascido em 1º de junho de 1947, em Hillingdon, Inglaterra, Ronald David Wood, mais conhecido como Ronnie Wood, assumiu as seis cordas dos Rolling Stones em 1975, na vaga deixada por Mick Taylor e, antes dele, Brian Jones. Com sua entrada, a banda finalmente se estabilizou, ainda que o baixista Bill Wyman tenha saído em 1993 e o baterista Charlie Watts, falecido em 2021.

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Wood surgiu para a fama como baixista. Ele tocou em dois álbuns do Jeff Beck Group: “Truth” (1968) e “Beck-Ola” (1969). Depois, se tornou guitarrista do Faces, banda que formou ao lado do vocalista Rod Stewart e de ex-membros do Small Faces.

Sua entrada nos Stones se deu após lançar um disco solo, “I’ve Got My Own Album to Do” (1974), com as participações de Ian McLagan, seu ex-colega de Faces, George Harrison, ex-Beatles e Keith Richards, que já era seu amigo antes de trabalharem juntos.

Desde então, serviu como membro fiel da banda, além de se dedicar à carreira solo esporadicamente, entre outras participações como músico de estúdio.

Seu nome consta por duas vezes entre os membros do Rock and Roll Hall of Fame, feito alcançado por raros músicos. A primeira vez se deu em 1989, com os Rolling Stones, enquanto a segunda aconteceu em 2012, quando o Faces recebeu a honraria.

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O adeus a Jeff Beck

Jeff Beck faleceu no último dia 10 de janeiro, aos 78 anos, em decorrência de uma meningite bacteriana contraída de forma repentina. De acordo com o site Beep Saúde, a doença provoca uma inflamação das meninges, as membranas que envolvem o encéfalo (cérebro, bulbo, cerebelo e a medula espinhal), causada pela presença de bactérias. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa por meio de gotículas e secreções do nariz e da garganta expelidas durante a fala, espirro ou tosse.

Diversos grandes nomes da música, contemporâneos ou influenciados por Beck, fizeram homenagens nas redes sociais. Além da carreira solo e do Jeff Beck Group, o guitarrista fez parte dos Yardbirds no início da carreira, além de ter realizado parcerias com Tim Bogert e Carmine Appice e colaborado com Jon Bon Jovi, Mick Jagger, Tina Turner, Stevie Wonder e vários uotros artistas.

Sua última participação em trabalho de outro artista foi no álbum “Patient Number 9”, de Ozzy Osbourne, onde toca em “A Thousand Shades” e na faixa-título.

Já o trabalho completo final foi “18”, uma colaboração com o ator e também músico Johnny Depp. Saiu em julho do ano passado e reuniu majoritariamente covers de artistas como Beach Boys, Marvin Gaye e The Velvet Underground.

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

4 COMENTÁRIOS

  1. Claro que Clapton e beck não tocariam nos stones. Os stones são uma banda mediana do ponto de vista técnico. São hit makers. Fazem música chiclete que a massa curte. Geralmente músico assim não domina técnica. Louro jones do capital, tom Jobim, duke Ellington, satao watanabe etc. há milhares de grandes compositores que não dominam o instrumento. Já Clapton e Back são o contrário. No mundo das pentatônicas eles são mestres e não teriam saco pra seguir carreira numa banda onde fariam apenas rifs. Pra tocar nos stones, como em qq banda pop, o cara tem que saber rebolar e fazer caras e bocas. Esse não é o caso de Clapton e beck,

  2. Lembrei do solo do wood no crowsroads ao lado de buddy guy e johny lang. Cara de dar dó. Qq estudante de guitarra faria melhor que o guitarrista dos stones. No lugar dele eu nunca teria feito aquele solo

  3. Concordo. Mick Taylor era um virtuoso na e apesar das valiosas contribuições que deu ao STONES nos 6 anos que participou da banda, no palco parecia um “estranho no ninho”.

  4. Concordo. Mick Taylor era um excepcional guitarrista, e apesar das diversas contribuições que deu aos STONES nos 6 anos que tocou com eles, no palco parecia um “estranho no ninho”.

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