A música do Rush que deveria virar filme, segundo Geddy Lee

Opções incluem uma canção do passado mais remoto e outra do último álbum de estúdio do trio

O Rush é uma banda que protagonizou verdadeiras epopeias musicais. Desde os anos 1970, os trabalhos do trio se mostravam bastante encaixados e com conceitos acima da média. A ponto de deixarem brechas para adaptações em outras capacidades artísticas. Como o cinema, por exemplo.

A revista Vulture perguntou ao baixista, vocalista e tecladista Geddy Lee qual criação do grupo poderia ganhar uma versão em filme. As opções foram duas, uma do passado remoto e outra do último disco de inéditas.

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“Há algumas que poderiam render tipos de filmes muito diferentes se alguém quisesse fazer. ‘2112’ é óbvia como uma história de ficção científica do ‘indivíduo contra o coletivo’. Acho que o cenário se prestaria à interpretação visual. Se isso foi já feito muitas vezes, não sei. Você tem gerações de filmes no estilo de ‘Star Wars’. Não é um território novo, mas há algo nessa história que se traduziria no gênero. Mas o mais importante e original é que eu adoraria uma interpretação de ‘Clockwork Angels’ na íntegra.”

Para o frontman, o material derradeiro encontraria paralelos até mesmo em séries recentes de sucesso mundial.

“É baseado na clássica história de uma pessoa ingênua e inocente saindo pelo mundo e fugindo para tentar encontrar o lugar para realizar seus sonhos. Ele passa por todas aquelas fases de sua vida em que é enganado, se recupera, se apaixona, perde seu amor e então tudo se soma à plenitude de sua existência. Isso realmente se prestaria a uma história de fantasia, mas não necessariamente a uma de fantasia de ficção científica. Quando você olha o que foi feito com programas como ‘The Last of Us’ ou ‘Game of Thrones’, você pode levar o cinema para qualquer lugar agora. No entanto, a história central de ‘Clockwork Angels’ é um ciclo completo de vida.”

Mas afinal, alguma vez isso chegou a ser planejado de forma enfática? O próprio responde:

“Recebi ideias para ‘2112’ durante muitos anos, mas nada realmente nos fez querer seguir esse caminho. Eu sei que Neil sempre quis levar a história de ‘Clockwork Angels’ para a tela de uma forma ou de outra. Era algo grandioso e ele fez alguns trabalhos na esperança de poder fazer algo assim acontecer. Talvez um dia.”

Leia também:  Entrevista: Orbit Culture fala sobre Knotfest Brasil, próximo álbum e Slipknot

Rush e “2112”

Lançado em 1º de abril de 1976, “2112” foi o 4º trabalho de estúdio da banda. Teve o Lado A do vinil ocupado pela faixa-título, uma saga de ficção científica inspirada em “Anthem”, obra da escritora e filósofa Ayn Rand, criadora do objetivismo.

Primeiro single, “The Twilight Zone” é inspirada na série homônima, conhecida no Brasil como “Além da Imaginação”. O trio era fã da produção. O artista multimídia Hugh Syme tocou sintetizador, guitarra e mellotron em “Tears”.

O encarte trouxe a primeira aparição do Starman nu e a estrela, que se tornariam símbolos do grupo. “2112” foi o primeiro grande sucesso comercial da carreira do Rush, vendendo mais de 3 milhões de cópias só nos Estados Unidos.

“Clockwork Angels”, o álbum final

Lançado em 12 de junho de 2012, “Clockwork Angels” foi o 19º e último trabalho de inéditas da carreira do grupo. Chegou ao número 1 no Canadá e 2 nos Estados Unidos. Conta a história de um jovem em busca de seus sonhos, tendo que enfrentar as forças da ordem e do caos em um mundo controlado pelo tempo de forma rígida.

Os primeiros singles, “Caravan” e “BU2B”, foram disponibilizados dois anos antes do lançamento do disco. O grupo ainda saiu em turnê no meio-tempo e só depois finalizou a obra. A capa feita por Hugh Syme substitui os números do relógio por símbolos alquímicos. Os ponteiros apontam 9:12, ou 21:12, referência ao clássico disco da banda.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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O Rush é uma banda que protagonizou verdadeiras epopeias musicais. Desde os anos 1970, os trabalhos do trio se mostravam bastante encaixados e com conceitos acima da média. A ponto de deixarem brechas para adaptações em outras capacidades artísticas. Como o cinema, por exemplo.

A revista Vulture perguntou ao baixista, vocalista e tecladista Geddy Lee qual criação do grupo poderia ganhar uma versão em filme. As opções foram duas, uma do passado remoto e outra do último disco de inéditas.

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“Há algumas que poderiam render tipos de filmes muito diferentes se alguém quisesse fazer. ‘2112’ é óbvia como uma história de ficção científica do ‘indivíduo contra o coletivo’. Acho que o cenário se prestaria à interpretação visual. Se isso foi já feito muitas vezes, não sei. Você tem gerações de filmes no estilo de ‘Star Wars’. Não é um território novo, mas há algo nessa história que se traduziria no gênero. Mas o mais importante e original é que eu adoraria uma interpretação de ‘Clockwork Angels’ na íntegra.”

Para o frontman, o material derradeiro encontraria paralelos até mesmo em séries recentes de sucesso mundial.

“É baseado na clássica história de uma pessoa ingênua e inocente saindo pelo mundo e fugindo para tentar encontrar o lugar para realizar seus sonhos. Ele passa por todas aquelas fases de sua vida em que é enganado, se recupera, se apaixona, perde seu amor e então tudo se soma à plenitude de sua existência. Isso realmente se prestaria a uma história de fantasia, mas não necessariamente a uma de fantasia de ficção científica. Quando você olha o que foi feito com programas como ‘The Last of Us’ ou ‘Game of Thrones’, você pode levar o cinema para qualquer lugar agora. No entanto, a história central de ‘Clockwork Angels’ é um ciclo completo de vida.”

Mas afinal, alguma vez isso chegou a ser planejado de forma enfática? O próprio responde:

“Recebi ideias para ‘2112’ durante muitos anos, mas nada realmente nos fez querer seguir esse caminho. Eu sei que Neil sempre quis levar a história de ‘Clockwork Angels’ para a tela de uma forma ou de outra. Era algo grandioso e ele fez alguns trabalhos na esperança de poder fazer algo assim acontecer. Talvez um dia.”

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Primeiro single, “The Twilight Zone” é inspirada na série homônima, conhecida no Brasil como “Além da Imaginação”. O trio era fã da produção. O artista multimídia Hugh Syme tocou sintetizador, guitarra e mellotron em “Tears”.

O encarte trouxe a primeira aparição do Starman nu e a estrela, que se tornariam símbolos do grupo. “2112” foi o primeiro grande sucesso comercial da carreira do Rush, vendendo mais de 3 milhões de cópias só nos Estados Unidos.

“Clockwork Angels”, o álbum final

Lançado em 12 de junho de 2012, “Clockwork Angels” foi o 19º e último trabalho de inéditas da carreira do grupo. Chegou ao número 1 no Canadá e 2 nos Estados Unidos. Conta a história de um jovem em busca de seus sonhos, tendo que enfrentar as forças da ordem e do caos em um mundo controlado pelo tempo de forma rígida.

Os primeiros singles, “Caravan” e “BU2B”, foram disponibilizados dois anos antes do lançamento do disco. O grupo ainda saiu em turnê no meio-tempo e só depois finalizou a obra. A capa feita por Hugh Syme substitui os números do relógio por símbolos alquímicos. Os ponteiros apontam 9:12, ou 21:12, referência ao clássico disco da banda.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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