A curiosa opinião de Kirk Hammett sobre álbuns criticados do Metallica

Guitarrista acredita que lançamentos de “Lulu” e “St. Anger” foram necessários para a discografia da banda - que, em sua visão, não pode ser perfeita

Sem dúvidas, “Lulu” (2011) e “St. Anger” (2003) são os álbuns mais polêmicos do Metallica. Enquanto o primeiro citado ficou marcado pela considerada estranha parceria entre Lou Reed e a banda (que, nesse caso, atua como apoio), o segundo é lembrado sobretudo pelo “som de lata” advindo da bateria de Lars Ulrich e pela ausência de solos de guitarra. 

Mesmo com as reações negativas aos dois trabalhos, Kirk Hammett acredita que ambos têm uma grande importância na discografia do quarteto. Em conversa com o músico e youtuber Rick Beato, transcrita pelo Blabbermouth, o guitarrista opinou ser necessário sair da zona de conforto e testar coisas novas, independente das críticas.

“Em alguns casos arriscamos e falhamos terrivelmente do ponto de vista comercial, mas, pensando no lado criativo e artístico, acho que foram bem-sucedidos. Estou falando especificamente de ‘Lulu’, o álbum que fizemos com Lou Reed, e também de ‘St. Anger’. Esses são álbuns que dividiram opiniões, há dois lados: pessoas que gostam e pessoas que não gostam.” 

- Advertisement -

O músico, que no bate-papo descreveu “Master of Puppets” (1986) como o “auge da formação” com o saudoso baixista Cliff Burton, deu continuidade ao raciocínio. Para ele, explorar variados terrenos dentro de um catálogo musical traz uma série de benefícios – e discografias perfeitas são “entediantes”.

“Acho que álbuns assim são importantes de se ter no catálogo. Porque você simplesmente não quer fazer mais do mesmo. Você quer altos e baixos, quer contraste. É o que torna as coisas interessantes. Se você tem um catálogo que é simplesmente perfeito, as pessoas ficam entediadas com isso. Vai ter muita coisa igual. Às vezes, as pessoas querem ser desafiadas por sua banda favorita.”

A lição aprendida por Kirk Hammett

Durante entrevista anterior à Metal Hammer, em 2018, Kirk Hammett considerou “St. Anger” adequado para o período em que saiu. No entanto, diante da repercussão negativa, aprendeu uma lição valiosa para os discos seguintes.

“Acho que foi apropriado para a época, mas olhando para trás, não parece tão apropriado para mim agora. Sempre vou me opor a isso, mas acho que a mensagem foi transmitida depois daquele álbum: que os solos são necessários no Metallica! As pessoas ficam ansiosas para ouvi-los.”

Metallica e “St. Anger”

Oitavo álbum de estúdio do Metallica, “St. Anger” foi gravado com o produtor Bob Rock no baixo, já que Jason Newsted havia deixado a formação logo antes das gravações. Robert Trujillo ficou com a vaga em definitivo e participou da turnê de divulgação.

Leia também:  A clássica música do Led Zeppelin desacreditada por John Paul Jones

Sonoramente, o disco se afasta de tudo o que o grupo havia feito até ali e busca influências do nu metal. Praticamente não há solos de guitarra e a bateria de Lars Ulrich apresenta uma timbragem estalada.

A banda também passava por um período conturbado após a saída de Newsted, com relações abaladas internamente. A situação pode ser vista em detalhes no documentário “Metallica: Some Kind of Monster” (2004), disponível na Netflix.

“Lulu”, a parceria com Lou Reed

Lançado em 31 de outubro de 2011, “Lulu” é baseado no livro “Lulu Plays”, do escritor expressionista alemão Frank Wedekind. O trabalho foi o último de Lou Reed antes de sua morte, em 2013.

Leia também:  O único momento de prazer dos Beatles na era “Let It Be”, segundo Ringo Starr

Apesar das críticas, o disco entrou nas paradas de 23 países, incluindo América do Norte, Europa, Oceania e Ásia.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioCuriosidadesA curiosa opinião de Kirk Hammett sobre álbuns criticados do Metallica
Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades