Ticketmaster estraga tática do The Cure para combater alta nos ingressos

Banda tentou vender entradas mais "acessíveis" e de forma exclusiva para fãs registrados, a fim de evitar a revenda de cambistas

Para evitar a ação de cambistas, os ingressos da nova turnê norte-americana do The Cure são intransferíveis. As entradas foram colocadas à venda por meio do hotsite exclusivo para fãs cadastrados “Verified Fan”, da Ticketmaster, e com preços “mais acessíveis”, a partir de US$ 20 (aproximadamente R$ 105 na cotação atual), sem os chamados “preços dinâmicos” – que variam de acordo com a oferta e demanda.

A intenção por trás da banda era de que os verdadeiros admiradores conseguissem as entradas para os shows sem pagar valores abusivos por isso. Como explicou o vocalista e guitarrista Robert Smith no Twitter, apesar de tal sistema não ser perfeito — pois nem todos recebem um código para comprar na página “Verified Fan” —, essa era a maneira mais próxima do público ter um acesso justo à turnê “Shows of a Lost”.

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O The Cure também declarou nas redes sociais:

“Queremos que a turnê seja acessível para todos os fãs e temos uma variedade muito ampla (e que consideramos muito justa) de preços em todos os shows. Nossos parceiros de distribuição de ingressos concordaram em nos ajudar a impedir que os cambistas atrapalhem isso. Para tentar minimizar a revenda e manter os preços ao valor original, os ingressos para essa turnê não serão transferíveis. Se surgir algo que impeça um fã de usar um ingresso que comprou, ele poderá vendê-lo em uma sistema de revendas pelo valor que pagou. “

Contudo, no fim das contas, todo esse cuidado não adiantou de muita coisa. Perfis relataram que as taxas de serviço cobradas pela Ticketmaster na compra chegaram a dobrar os valores iniciais das entradas.

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Uma usuária mostrou que, ao adquirir quatro ingressos da modalidade mais barata, de US$ 20, o site cobrou ao todo US$ 172 (cerca de R$ 909) – ou seja, US$ 80 de ingresso e US$ 92 apenas de taxas.

Com essa situação, os fãs pediram por um posicionamento da banda, pois a política de “ingressos acessíveis” saiu prejudicada. Smith voltou ao Twitter, disse que sentia muito pelo ocorrido e que artistas não podem controlar as taxas, mas que estava tentando obter respostas a respeito dos valores praticados.

“Estou tão enojado quanto todos vocês com o desastre de taxas da Ticketmaster. Para ser muito claro: o artista não tem como limitar isso. Perguntei como eles justificam esses valores. Se eu conseguir uma informação coerente na resposta, aviso todos vocês.”

A Ticketmaster, envolvida ainda em polêmicas de problemas no site e cobranças exageradas em shows de Bruce Springsteen e Taylor Swift, não se pronunciou sobre o caso.

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The Cure no Brasil?

Fundado em 1978, o The Cure conta com 13 álbuns de estúdio. O mais recente, “4:13 Dream”, saiu em 2008. Além de composições feitas especialmente para a ocasião, os músicos reaproveitaram demos de sessões das décadas posteriores. O trabalho chegou ao Top 20 em 9 paradas, incluindo Europa e América do Norte.

A formação atual conta com o vocalista/guitarrista Robert Smith, o baixista Simon Gallup, o guitarrista/tecladista Perry Bamonte, o também tecladista Roger O’Donnell, o baterista Jason Cooper e o guitarrista Reeves Gabrels.

O jornalista Marcos Bragatto, mantenedor do site Rock em Geral, afirmou por meio do Twitter que o The Cure virá ao Brasil em 2023. Rio de Janeiro e São Paulo estariam na rota da banda, que seria realizada no mês de abril. Estando em março, é improvável que as apresentações ocorram no mês seguinte.

Em se confirmando em outros meses do ano, será a quarta vez que o grupo comandado por Robert Smith vem ao país. A primeira aconteceu em 1987, com 2 shows em Porto Alegre, 1 em Belo Horizonte, 2 no Rio e 3 em São Paulo. Já no ano de 1996, a volta aconteceu na última edição do Hollywood Rock. O derradeiro regresso até o momento ocorreu em 2013, com mais um par de apresentações em terras cariocas e outra dobradinha nos lados paulistas.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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