Após os primeiros discos, os membros do Rush viram a necessidade de incorporar novos elementos e estruturas às composições. Sendo um trio, o grande desafio era fazer isso com um limitado número de integrantes. Coube ao baixista e vocalista Geddy Lee realizar os experimentos com teclados e sintetizadores que fariam parte do vocabulário musical do grupo a partir da segunda metade dos anos 1970.
Em entrevista à revista Keyboard em 1984 (resgatada pelo site Far Out Magazine), o canadense fez questão de deixar uma coisa clara: não se considerava um tecladista de verdade.
“Ainda me considero um baixista. Dedico mais esforço e tempo para criar algo no teclado. É um grande desafio, mas também é mais satisfatório, especialmente quando estou sozinho. Embora eu adore tocar baixo, prefiro fazê-lo com alguém. Um baixo é um instrumento solitário por si só. Mas com teclados, especialmente sintetizadores, você pode colocar um som e se banhar nele. Quem precisa de mais alguém?”
Sendo assim, qual seria a justificativa de Lee para não se classificar como um tecladista?
“Minha habilidade real com teclados é um tanto limitada. Não consigo executar mudanças complexas de acordes ou passar por uma estrutura muito trabalhosa. Apenas crio melodias.”
Rush, Geddy Lee e os sintetizadores
As experiências com sintetizadores se ampliaram à época da entrevista, o que desagradou fãs mais conservadores do Rush.
Com o tempo, a banda encontrou um equilíbrio, o que era desejado até mesmo pelos integrantes, em especial o guitarrista Alex Lifeson.
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Facebook | YouTube.