A relação da família Kulick com o Kiss remonta ao início da banda. Antes de Ace Frehley se tornar o guitarrista solo, Bob Kulick era o mais cotado. Mesmo não tendo sido efetivado, ele chegou a gravar com a banda posteriormente, em 4 das 5 faixas de estúdio do álbum “Alive II” (1977) e nas músicas inéditas da coletânea “Killers” (1982).
Em 1984, Bruce Kulick, irmão mais novo de Bob, se tornou membro oficial do grupo. Ele permaneceria até 1996, quando a reunião da formação original foi concretizada. Porém, por pouco sua entrada não se deu dois anos antes. A situação foi lembrada pelo próprio ao The SDR Show (com transcrição do Ultimate Guitar).
“Não falei sobre isso por um longo tempo, foi uma de minhas mais recentes revelações. Bob me pressionou a fazer o teste para substituir Ace Frehley. Lembro que levei meu próprio equipamento, que era alto, mas não tanto quanto os Marshalls dele.”
A audição foi rápida e rendeu um elogio de Gene Simmons.
“Só toquei ‘Black Diamond’ e mais outra música que não recordo agora. Gene elogiou meu vibrato. Mal ele sabia que eu seria o guitarrista da banda alguns anos depois.”
Não era o momento
Olhando para trás, Bruce entende que não era seu momento ainda, sem qualquer ressentimento por não ter sido escolhido.
“Não fui até lá com fome e desejo. Apenas toquei e fui embora. Eles estavam procurando alguém para usar maquiagem e entrar no lugar de Ace. Acabaram escolhendo Vinnie Vincent, que era um grande compositor. Depois foram atrás de um cara jovem e figurão, o veloz Mark St. John, o que também não deu certo. Tive a oportunidade de provar que era o cara certo, especialmente se não estivessem mais fazendo aquela coisa de maquiagem. Entrei como um cara temporário, e então se transformou em uma carreira de 12 anos com eles.”
Bruce Kulick no Kiss e além
Bruce Kulick gravou os álbuns “Asylum” (1985), “Crazy Nights” (1987), “Hot in the Shade” (1989), “Revenge” (1992) e “Carnival of Souls” (1997). Também participou dos discos ao vivo “Alive III” (1993) e “Kiss Unplugged” (1996), além das faixas inéditas da coletânea “Smashes, Trashes & Hits” (1988).
Atualmente, o guitarrista segue carreira solo, além de manter uma relação próxima com sua antiga banda, participando de álbuns solo dos músicos e tocando em eventos especiais, como o Kiss Kruise. Também integra o Grand Funk Railroad.
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