Por que George Lynch voltou a usar o nome Lynch Mob

Músico reafirma desconforto com a conotação negativa da expressão, mas considerou outros fatores na decisão

Nas últimas semanas o guitarrista George Lynch reativou o nome Lynch Mob para sua banda. Em 2020, o músico havia anunciado que aposentaria a alcunha devido ao atual momento de conscientização sobre o racismo, com protestos e bastante mobilização nas redes sociais.

O termo “lynch mob” faz referência a grupos que praticavam linchamentos. Especialmente nos Estados Unidos, o ato era cometido contra negros após o período histórico chamado de “Reconstrução”, a partir de 1877. Nos dias de hoje, o linchamento é mais comum em países onde há altos índices de criminalidade, como no Brasil.

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Em entrevista ao podcast “Full in Bloom” (transcrita pelo Blabbermouth), o músico explicou o que levou à mudança de posicionamento.

“O nome foi uma marca que eu estabeleci por mais de três décadas. Nada é perfeito, tenho que viver com o fato de que possui algumas conotações negativas. São coisas que eu provavelmente terei que continuar explicando pelo resto da minha vida e não me importo de fazer isso. Mas é algo que construí e vou manter. No que diz respeito a marketing, marca, negócios e trabalho, isso mantém os caras da banda ativos e os fãs felizes, então faz sentido.”

George chegou a fazer alguns shows nos últimos anos adotando o nome Electric Freedom. Porém, não houve uma conexão com o público.

“A realidade é que ninguém gostou. Tive mais resistência do que qualquer época com Lynch Mob, que foi uma mudança muito mais motivada pelo meu desconforto do que por críticas externas. No fim das contas, ninguém quer que a Coca-Cola mude. Talvez por isso eu não tenha sido mais famoso, sempre segui meus instintos ao invés do plano de mercado (risos).”

Lynch Mob e George Lynch

A formação atual do Lynch Mob ainda conta com o baterista Jimmy D’Anda, o baixista Jaron Gulino e o vocalista Gabriel Colon.

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Alguns dos shows estão sendo realizados com a antiga banda de Lynch, o Dokken. Ao final do concerto de fundo, George se reúne com o ex-colega Don Dokken para algumas músicas.

O último álbum lançado foi “Wicked Sensation Reimagined”, regravação do disco de estreia, celebrando 30 anos do original.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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