Salvo raras exceções, Keith Richards não costuma ser muito simpático ao citar artistas e movimentos musicais que vieram após os Rolling Stones. Porém, o guitarrista soube identificar similaridades do levante do grunge na última década do século passado com o que sua banda fez em um dos discos mais icônicos da carreira.
Em entrevista de 2002, resgatada pelo site Far Out Magazine, o músico falou sobre todo o processo por trás da criação e gravação de “Exile on Main St.”, lançado em maio de 1972.
“Tivemos que fazer muito esforço para convencer a gravadora sobre a eficiência do que desejávamos. E, inicialmente, as vendas foram bastante baixas. Por um ano ou dois, foi considerado uma bomba.
Foi uma época em que a indústria da música estava cheia desses sons primitivos. Estávamos indo para o outro lado. Esse foi o primeiro disco grunge. Sim, é um dos melhores que gravamos.”
Rolling Stones e “Exile on Main St.”
Décimo trabalho de inéditas da discografia britânica dos Rolling Stones, “Exile on Main St.” foi o primeiro disco duplo em toda a carreira da banda. As gravações se iniciaram em Londres, no ano de 1969, paralelas às do anterior, Sticky Fingers. Foram finalizadas dois anos mais tarde em Villefranche-sur-Mer, França.
A sonoridade trazia o grupo imerso em suas influências americanas, mesclando o rock and roll e o blues ao country e o gospel. Várias composições surgiram de jams em estúdio.
A despeito do que diz Keith Richards, o álbum chegou ao número 1 em diversas paradas internacionais, arrematando discos de platina nos Estados Unidos e Inglaterra. Teve mais de 8 milhões de cópias comercializadas apenas em sua versão original.
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