A opinião de Yngwie Malmsteen sobre escala pentatônica na guitarra

Cinco notas não são suficientes para o ícone do metal neoclássico, que diz preferir trafegar por "avenidas mais largas"

A escala pentatônica é uma pedra fundamental do rock, uma das maiores influências do blues e música africana no gênero. Entretanto, apenas cinco notas não são suficientes para Yngwie Malmsteen.

Ícone do metal neoclássico, o guitarrista sueco explicou sua implicância com a escala mais importante do rock em entrevista ao Nippertown (transcrição via Killer Guitar Rigs). Sua intenção, desde sempre, era a de trafegar em “avenidas mais largas” musicalmente falnado.

“Blues é baseado na escala pentatônica de cinco notas. E eu percebi bem cedo que para mim… Eu amo todas essas bandas, mas para mim, eu precisava andar por avenidas mais largas, menor harmônica, inversões diferentes, modo frígio, diminuto e coisas assim, que dá para virar as escalas e adicionar um monte de notas lineares, ao invés de apenas o diagrama normal de guitarra. É isso que fiz.”

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Para leigos, a escala menor harmônica é caracterizada por ter uma sétima meio tom acima em comparação à natural. 

O modo frígio, por sua vez, ocorre quando se toca uma escala a partir da terceira nota do tom, mantendo os intervalos desse. Isso acaba criando quatro notas menores, dando uma tonalidade única.

Um exemplo de modo frígio sendo usado pode ser encontrado na obra de Johann Sebastian Bach, que Malmsteen citou na entrevista como uma influência formadora.

“Bem, o que aconteceu foi que minha mãe provavelmente tinha milhares de discos. Eram muitos discos, muitos clássicos. Eu peguei um sem ver. Calhou de ser Johann Sebastian Bach e eu imediatamente senti uma conexão. Até hoje, quando escuto Bach, é como escutar Deus. É tão perfeito.”

Sobre Yngwie Malmsteen

Nascido Lars Johan Yngve Lannerbäck na Suécia em 30 de junho de 1963, Yngwie Malmsteen pegou um violão pela primeira vez aos 7 anos de idade, no dia em que Jimi Hendrix morreu, e ganhou sua primeira guitarra aos 9, de presente do irmão.

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Largou a escola aos 15 e conseguiu um emprego consertando guitarras em uma loja de música em Estocolmo. Enquanto trabalhava lá, ele teve a ideia de escalopar braços de guitarra — modificação que torna as técnicas de vibrato e bending mais fáceis e que se tornaria marca registrada de seus instrumentos.

No final da adolescência, cada vez mais frustrado com a cena musical sueca, Malmsteen se viu num beco sem saída: suas composições, por melhores que fossem, não despertavam o interesse de nenhuma gravadora local por não serem “comerciais” o suficiente.

Sabe-se lá como, uma demo atravessou o oceano. Mike Varney, chefe da Shrapnel Records na Califórnia, ouviu e ficou impressionado com o estilo de tocar do jovem. Ele entrou em contato e pediu que Yngwie fosse aos Estados Unidos para gravar um álbum pela sua gravadora.

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Malmsteen foi de mala e cuia para Los Angeles, onde se juntou ao Steeler. Ele gravou um álbum homônimo (1983) com a banda antes de unir forças com o veterano ex-vocalista do Rainbow Graham Bonnet no Alcatrazz, registrando “No Parole from Rock ‘n’ Roll” (1983) e o ao vivo “Live Sentence” (1984).

Cansado do expediente de compor em parceria com terceiros, ele saiu do Alcatrazz e pôs na rua o Yngwie J. Malmsteen’s Rising Force, nome sob o qual começou a gravar uma série de álbuns, alguns dos quais obteriam status de clássico não apenas no reino da guitarra, mas no hard e metal como um todo, como “Rising Force” (1984), “Trilogy” (1986) e “Odyssey” (1988).

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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