Como já era esperado, K.K. Downing não ficou em silêncio após as recentes declarações de seu antigo colega, Glenn Tipton, a respeito de sua saída do Judas Priest em 2011.
O músico, atualmente comandando o KK’s Priest, publicou um arquivo de áudio em seu site oficial, transcrito pelo Blabbermouth, rebatendo afirmações e dando o outro lado da história.
O principal momento se atém ao fato de Glenn ter afirmado que Downing não manifestou desejo de retornar ao Judas Priest após sua aposentadoria por problemas de saúde.
“Não havia uma posição para mim na banda até que Glenn se aposentou. Quando aconteceu, eu rapidamente, óbvio, afirmei que estava chocado e atordoado por não receber um telefonema pedindo-me para voltar. Naquela época eles estavam todos apaixonados por Richie Faulkner, afirmando que ele trouxe uma nova energia e nenhum dos fãs sentia minha falta. Ian (Hill, baixista) também me disse pessoalmente que Richie era um grande cara e compositor, apesar de eles terem lançado apenas dois álbuns nos últimos 12 anos.”
K.K. voltou a confirmar que foi sua opção não participar da turnê “Epitaph”, que seria a de despedida de acordo com os planos iniciais.
“Eu realmente não achava, com tudo o que estava acontecendo, que iria aproveitar a turnê do ponto de vista musical. Não queria acabar com minha longa e crível história e legado fazendo uma turnê para os fãs que eu não estava gostando. O que as pessoas não sabem é que em abril daquele ano, e eu tenho os e-mails, eu estava falando com Ian sobre mudar de ideia. Todos os meus amigos estavam me incentivando a apenas fazer a turnê, dizendo: ‘Você começou a banda. Você precisa terminá-la.’ Então eu estava conversando com Ian por mais de uma semana, e eu realmente disse que estava reconsiderando e pedi para me enviar o setlist, o que ele fez. E eu liguei de volta e disse: ‘Parece ótimo. ,’ porque as setlists sempre foram um ponto de discórdia na banda, na verdade.
E no dia seguinte eles lançaram um comunicado à imprensa dizendo que eu me aposentei. Isso é o que as pessoas não sabem. Então, obviamente, concluí que não queriam que eu fizesse parte. Eles já meio que, obviamente, se ungiram e se familiarizaram com Richie. Era uma família e eu estava fora. Então, realmente, me considero expulso tanto quanto qualquer outra coisa, porque ninguém além de Ian me ligou – ninguém da administração, nada. Mas, obviamente, a aposentadoria de Glenn foi uma oportunidade ideal para eu voltar. Teria sido uma chance para tocar com alguém muito competente como Richie.”
K.K. Downing e os pedidos para voltar ao Judas Priest
K.K. Downing, então, contesta a informação de que não teria pedido para voltar para o Judas Priest.
“Entrei em contato duas ou três vezes desde 2017 pedindo para ser reintegrado. Mas mesmo quando escolheram seguir como quarteto em janeiro passado, apenas para mudar de ideia cinco dias depois, eles nunca me deram nenhuma consideração, uma oportunidade de voltar. Estou absolutamente convencido de que nunca o fariam anteriormente, independentemente do que Glenn diz.”
O músico seguiu citando que as questões relacionadas a negócios contribuíram para aumentar a tensão com seus antigos colegas.
“Até 2017 eles cumpriram compromissos. Mesmo que nunca me prestassem contas, faziam embolsos para mim pelo que me foi prometido. E então tudo parou. Comecei a receber cartas legais. E implorei a eles: ‘Não sigam por esse caminho. Ficaria feliz em sentar ao redor de uma mesa e discutir quaisquer questões que precisem’. E eles disseram não. E então as cartas legais continuaram chegando. Eles me demitiram como diretor da empresa Judas Priest Music Limited. Eles me expulsaram do conselho, pois são três deles e um de mim. Eu ainda sou um acionista de 25 por cento, mas eles não me pagam nada de nada em que eu estive envolvido. Perguntei se vou receber alguma coisa e não retornaram meus e-mails.”
Problemas com o nome KK’s Priest
Por fim, Downing também reafirmou que o Judas Priest tentou impedir que ele usasse o nome KK’s Priest para seu novo grupo.
“Tanto eu quanto minha gravadora e empresário recebemos cartas legais. Escolhemos ignorar a correspondência, correndo o risco de que eles não a levassem adiante. Fico feliz em dizer que não. Mas não estou feliz por terem tentado me impedir de fazer o que faço, especialmente quando me negaram a oportunidade de voltar.”
O Judas Priest segue em turnê pelos Estados Unidos com a “50 Heavy Metal Years”. Já K.K. Downing afirmou recentemente estar trabalhando no segundo disco do KK’s Priest, sucessor de “Sermons of the Sinner”, lançado ano passado.
