Muitas bandas adeptas do hard rock/heavy metal sofreram grande abalo com a chegada do grunge no início dos anos 1990. O movimento, encabeçado por Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden e Alice in Chains, promoveu uma mudança mercadológica irreversível para quem não tinha uma estrutura forte apoiando seu trabalho.
Mas alguns conseguiram sobreviver e seguir em frente. Com bagagem superior a duas décadas àquela altura, o Scorpions resolveu explorar novas possibilidades geográficas e se deu bem, como lembrou o guitarrista Rudolf Schenker à Metal Hammer.
“Partimos para nos apresentar em lugares fora do habitual. Tocamos em grandes estádios na Tailândia, Filipinas e Indonésia. Por que tentar enfrentar o grunge na Europa e Estados Unidos quando podíamos fazer algo diferente na Rússia, Taiwan e afins? Éramos outra geração de alemães chegando a Moscou, mas desta vez sem tanques. Levávamos guitarras, paz e amor. Foi um período em que vendemos mais discos que Michael Jackson na Tailândia, por exemplo.”
O músico relembrou um comentário feito por colegas de outra banda, o Metallica, a respeito de sua incansável agenda de turnê.
“Há uma entrevista com o Metallica e não me lembro se foi James (Hetfield, vocalista e guitarrista) ou Kirk (Hammett, guitarrista) que foi perguntado em quantos países eles tocaram, daí a resposta foi: ‘não tantos quanto os Scorpions!’.”
Scorpions na ativa
“Rock Believer”, novo álbum do Scorpions, sai no próximo dia 25 de fevereiro. É o 19º trabalho de inéditas da carreira do grupo, o primeiro gravado com Mikkey Dee (Motörhead, King Diamond) na bateria.
No último dia 9 de fevereiro, “Lonesome Crow”, disco de estreia da banda, completou cinquenta anos de lançamento.
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