Scorpions tem épicos e revisita discos clássicos em “Rock Believer”, diz produtor

Novo trabalho de inéditas da banda alemã chega a público em fevereiro de 2022

As primeiras impressões do produtor Hans-Martin Buff sobre “Rock Believer”, novo álbum do Scorpions, podem deixar os fãs dos épicos gravados pelo grupo no final dos anos 1970 na expectativa, já que algumas faixas seguem essa característica.

O profissional falou sobre o trabalho em entrevista ao Ultimate Classic Rock. Ao comentar sobre uma das faixas, “Call of the Wild”, ele descreveu:

“A música ‘Call of the Wild’ segue uma linha meio Led Zeppelin, com solos infinitos e tudo mais. É simplesmente incrível. Não tornará os compositores ricos se tornando um hit, mas causará multas por excesso de velocidade.”

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Já “Seventh Sun”, outra canção do novo disco, foi um esforço consciente de se criar algo na linha de “China White”, presente no álbum “Blackout” (1980).

“A demo tinha uma linha melódica muito rápida, mas não foi a lugar nenhum e ninguém estava realmente interessado nela. Tive uma ideia e apresentei um groove junto a um riff que escrevi com o técnico de guitarra, Ingo Powitzer. Assim que colocamos lá, só precisamos mudar o tempo para que se encaixasse.”

Scorpions acena ao passado sem copiar

Ainda segundo Hans, o Scorpions buscou influência em seus trabalhos mais bem-sucedidos. Porém, não era objetivo da banda simplesmente soar como uma cópia de épocas gloriosas.

“Inicialmente eles usariam até equipamentos dos anos 1970 e 80, mas decidimos não seguir esse caminho. O som da banda evoluiu. Além disso, não dá para tentar fazer Mikkey (Dee, baterista) tocar como Herman Rarebell, por exemplo. Não funcionaria. Então, buscamos a mesma abordagem, mas sem soar como aquela época. É diferente.”

Vale lembrar que Hans firmou parceria com a banda enquanto o projeto já estava em andamento. Inicialmente, Greg Fidelman (Metallica, Slipknot) se encarregaria da função. Porém, com a chegada da pandemia, os envolvidos não gostaram da experiência de trabalhar via Zoom, estabelecendo conexão entre Alemanha e Estados Unidos. Então, optaram por uma mudança com a efetivação de um novo nome.

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“Peacemaker”, primeiro single de “Rock Believer”, pode ser conferido abaixo.

Sobre o álbum “Rock Believer”

“Rock Believer” é o primeiro álbum de inéditas do Scorpions desde “Return to Forever”, divulgado em 2015. Também será o primeiro registro em estúdio com o baterista Mikkey Dee, que ocupou a vaga de James Kottak em 2016 – a formação é completa por Klaus Meine (vocal), Rudolf Schenker e Matthias Jabs (guitarras) e Pawel Maciwoda (baixo).

Gravado na Alemanha, em formato ao vivo em estúdio, “Rock Believer” foi concebido durante a pandemia. O plano inicial era trabalhar nos Estados Unidos com o produtor Greg Fidelman, mas isso acabou não acontecendo. O profissional auxiliou a banda remotamente, embora as sessões em estúdio tenham sido comandadas pelo engenheiro de som Hans-Martin Buff.

Capa de “Rock Believer”, novo álbum do Scorpions

Em entrevista ao Talking Metal, Klaus Meine afirmou que “Rock Believer” deve focar nas músicas mais pesadas, tentando trazer a sensação de alguns álbuns clássicos dos anos 1980.

“’Rock Believer’ vai trazer a velha vibe de álbuns como ‘Blackout’, ‘Love at First Sting’ ou até ‘Lovedrive’. Nós tentamos focar nesses álbuns e nessa atitude. Se chegarmos lá… quem sabe, faz tantos anos. Mas esse é o espírito e é a vibe que nos cerca neste álbum. Dessa vez, o foco é nas músicas mais pesadas.”

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Após o lançamento do álbum, o Scorpions realiza uma sequência de shows como residente em um cassino em Las Vegas, entre março e abril. Depois, a banda segue para uma turnê pela Europa, tendo, nas datas em território alemão, o Mammoth WVH – projeto de Wolfgang Van Halen – como banda de abertura.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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