Max Cavalera falou sobre o sucesso de “Roots”, seu último álbum com o Sepultura, em entrevista à rádio WXAV 88.3 FM.
O trabalho de 1996 mostrou a banda intensificando suas influências experimentais, com direito a incursões na música percussiva brasileira, registros com uma tribo Xavante e diálogo com as então novas vertentes do heavy metal.
Conforme transcrito pelo Blabbermouth, Max comentou que o caráter ousado do trabalho rendeu elogios até mesmo de músicos como Dave Grohl (Foo Fighters, Nirvana) e Lemmy Kilmister (Motörhead).
“Exploramos territórios completamente desconhecidos para o estilo e os resultados foram incríveis. Acabamos sendo elogiados por pessoas como Dave Grohl e Lemmy. Era surreal ouvir meus ídolos reconhecendo minha obra.”
O fato de o grupo ter sido destemido no processo de composição e gravação foi um dos segredos para o vocalista e guitarrista. Max também reconheceu que o disco não obteve aprovação geral, o que acontece até hoje.
“É preciso fazer com paixão e sem medo. Em alguns momentos você pode falhar, mas em outros será ótimo. No caso de ‘Roots’, se trata de um álbum controverso, não é para todo mundo. Uns amam, outros odeiam. Há quem quisesse que eu tocasse até hoje o mesmo som que fazia aos 15 anos, mas a vida não para naquela fase. Não dá para se repetir eternamente.”
Sepultura e “Roots”
Sexto full-length, “Roots” ganhou discos de ouro no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Holanda, Austrália, França e Áustria.
Após a turnê, Max deixou o Sepultura e fundou o Soulfly. A banda o substituiu com Derrick Green, que segue nos vocais até hoje.