Sebastian Bach tem mudado trechos preconceituosos de músicas do Skid Row em shows

“Sweet Little Sister” e “Get the F*ck Out” passaram por alterações com objetivo de transmitir mensagem mais adequada aos tempos modernos

Recentemente, um fã foi ao Twitter parabenizar Sebastian Bach por alterar uma parte da letra de “Sweet Little Sister”, do Skid Row. O vocalista confirmou a alteração e ficou feliz por alguém ter notado.

O trecho homofóbico dizia “Her friend is doing time for kickin’ ass on a q&eer”, ou seja, “O amigo dela está cumprindo pena por ter chutado o traseiro de uma b*cha”.

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Tião mudou para “Her friend is doing time for knocking over a beer”, que se traduz “O amigo dela está cumprindo pena por derrubar uma cerveja”.

O dono da conta @cipcipriano escreveu:

“Você arrasou na noite passada em San Francisco! Como um fã de toda a vida, que viu você em todos os lugares do Hammerjacks a New York Steel e Broadway – e que por acaso é gay -, agradeço por mudar a letra para ‘Sweet Little Sister’. Palavras importam! You rock!!”

Agradecido, Sebastian compartilhou e comentou:

“Sim, as palavras importam. Muito legal que alguém tenha notado.”

Outra música alterada

“Sweet Little Sister” não é a única música do Skid Row com letra modificada por Sebastian Bach em shows. Em outubro, ele falou ao Ultimate Classic Rock sobre as alterações que faz ao vivo na letra de “Get the F*ck Out”, música do álbum “Slave to the Grind”.

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Desde o lançamento, em 1991, a canção sofre críticas por seu conteúdo explicitamente machista. Foi até mesmo omitida da tracklist da edição japonesa do trabalho, onde acabou substituída por “Beggars Day”.

“Não dá para cantar ela nos dias atuais do modo que foi feita. Mesmo naquela época eu já não gostava da letra. Era abominável. Apenas o refrão é divertido e o público adora cantar junto.”

Sebastian Bach e a polêmica de 1989

Em 1989, Sebastian Bach enfureceu ativistas LGBTQ ao ser fotografado vestindo uma camiseta que dizia “Aids kills F@gs Dead” (Aids mata b*chas).

À época, o cantor fez vista grossa para as críticas. Mais tarde, reconheceu o erro, como em entrevista à Metal Hammer em 2006.

“Usei essa camiseta uma vez na vida. Saí do palco em Irvine Meadows, na Califórnia, quando o Pantera estava abrindo para nós. Terminamos o show, eu estava com muito calor e suado. Gerri Miller, da revista Metal Edge, estava lá e pediu uma foto, então eu peguei essa camiseta horrível que algum fã jogou no palco e a vesti. Todos nós sabemos que é a pior camiseta de todos os tempos. Não foi uma campanha que eu fiz.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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